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LINHA 742 É EXTINTA SEM AVISO


A linha 742 Cascadura / Barata, operada pela Auto Viação Bangu, foi desativada há pouco mais de um mês sem autorização da prefeitura, sem qualquer aviso prévio e sem dar qualquer satisfação ou compensação para os passageiros.

Segundo o repórter Marcelo Dias, do jornal Extra, a placa da linha continua no ponto da rua Sylvio Freitas, em Cascadura, mas há vários dias a linha simplesmente não circula, sendo mais uma das inúmeras irregularidades que ocorrem desde que o "novo" sistema de transporte coletivo foi implantado no Rio de Janeiro, em 2010, baseado no modelo autoritário de Jaime Lerner.

As empresas cariocas, desde então, andam desqualificando seu serviço, se aproveitando da padronização visual que impede a identificação imediata da empresa e a fiscalização direta do passageiro comum. Sem zelar por sua identidade, as empresas, acobertadas por uma pintura uniformizada, se aproveitam disso para cometer abusos às costas dos passageiros.

Com isso, houve linha que mudou de empresa sem que o passageiro comum soubesse, como a 296 Castelo / Irajá, transferida da Transportes Estrela Azul para a Viação Pavunense. Houve empresa que mudou de nome sem que o passageiro soubesse, como a Viação Saens Peña que virou Viação Nossa Senhora das Graças.

Além disso, estão cada vez mais comuns os acidentes, não somente por empresas já deficitárias como Pégaso e Rio Rotas, mas envolvendo empresas antes conceituadas como Real Auto Ônibus e Tijuquinha (Auto Viação Tijuca). De 2012 para cá, mais de 10 pessoas morreram e centenas ficaram feridas, isso contando os acidentes com BRTs.

Os ônibus, mesmo novos, já rodam sujos, com lataria amassada, parafusos quase soltos e isso se observa até mesmo numa Viação Acari e numa Rodoviária A. Matias. Desta se observa os ônibus da linha 232 Lins / Praça 15, que rodam fazendo barulho similar ao dos sucateados ônibus de boias-frias.

Agora, é a Auto Viação Bangu. Antes de 2010, a empresa estava melhorando consideravelmente seu serviço e usando uma admirável estética visual de Álvaro Gonzalez, mas, depois, decaiu completamente, parecendo até mesmo a antiga Transportes Oriental da qual a Bangu absorveu algumas linhas.

De acordo com Marcelo Dias, a Secretaria Municipal de Transportes da Prefeitura do Rio de Janeiro afirmou que a linha continua existindo. O órgão prometeu enviar fiscais para verificar a situação.

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