Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de junho, 2018

EM NITERÓI, O SURREAL CASO DE BAIRROS VIZINHOS SEM LIGAÇÃO DIRETA

Niterói vive uma comédia surreal. Há dois bairros vizinhos, Rio do Ouro e Várzea das Moças, que praticamente são incomunicáveis. Ambos não têm avenida de ligação direta entre si e dependem de duas vias problemáticas para se ligarem. Uma das vias é uma estrada de carroça, entre as ruas Senador Fernandes da Cunha, no Rio do Ouro, e Jean Valenteau Moulliac, em Várzea das Moças, que tem trechos sem asfalto e com via tão estreita que não dá para passar dois carros no mesmo lugar. Outra das vias é a Rodovia RJ-106, que liga Tribobó - bairro bimunicipal de Niterói e São Gonçalo - a Maricá e Região dos Lagos. Apesar da envergadura da estrada, que é uma rodovia estadual, e ligar uma grande quantidade de municípios, em Niterói a RJ-106 goza da "confortável" condição de "avenida de bairro", causando sobreposição de função na rodovia. O dado surreal se dá por conta do conformismo extremo entre autoridades, técnicos e até mesmo a opinião pública, que não mexe um dedo pa

ÔNIBUS PADRONIZADOS VIRARAM UM GRANDE PEPINO

O sistema de ônibus do Rio de Janeiro virou um grande pepino. A inicial disposição do então secretário de Transportes, Fernando MacDowell, de eliminar males como a pintura padronizada, as linhas esquartejadas e as linhas "troncais" - que estão mais para "truncadas" - esbarrou numa série de dificuldades. Houve denúncias de esquemas de corrupção envolvendo empresários de ônibus atuantes na cidade. Houve a questão dos preços das passagens, que viviam num sobe-e-desce interminável, e recentemente a Justiça barrou o aumento da tarifa de R$ 3,60 para R$ 3,95, que iria valer a partir de ontem. Mas o próprio MacDowell, que deixou a pasta dos Transportes para ficar só como vice-prefeito, sofreu um infarto e, após dias de internação, faleceu. O modelo empurrado à força em 2010 por um Eduardo Paes ao mesmo tempo autoritário, populista e demagógico, que envolveu ônibus padronizados, dupla função do motorista-cobrador, esquartejamento de trajetos de linhas e outros modism

RODOVIÁRIOS QUEREM FIM DA DUPLA FUNÇÃO DO MOTORISTA-COBRADOR

Uma paralização parcial do serviço de ônibus municipais do Rio de Janeiro causou muito transtorno entre os cariocas no dia de hoje. A paralização foi um protesto movido por rodoviários pedindo reajustes salariais e a volta da função específica do cobrador nos ônibus dotados de roletas. Atualmente, os ônibus adotam gradualmente a dupla função, que nos últimos três anos demitiu vários cobradores e fez acumular, nos motoristas, a tarefa de cobrar passagens. A chamada "dupla função" é responsável pela sobrecarga que abala a saúde mental e até física dos motoristas, divididos entre responsabilidades como oferecer o troco correto e observar o trânsito em volta. A "dupla função", que faz parte de uma lógica militarizada do sistema de ônibus - que inclui pintura padronizada, redução de ônibus em circulação e diminuição drástica de itinerários - , é um padrão de serviço de transporte coletivo oriundo da ditadura militar, idealizado a partir do projeto do prefeito biôn