Uma mensagem publicada pelo ator Mateus Solano no seu perfil do Instagram expressa a indignação contra o sistema de ônibus do Rio de Janeiro, que havia piorado nos últimos anos. A mensagem, embora pareça previsível, sugere críticas ao modelo implantado em 2010 e atualmente vigente, que inclui pintura padronizada, mutilação de trajetos e dupla função de motorista-cobrador.
"Hoje andei de ônibus, coisa que há tempos não fazia. Foi bom pra matar saudades. A qualidade do transporte público realmente não melhora, só o preço que aumenta", escreveu Solano, ilustrando a mensagem com uma selfie tirada no interior de um ônibus.
Aparentemente, ele parece dizer que tudo está na mesma, mas o discurso do texto requer uma interpretação mais sutil: ele alegou "matar as saudades" de passear de ônibus, o que indica que ele achava o sistema razoável, apesar dos defeitos (bem menos do que os de 2010 para cá).
Além disso, o contexto da mensagem de Mateus Solano é que, se o sistema de ônibus do Rio de Janeiro vigente desde 2010 fosse satisfatório, ele não teria escrito a mensagem. Semanas antes, o casal Joana Prado e Vítor Belfort também fizeram seu protesto nas mídias sociais.
Outro aspecto é que esse modelo tecnocrático e autoritário de sistema de ônibus é um reflexo da natureza antipopular do PMDB carioca, através de políticos como Eduardo Paes, Luiz Fernando Pezão e Carlos Roberto Osório, não muito diferente da natureza arbitrária do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, outro peemedebista do Rio de Janeiro.
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