Em tempos em que o Estado, nas esferas municipal, estadual e federal, quer reduzir o seu espólio, soa contraditória a obsessão pela pintura padronizada nos ônibus, que representa o vínculo de imagem da prefeitura ou do governo estadual, o que significa mais responsabilidade para o poder público. Embora os tecnocratas, com seu habitual "juridiquês", tentem dizer que isso não tem a ver, que o sistema de ônibus continua operando com empresas particulares e que elas formaram consórcios, é bom deixar claro que só esses consórcios expressam o poder estatal, que, com um vínculo de imagem faz o poder público ser mais responsável que as empresas particulares, que continuam operando, mas perderam o direito de exibir suas identidades visuais. A pintura padronizada é um resíduo de uma mentalidade antiquada e obsoleta, originária da ditadura militar, seguindo, portanto, uma lógica militaresca de impor um "único uniforme" para as empresas de ônibus. É uma medida sem funcio...