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EM BRASÍLIA, ÔNIBUS INTERVÉM EM FROTAS DE OUTRAS EMPRESAS



COMENTÁRIO DESTE BLOG: a DFTrans flagrou vários casos de ônibus de uma empresa em linha de outra. Algo que o transporte de Salvador, estimulado pela politicagem, conhece como "frotas reguladoras". A ilegalidade, no caso de Brasília, é estimulada pela padronização visual, que camufla os ônibus de forma que os passageiros não consigam reconhecer a empresa que realmente opera em determinada linha.

Isso é muito grave e cada vez mais cai a ficha em relação à "curitibanização" dos ônibus no Brasil, medida lançada na ditadura militar e com claros e fortes sinais de decadência. Visual padronizado, concentração de poder das Secretarias de Transporte, politicagem empresarial, corrupção, redução das frotas de ônibus em circulação. É um modelo cada vez mais em decadência, e que já é implantado no Rio de Janeiro de maneira irremediavelmente desastrosa.

Leonardo Ivo, de Fatos Gerais, também nos lembra de que Brasília é um típico exemplo de como a politicagem desperdiça dinheiro público com sucessivos prefeitos trocando o padrão visual, conforme o gosto de cada gestão. Além disso, a padronização visual quase acabou na capital federal, e advinhem quem retomou a medida? José Roberto Arruda, ele mesmo, o governador distrital envolvido no "mensalão do DEM". Te cuida, Eduardo Paes!

DF: Por dia, DFTrans flagra pelo menos um ônibus circulando na rota de outro

Do Jornal de Brasília

Não bastassem estar vencidas, as concessões para a exploração das linhas de transporte público coletivo do DF parecem não ser suficientes para as empresas que atuam no setor. Somente este ano, o DFTrans autuou 217 empresas que tinham ônibus circulando em rotas de outras companhias. Em todo o ano passado, o número foi bem maior: 1.122. Algumas foram multadas mais de duas vezes pela mesma irregularidade.

Somente esta semana, duas empresas foram flagradas pela fiscalização do DFTrans, após denúncias. Uma delas em plena região central do Plano Piloto e outra fazendo a ligação entre as cidades de Ceilândia e Vicente Pires.

Funcionando há quase dois meses, as linhas 121.1 e 0.121, da Condor, que fazem Eixos Sul e Norte, não possuem licitação e não estão cadastradas no DFTrans, que afirma que a linha não é oficial e não existe sequer, um pedido da empresa para operá-la. Procurada pela reportagem do Jornal de Brasília, a Condor disse que não iria se manifestar sobre o assunto.

Sistema

No Distrito Federal, a licitação é feita por frota e não por linha. O processo feito para acrescentar veículos nas linhas é realizado primeiramente por perceberem a necessidade de uma demanda maior de transportes na área. Em seguida, é feita uma pesquisa de campo para confirmar a real necessidade. Comprovado que precisam de mais veículos circulando no trecho, uma ordem de serviço é feita e comunicada ao operador.

Comentários

  1. O que é engraçado que já começa a ver um monte de comentário a favor e um dos comentários falou em Carnaval de um monte de core como li em algum canto aí.

    Respeito todas as opiniões, essas opiniões em cima da hora, não sei, não.

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