Na Idade Média, quem era contra o sistema feudal e o seus governantes era punido severamente. Não havia diálogo e aceitar uma ideia dominante chegava a ser uma atitude pela sobrevivência. Muita gente morreu queimada ou torturada por discordar de ideias dominantes.
Numa verdadeira atitude de retrocesso, esses tempos infelizes da humanidade ameaçam voltar. Pelo menos na busologia. A aceitação de um sistema que já nasce falido e a confiança cega nas autoridades que gerenciam esse sistema falido tem feito uma onda de pensamento único pró-fardamento de frotas que proíbe qualquer contestação. Quem contestou é humilhado na hora.
E não precisa nem ofender e escrever críticas longas. Uma frase curta que critique o sistema já é o suficiente. Os defensores do sistema agitam-se ferozmente feito abelhas atacadas e automaticamente tomam o contestador como algoz. Ao invés de um debate sadio, temos um verdadeiro corredor polonês moral onde aquele que exerce o seu direito democrático de criticar é agressivamente esculachado.
Mal sabem esses busólogos os danos que o fardamento que eles tanto defendem geram. Não sabem e nem querem saber, pois o foco deles é direcionado para a beleza e a potência dos veículos. Para se ter uma ideia da alienação deles, "melhorias" para a mobilidade urbana, segundo eles se limita a colocação de um ônibus articulado em uma estrada só para ele. Esquecem que mobilidade urbana é a integração de vários modais e que os ônibus não deveriam ser o foco das melhorias, por ser um transporte obsoleto. VLTs e metrô, além da eliminação de automóveis e adoção de bicicletas, deveriam ser o verdadeiro foco. Mas isso não traz "busão" bonito, não é?
Triste saber que a busologia carioca escolheu andar nesse caminho pantanoso da discórdia e da conformação com um sistema falido. Mais triste ainda é saber que, para os busólogos cariocas, o debate morreu e que agora só resta a aceitação cega de tudo que está aí.
Como passageiro, digo que ficou mais difícil pegar ônibus. Como cidadão, digo que perdi a confiança em um sistema que esconde muitos erros e seus bastidores, administrado por gente incompetente e desonesta. Como busólogo, digo que não tem a menor graça admirar ônibus num monótono sistema onde quase 50 empresas tem a mesma pintura, escondendo a sua identidade.
Para mim a busologia carioca morreu. Estamos necessitando de busólogos mais coerentes e menos fanáticos que não se conformem em ver ônibus bonito e possante em sistemas falidos. Se esquecem que as autoridades estão permitindo "busões" justamente para servir de fachada para os erros que ocorrem logo atrás e que somente os passageiros, que usam o transporte todos os dias conseguem perceber.
A intolerância, seja de qualquer tipo, é um retrocesso que impede qualquer tipo de evolução. Estamos no século XXI, mas nossa mentes estão cada vez mais medievais, não acompanhando a evolução das máquinas, em uma época onde a análise deveria ser a grande vedete, impulsionando debates sadios que visem apenas a melhoria real e não joias falsas para brilhar aos olhos.
Por enquanto, fiquem felizes, busólogos: a incoerência defendida por vocês venceu. Resta saber quando é que o século XXI chegará aos nossos cérebros.
Numa verdadeira atitude de retrocesso, esses tempos infelizes da humanidade ameaçam voltar. Pelo menos na busologia. A aceitação de um sistema que já nasce falido e a confiança cega nas autoridades que gerenciam esse sistema falido tem feito uma onda de pensamento único pró-fardamento de frotas que proíbe qualquer contestação. Quem contestou é humilhado na hora.
E não precisa nem ofender e escrever críticas longas. Uma frase curta que critique o sistema já é o suficiente. Os defensores do sistema agitam-se ferozmente feito abelhas atacadas e automaticamente tomam o contestador como algoz. Ao invés de um debate sadio, temos um verdadeiro corredor polonês moral onde aquele que exerce o seu direito democrático de criticar é agressivamente esculachado.
Mal sabem esses busólogos os danos que o fardamento que eles tanto defendem geram. Não sabem e nem querem saber, pois o foco deles é direcionado para a beleza e a potência dos veículos. Para se ter uma ideia da alienação deles, "melhorias" para a mobilidade urbana, segundo eles se limita a colocação de um ônibus articulado em uma estrada só para ele. Esquecem que mobilidade urbana é a integração de vários modais e que os ônibus não deveriam ser o foco das melhorias, por ser um transporte obsoleto. VLTs e metrô, além da eliminação de automóveis e adoção de bicicletas, deveriam ser o verdadeiro foco. Mas isso não traz "busão" bonito, não é?
Triste saber que a busologia carioca escolheu andar nesse caminho pantanoso da discórdia e da conformação com um sistema falido. Mais triste ainda é saber que, para os busólogos cariocas, o debate morreu e que agora só resta a aceitação cega de tudo que está aí.
Como passageiro, digo que ficou mais difícil pegar ônibus. Como cidadão, digo que perdi a confiança em um sistema que esconde muitos erros e seus bastidores, administrado por gente incompetente e desonesta. Como busólogo, digo que não tem a menor graça admirar ônibus num monótono sistema onde quase 50 empresas tem a mesma pintura, escondendo a sua identidade.
Para mim a busologia carioca morreu. Estamos necessitando de busólogos mais coerentes e menos fanáticos que não se conformem em ver ônibus bonito e possante em sistemas falidos. Se esquecem que as autoridades estão permitindo "busões" justamente para servir de fachada para os erros que ocorrem logo atrás e que somente os passageiros, que usam o transporte todos os dias conseguem perceber.
A intolerância, seja de qualquer tipo, é um retrocesso que impede qualquer tipo de evolução. Estamos no século XXI, mas nossa mentes estão cada vez mais medievais, não acompanhando a evolução das máquinas, em uma época onde a análise deveria ser a grande vedete, impulsionando debates sadios que visem apenas a melhoria real e não joias falsas para brilhar aos olhos.
Por enquanto, fiquem felizes, busólogos: a incoerência defendida por vocês venceu. Resta saber quando é que o século XXI chegará aos nossos cérebros.
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