A FOTO CONFIRMA QUE OS AUTOMÓVEIS INFLUEM MAIS NO CONGESTIONAMENTO DO QUE OS ÔNIBUS.
A Tom Tom Trafic Index divulgou uma lista de cidades com pior trânsito em 2015, com base em pesquisas sobre o tempo que um motorista leva para fazer um deslocamento. A conclusão é que o Rio de Janeiro tem o pior trânsito do país e o quarto pior trânsito no mundo.
O índice registrou que os motoristas levam 47% a mais de tempo para se deslocarem, em horários de trânsito tidos como "sem congestionamento", enquanto que, nos horários de pico, esse índice vai para 79%.
Salvador e Recife ocupam o 2º e 3º lugares, no ranking nacional, e 7º e 8º no ranking mundial, respectivamente. A situação dos cariocas, no entanto, tem como agravante o fato de que os dados pesquisados são anteriores à reformulação de linhas determinada pelo secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani.
Mesmo sem a "racionalização", deslocar de Copacabana para a Zona Portuária, por meio do Túnel Santa Bárbara (Laranjeiras-Catumbi), dura mais de duas horas. Com a racionalização, o tráfego já sofre o período de três ou mesmo quatro horas para se deslocar entre a Zona Sul e o Centro, isso só considerando o deslocamento da Av. Nossa Senhora de Copacabana ao Santo Cristo, pelo citado túnel.
Picciani adotou a redução e extinção de percursos de linhas, eliminando aos poucos a ligação direta Zona Norte-Zona Sul e substituindo várias linhas por um punhado de "troncais" e "alimentadoras", usando como pretexto a "necessidade" de tirar 700 ônibus nas ruas para garantir "melhor fluidez" do trânsito.
A medida, que Picciani define como "otimização" ou "racionalização" do sistema de ônibus municipal, só pode piorar por um simples fator que o secretário ignora: a retirada de um único ônibus nas ruas pode representar o acréscimo de, em média, 50 automóveis nas ruas.
MENOS 700 ÔNIBUS, MAIS 35.000 AUTOMÓVEIS NAS RUAS
Fisicamente, dois automóveis ocupam o espaço nas ruas equivalente a um ônibus. Um ônibus transporta cerca de 50 pessoas, tirando a superlotação. Se 700 ônibus são retirados de circulação, poderão haver mais 35.000 automóveis no lugar.
Em termos de espaço físico, 700 ônibus a menos dão mais 1.400 automóveis, o que faz o espaço viário se inchar com 33.600 automóveis a se somarem ao contexto. Se considerarmos um ônibus transportando cem pessoas, 700 ônibus a menos dão um acréscimo de 70 mil automóveis. E, em espaço físico, haverá o excedente de 68.600 automóveis complicando o trânsito das ruas cariocas.
E esses dados são constatados sem a influência hipnotizante da publicidade, em que a sobreposição de comerciais de automóveis nos intervalos de televisão - dois comerciais de rede mais um, da transmissora local, de concessionária ou de artigos relacionados (combustíveis e bateria, por exemplo) - que transformam o carro num "sonho de consumo" de qualquer espectador.
Com tudo isso, a argumentação de Rafael Picciani de que, com menos ônibus em circulação, haveria melhor fluidez no trânsito, não corresponde à realidade. A retirada de 700 ônibus pode representar mais de 100 mil automóveis nas ruas. E isso sem a sobreposição de itinerários de linhas, mas com a sobreposição de comerciais de automóveis nos intervalos de TV.
A Tom Tom Trafic Index divulgou uma lista de cidades com pior trânsito em 2015, com base em pesquisas sobre o tempo que um motorista leva para fazer um deslocamento. A conclusão é que o Rio de Janeiro tem o pior trânsito do país e o quarto pior trânsito no mundo.
O índice registrou que os motoristas levam 47% a mais de tempo para se deslocarem, em horários de trânsito tidos como "sem congestionamento", enquanto que, nos horários de pico, esse índice vai para 79%.
Salvador e Recife ocupam o 2º e 3º lugares, no ranking nacional, e 7º e 8º no ranking mundial, respectivamente. A situação dos cariocas, no entanto, tem como agravante o fato de que os dados pesquisados são anteriores à reformulação de linhas determinada pelo secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani.
Mesmo sem a "racionalização", deslocar de Copacabana para a Zona Portuária, por meio do Túnel Santa Bárbara (Laranjeiras-Catumbi), dura mais de duas horas. Com a racionalização, o tráfego já sofre o período de três ou mesmo quatro horas para se deslocar entre a Zona Sul e o Centro, isso só considerando o deslocamento da Av. Nossa Senhora de Copacabana ao Santo Cristo, pelo citado túnel.
Picciani adotou a redução e extinção de percursos de linhas, eliminando aos poucos a ligação direta Zona Norte-Zona Sul e substituindo várias linhas por um punhado de "troncais" e "alimentadoras", usando como pretexto a "necessidade" de tirar 700 ônibus nas ruas para garantir "melhor fluidez" do trânsito.
A medida, que Picciani define como "otimização" ou "racionalização" do sistema de ônibus municipal, só pode piorar por um simples fator que o secretário ignora: a retirada de um único ônibus nas ruas pode representar o acréscimo de, em média, 50 automóveis nas ruas.
MENOS 700 ÔNIBUS, MAIS 35.000 AUTOMÓVEIS NAS RUAS
Fisicamente, dois automóveis ocupam o espaço nas ruas equivalente a um ônibus. Um ônibus transporta cerca de 50 pessoas, tirando a superlotação. Se 700 ônibus são retirados de circulação, poderão haver mais 35.000 automóveis no lugar.
Em termos de espaço físico, 700 ônibus a menos dão mais 1.400 automóveis, o que faz o espaço viário se inchar com 33.600 automóveis a se somarem ao contexto. Se considerarmos um ônibus transportando cem pessoas, 700 ônibus a menos dão um acréscimo de 70 mil automóveis. E, em espaço físico, haverá o excedente de 68.600 automóveis complicando o trânsito das ruas cariocas.
E esses dados são constatados sem a influência hipnotizante da publicidade, em que a sobreposição de comerciais de automóveis nos intervalos de televisão - dois comerciais de rede mais um, da transmissora local, de concessionária ou de artigos relacionados (combustíveis e bateria, por exemplo) - que transformam o carro num "sonho de consumo" de qualquer espectador.
Com tudo isso, a argumentação de Rafael Picciani de que, com menos ônibus em circulação, haveria melhor fluidez no trânsito, não corresponde à realidade. A retirada de 700 ônibus pode representar mais de 100 mil automóveis nas ruas. E isso sem a sobreposição de itinerários de linhas, mas com a sobreposição de comerciais de automóveis nos intervalos de TV.
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