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Mostrando postagens de 2020

EDUARDO PAES E SINDICATO DE EMPRESAS DE ÔNIBUS TÊM BENS BLOQUEADOS

  A pintura padronizada nos ônibus municipais do Rio de Janeiro, que criou um modismo terrível que contaminou os sistemas de ônibus de cidades como Florianópolis, Recife, Niterói e Teresina e "requentou" as experiências decadentes de Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, serviu de "lona" para a corrupção político-empresarial, não bastasse o fato dos ônibus padronizados causarem confusão nos passageiros em sua jornada cotidiana. Pois a ficha caiu e Eduardo Paes, mesmo considerado favorito para voltar à Prefeitura do Rio de Janeiro, teve bens bloqueados, junto aos de empresários de ônibus, por envolvimento em possível esquema de corrupção armado justamente pelas licitações de 2010 e por outras operações ilícitas relacionadas. A decisão divulgada ontem pela 15ª Vara Cível do Rio de Janeiro determinou o bloqueio de bens, num total de R$ 240,3 milhões, do ex-prefeito, do Sindicato das Empresas de Ônibus (Rio Ônibus) e de outras empresas operadoras. A sentença p

DESCULPA DA "POLUIÇÃO VISUAL" NÃO É ARGUMENTO TÉCNICO PARA PADRONIZAÇÃO

O PREFEITO DE CUIABÁ, EMANUEL PINHEIRO, INDO CONTRA O INTERESSE PÚBLICO AO PADRONIZAR EMPRESAS DE ÔNIBUS. Engana-se que a alegação de que a diversidade visual das empresas de ônibus causam "poluição visual" numa cidade. E engana-se mais ainda quem engole essa desculpa como se fosse um parecer técnico, porque se trata apenas de uma mera opinião e um julgamento de valor dos mais cínicos, mas que as pessoas deixam passar como se fosse uma declaração objetiva e consistente. Não é. Falar em "poluição visual" é apenas uma mera especulação opinativa, e aqui vemos o caso do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, do MDB, que, repetindo o comentário cínico do então prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, hoje favorito para voltar ao cargo, também lançou seu projeto de pintura padronizada nos ônibus. A pintura padronizada nos ônibus simboliza uma série de mal entendidos. Engana-se que é apenas uma unificação de cores para, pelo menos, agrupamentos de empresas, para classifica

SOLTEIROFOBIA BUSÓLOGA REVELA GAFE DOS PRÓPRIOS AGRESSORES

  Um dos redutos pioneiros do "gabinete do ódio" e do "tribunal da Internet", o Rio de Janeiro tem um costume estranho. Internautas defendem com unhas e dentes qualquer roubada que se venda como pretensa novidade, e quem discordar dela é alvo de linchamento virtual, que em muitos casos pode gerar ameaça de agressão física. Isso se deve porque, desde que o Rio de Janeiro deixou de ser capital do país e decaiu com a fusão do antigo Estado do Rio de Janeiro (que tinha Niterói como capital) com o da Guanabara (somente a cidade do RJ), os cariocas passaram a ficar ressentidos, se tornaram narcisistas e, diante de tantos retrocessos, eles passaram a aceitá-los por dois motivos: atender a necessidades pragmáticas (dentro daquela desculpa "Não é aquela maravilha, mas é melhor do que nada") e pelo fato de que esses retrocessos são decididos por pessoas dotadas de prestígio e poder. No sistema de ônibus municipal do Rio de Janeiro, esse fenômeno se deu quando a pint

MEDIDA EMERGENCIAL PARA ÔNIBUS CHOCA COM ANTIGA "OTIMIZAÇÃO"

A medida adotada pelo prefeito Marcello Crivella de não permitir que passageiros viajem em pé nos ônibus municipais do Rio de Janeiro é motivada pela pandemia do Covid-19, doença causada pelo coronavírus, cujos efeitos principais incluem febre alta, tosses intensas e problemas respiratórios, que podem causar a morte, como vem ocorrendo com milhares de pessoas no mundo inteiro, inclusive no Brasil. A medida para restringir as lotações nos ônibus é uma medida emergencial, para reduzir o risco de transmissão de coronavírus num ambiente de muitos passageiros. Outra medida adotada é, quando há janelas móveis em ônibus com ar condicionado, elas são desprendidas, o ar é desligado e os ônibus circulam com janelas que podem ser abertas para entrar o ar natural. O curioso é que a medida de limitar as lotações de ônibus se choca com os efeitos naturais que a antiga "otimização" dos trajetos de linhas municipais do Rio de Janeiro, adotado em 2015 e parcialmente desfeito a partir d

