Pular para o conteúdo principal

MAIS UM LEITOR RECLAMA CONTRA PADRONIZAÇÃO VISUAL DOS ÔNIBUS DO RJ



Segue mais uma carta, publicada na sessão Dos Leitores de O Globo, 03 de abril de 2011:

ÔNIBUS SEM CORES

Tiveram a brilhante (*) ideia de unificar as cores dos ônibus do Rio sem pensar se tal providência beneficiaria a população. E mudaram a numeração de algumas linhas. Sucede que os motoristas, que via de regra não diminuem a velocidade, mesmo ao se aproximarem de algum ponto, impossibilitam o usuário de identificar a tempo se a linha é a que deseja. Assim, o passageiro faz sinal com o veículo bem próximo do ponto e o motorista passa direto. Antes, pela cor do ônibus havia a identificação, além do que as diversas cores só traziam alegria visual, ao contrário das novas.

ALOÍSIO BRANDÃO, Rio


(*) Adjetivo usado com ironia.

Comentários

  1. Infelizmente, foi relatado o caso do 756 no Orkut, infelizmente, mais uma coisa que essa gente mexe e, ao meu ver, desnecessário: a renumeração das linhas. O critério era bem amarrado e passa uma impressão que só mudaram só porque é dos anos 60. É por causa disso?

    Não é à toa que eu os chamo de "Moderninhos" da Prefeitura em outros lugares por causa disso. Só falta a questão dos números de ordem (o fantasma da Rioitização e suas irresponsabilidades como mostrou aquele acidente grave em Niterói) praticamente abandonar o hobby até porque eu NÃO sou "profissional" que tem uma postura fria, calculista, mecânico e o hobby não é isso.

    Lamentavelmente, linhas TRADICIONALÍSSIMAS como 260, 261, 284, 741, 743, etc... estão com os dias contados com os atuais números.

    O duro é saber que PODE SER um ato politiqueiro que PODE SER USADO nos Horário Eleitoral.

    ResponderExcluir
  2. É, quem não concorda com essas renumerações desnecessária das linhas, está sendo taxado de antiquado e tal por defender ferozmente a tradição.

    Só que, lembro de uma postagem do Marcelo Praz no ano passado lá na comunidade "Busólogos do RJ" e não lembro se postou na comunidade "Ônibus Em Debate" um conteúdo dizendo isso:

    "A transformação e a modernização não implica diretamente com a identidade visual/tradicional da nossa cidade."

    ResponderExcluir
  3. E outra: o Michel Levy comentou uma coisa interessante na comunidade "Busólogos do RJ": apesar do sistema fosse antigo, ele funcionou direito até agora.

    Essa é a questão: apesar de ser dos anos 60 e estou me lixando que seja dos anos 60, anos 40, ano de 1888 e tal, concordo que funcionou direito como postou o Michel Levy. Por isso o meu questionamento dessas renumerações desnecessárias: um enfeite de pavão em cima do outro, ou seja, primeiro essa encampação imposta, segundo, os códigos das linhas. Será que a outra bomba é o número de ordem? Com essa gente, vou torcer que não e estou preocupado.

    ResponderExcluir
  4. Infelizmente, segundo a postagem do membro Bruno no "Busólogos do RJ", a tradição de CERCA DE 45 anos do 896 que eu conheci em 1984 com 8 anos de idade com modelos novos e antigos ao mesmo tempo ACABOU: agora é 946.

    Na boa, como já comentei: para mim, 896 está próximo do prefixo 90x onde eu acho que não poderia ser mexido. Mas, tudo INDICA que faz parte de um projeto politiqueiro e eleitoreiro ano que vem complica. É a política estragando a tradição.

    ResponderExcluir
  5. O caso do saudoso 896, na minha opinião, cai no caso da dupla 773/778 onde o prefixo 77x é referente à MADUREIRA, mas, a linhas vão até Cascadura.