BOLSONARISTAS POR ANTECIPAÇÃO, BUSÓLOGOS TÊM QUE ATURAR DECADÊNCIA DO GOVERNO

O "PATRIOTA BUS", DA REDE DE LOJAS HAVAN, DE LUCIANO HANG, COM A PINTURA DA CAMPANHA DE JAIR BOLSONARO PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. O reacionarismo de muitos busólogos, em especial os do Rio de Janeiro - envolvidos em agressões e ofensas pesadas nas redes sociais, que incluiu até mesmo uma página de "comentários críticos" já denunciada ao SaferNet - , já indicava o comportamento padrão dos violentos bolsonaristas, e o apoio a Jair Bolsonaro já era defendido antes do bolsonarismo virar uma moda nacional. A defesa, com raras exceções, da pintura padronizada dos ônibus - aplicação da lógica do fardamento militar - , remete muito a essa visão reacionária, difundida a partir da iniciativa do tecnocrata Jaime Lerner, então "prefeito biônico" (nomeado pela ditadura militar) de Curitiba, que, sob a desculpa de delimitar pinturas por bairros ou serviços, escondeu as empresas de ônibus através de uma pintura padrão. Dependendo do caso, a pintura padroniz

CARLOS ROBERTO OSÓRIO ADMITE QUE EMPRESAS DE ÔNIBUS FIZERAM DOAÇÃO DE CAMPANHA

O ex-secretário municipal de Transportes do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, Carlos Roberto Osório, em debate realizado com moradores na Ilha do Governador, admitiu que os empresários de ônibus fizeram doações de campanhas para políticos. Ao lado do ambientalista Sérgio Ricardo, que descreveu tal denúncia, Osório balançou a cabeça de forma convicta e admitiu dizendo "É verdade". Osório também admitiu que as empresas encomendaram um estudo tendencioso para justificar o aumento das passagens. Osório era secretário quando os ônibus executivos adotaram padronização visual. A pintura adotada era de fundo azul escuro com a palavra "Executivo", que confundia ainda mais os passageiros do que os ônibus urbanos, porque nem a diferença de consórcios era identificada. A pessoa podia pegar um ônibus para o Engenho de Dentro pensando ir para Santa Cruz e, assim, perder tempo e dinheiro. A pintura padronizada cada vez mais se comprova ser um pano de fundo para a

MOVIMENTO PASSE LIVRE DEVERIA LUTAR CONTRA PADRONIZAÇÃO VISUAL

Os recentes protestos contra o aumento das tarifas de ônibus de São Paulo, organizado pelo Movimento Passe Livre, tirou o grupo do limbo, depois que os acontecimentos derivados do golpe político de 2016, ou mesmo precedentes como as jornadas de Junho de 2013, fizeram o grupo ser confundido com o Movimento Brasil Livre, surgido há sete anos. O MPL reassumiu uma pauta progressista e continua se manifestando, desta vez contra o reajuste no valor de R$ 4,30 para R$ 4,40. O grupo reivindica transporte gratuito para estudantes e também luta para que seja investigada a corrupção político-empresarial envolvendo sistemas de ônibus. A atuação é louvável, mas o Movimento Passe Livre comete um gravíssimo erro de não lutar contra a pintura padronizada nos ônibus, tida como uma "verdade absoluta" para o setor. Entendida como um suposto meio de disciplinar os sistemas de ônibus, através de uma lógica moralista e militar vinda do período ditatorial, a pintura padronizada nos ôni

DELAÇÃO DE EX-PRESIDENTE DA FETRANSPOR DENUNCIA EDUARDO PAES

Pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, o ex-titular do cargo Eduardo Paes é acusado de envolvimento em esquema de propinas da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes do Estado do Rio de Janeiro), segundo delação do ex-presidente da entidade, Lélis Teixeira. As denúncias também citam o atual prefeito, Marcello Crivella, mas apontam que o grosso da corrupção ocorreu justamente na gestão do ambicioso Paes, que atravessou eventos esportivos realizados no Estado, como parte da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas Rio 2016. É claro que acabar com a pintura padronizada nos ônibus não resolve em momento algum a corrupção no setor, mas é justamente confundindo diferentes empresas de ônibus com uma mesma identidade visual que se facilita, ainda mais, a corrupção, quando a sociedade perde a noção de identificação visual que poderia diferir uma empresa de ônibus de outra e permitir o reconhecimento de empresas deficitárias. E foi essa lógica que Eduardo Paes, que não med