    Por isso, que defendi a permanência do prefixo 896 não somente na tradição, mas, nesse detalhe que descrevi no primeiro parágrafo.

    Também achei estranho no início, mas, com esse detalhe da dupla 773/778, eu voltei atrás da minha posição.

    Outro detalhe: isso é um hobby e posso não concordar com algumas decisões e até, no "Busólogos do RJ", contei que deixei de ver alguns sites de fotopages por conta da encampação branca que me afastei um pouco do hobby.

    ResponderExcluir
  6. Só pra constar, aqui em Santos as empresas de ônibus continuam mantendo a numeração que era utilizada pelos bondes. Só alterando uma ou outra coisa.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

O site Companhia do Ônibus do Sidney Jr voltou!

      Após quase seis meses fora do ar, o site Cia de ônibus , do nosso amigo Sidney Junior voltou. Foram muitos os pedidos pelo seu retorno, o que foi prontamente atendido pelo autor do site. Vale lembrar que fizemos uma matéria sobre recuperação e downloads de sites extintos , onde este foi citado, uma vez que naquela ocasião, onde ele era considerado extinto, porém felizmente ressuscitou.         Sobre o Cia de Ônibus , é um site que conta através de fotos a história do transporte rodoviário do estado do Rio de Janeiro. Este possui um rico acervo formado por coleções do próprio autor, de pesquisadores e busólogos parceiros, alguns falecidos, como o saudoso Paulão, por exemplo.        Muita gente dizia que ele havia tirado o site por não concordar assim como nós do Fatos Gerais e amigos nossos, com a uniformização visual. De fato, Sidney Junior é contra a mesma e jamais a aceitou , porém nunca se confirmou se a  retirada do site foi de fato por conta disso, até por

EXIBIR LOGOTIPOS PEQUENOS NÃO RESOLVE PROBLEMAS NA PINTURA PADRONIZADA

As reclamações em torno de confusão e omissão das identidades das empresas de ônibus na pintura padronizada não são resolvidas com a simples exibição de logotipos de empresas nas latarias e janelas dos ônibus, assim como seus nomes nos letreiros digitais. A pouca informação das autoridades, que raciocinam o que chamam de "interesse público" através de simulações distantes da realidade através de programas de computador (Excel, Photoshop, Photopaint ou mesmo jogos como TheSims), não percebe que colocar logotipos de empresas de ônibus não diminui a confusão causada pela pintura padronizada. Os logotipos de empresas não raro se perdem ao lado de logotipos de consórcios e de órgãos municipais ou metropolitanos e, além disso, na correria do dia a dia, as pessoas, ocupadas nos seus afazeres, não vão ficar paradas para diferir uma empresa de outra. Se pararem, perderão o ônibus e poderão até se atrasar no trabalho. No caso dos letreiros digitais, a alternância de informaçõe

RETIRADA DE VEÍCULOS DE PISO BAIXO REVELA ESGOTAMENTO DO SISTEMA DE ÔNIBUS DE 2010 NO RJ

Estão sendo retirados os ônibus de piso baixo que circulavam no Grande Rio, principalmente nas empresas municipais, cerca de um mês depois do encerramento total dos jogos olímpicos de 2016. Só a Transportes São Silvestre anunciou que se livrará de sua frota especializada de CAIO Mondego e CAIO Millennium BRT. Os veículos são muito modernos para a modernidade tecnocrática e autoritária que domina o setor de transporte público, mas ecoa também numa minoria de busólogos reacionários que se comportam, nas mídias sociais, como se vivessem nos tempos do carro-de-boi, preferindo bajular políticos que lançam medidas impopulares do que pensar na realidade do público passageiro. Os veículos de piso baixo são caros, mas funcionais. Com motor traseiro, possuem um acesso com piso na altura da calçada, permitindo que pessoas com limitações na locomoção pudessem entrar nos ônibus sem dificuldade. Das empresas intermunicipais, a Auto Viação 1001 também se livrou de CAIO Mondego, não bastasse