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Mostrando postagens de 2015

COM PINTURA PADRONIZADA, AUTORIDADES CONFUNDEM CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Enquanto a tragicomédia da pintura padronizada tende a se repetir com a licitação de linhas municipais de Nova Iguaçu e a de linhas intermunicipais do Grande Rio para a capital, autoridades demonstram total falta de discernimento de conceitos relativos à Administração Pública. Através da pintura padronizada, se estabelecem vínculos administrativos que correspondem a conceitos que nada têm a ver com as relações que se estabelecem entre empresas particulares de ônibus que operam concessões de serviço de transporte coletivo. A pintura padronizada, que explicitamente expressa a identidade do poder público relacionado, seja a secretaria municipal ou a estadual de Transportes, através do respectivo consórcio determinado por esse mesmo poder estatal, corresponde, na verdade, ao processo de DESCONCENTRAÇÃO da Administração Pública, o que é muito diferente de DESCENTRALIZAÇÃO. Isso porque a pintura padronizada sugere uma subordinação das empresas de ônibus ao poder governamental corres

POLÍTICO DA DITADURA MILITAR PLANEJARÁ PADRONIZAÇÃO VISUAL DE LINHAS METROPOLITANAS DO RJ

SISTEMA DE ÔNIBUS IMPLANTADO POR JAIME LERNER TEM COMO CONSEQUÊNCIAS NATURAIS A SUPERLOTAÇÃO DE ÔNIBUS DEVIDO À REDUÇÃO DE FROTAS E DE LINHAS EM CIRCULAÇÃO. A tão temida pintura padronizada nos ônibus intermunicipais com destino Rio de Janeiro, anunciada pelo secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório - uma das expressões do PMDB carioca, nacionalmente simbolizado pelo deputado Eduardo Cunha - , terá como planejador o próprio Jaime Lerner, que foi prefeito biônico de Curitiba durante a ditadura militar. Filiado à ARENA, Lerner se formou em Arquitetura quando a Universidade Federal do Paraná tinha como reitor Flávio Suplicy de Lacerda, que, como ministro da Educação do governo do general Castelo Branco, planejou a substituição da UNE por uma entidade estudantil ligada ao regime militar e tinha em mãos um plano para privatizar as universidades públicas. Lerner, espécie de Roberto Campos do transporte coletivo (em alusão ao famoso economista que impôs o arrocho sala

RELATO DE PASSAGEIRO É ALERTA PARA ESQUEMA DE ÔNIBUS A SER IMPLANTADO NO RJ

AV. AYRTON SENNA, QUANDO TINHA TRÂNSITO TRANQUILO, EM MAIO PASSADO. Foi um fato verídico. Na volta da Bienal do Livro no Rio Centro, quando eu e meu irmão estávamos no ônibus da 368 Rio / Centro / Castelo (via Grajaú), no último dia 04, às 16h30, um passageiro que estava atrás de nós estava telefonando para uma amiga no seu celular. O ônibus havia passado pela Cidade de Deus e, no congestionamento, pegou a Av. Ayrton Senna no sentido Alvorada e fez um retorno na Av. Abelardo Bueno, tudo com um trânsito muito intenso e bastante lento. No decorrer da conversa, ele falou que precisaria de alguma carona, porque o Bilhete Único, que conta com duas horas e meia de validade, estava perto do fim, naquele trânsito caótico. e ele não tinha dinheiro para pagar a segunda passagem de volta. Ele falava de maneira calma, mas com ar de alguém preocupado. É o que se espera em outubro, quando as linhas de ônibus da Zona Norte, em sua grande maioria, deixarão de circular para a Zona Sul fazendo

PROJETO DE LINHAS PARA ZONA SUL DO RJ É FORA DA REALIDADE E PODE GERAR 'APARTHEID' SOCIAL

LINHAS COMO 455 TERÃO ITINERÁRIO REDUZIDO PARA O CENTRO. Uma das mais perversas alterações do sistema de ônibus do Rio de Janeiro terá seus piores momentos a partir de outubro, quando a temida ligação Zona Norte-Zona Sul por ônibus será extinta num pacote de reformulação de linhas feito pelo subsecretário de Planejamento da Prefeitura do Rio de Janeiro, Alexandre Sansão. Completamente alheio à realidade dos passageiros de ônibus, Alexandre Sansão, como seu inspirador Jaime Lerner (político e arquiteto paranaense ligado à ditadura militar), pensa a mobilidade urbana através de fórmulas matemáticas e aplicativos de Informática, e por isso anunciou que pretende substituir 33 linhas de ônibus por cinco "troncais" da Zona Sul para o Centro e Barra da Tijuca. Alegando querer "racionalizar" o trânsito no Rio de Janeiro, ele já ceifou várias linhas de ônibus funcionais, substituídas por trajetos esquartejados feitos por linhas "alimentadoras", para a

REPORTAGEM DE O DIA CONFUNDIU EMPRESA DE ÔNIBUS ENVOLVIDA EM ACIDENTE

Uma reportagem do jornal O Dia que divulgava um acidente ocorrido na manhã do dia 20 de fevereiro de 2015 errou a informação do nome da empresa, e a confusão ainda envolveu consórcios diferentes. O acidente ocorreu naquela sexta-feira, por volta de sete horas da manhã, na Rua Clarimundo de Melo, na esquina da Rua da República. Uma mulher de 43 anos morreu no local. Uma moto e um ônibus se colidiram. A reportagem creditou o ônibus como Viação Verdun (Consórcio Internorte, código-base B71xxx, tarja verde), quando a foto mostra que se trata de um ônibus da Viação Redentor (Consórcio Transcarioca, código-base C475xx, no caso o número C47606, e mostra tarja azul). Isso mostra o quanto a pintura padronizada confunde as pessoas, podendo ser passageiros, jornalistas e até busólogos. Além de não trazer transparência, causa problemas até na hora de denunciar empresas ruins. e, na correria do dia a dia, os profissionais de imprensa não têm tempo de ficar verificando o nome da empresa de

ÔNIBUS DO RJ: FISCALIZAÇÃO OU CAÇA ÀS BRUXAS?

Pégaso, City Rio / Via Rio, Paranapuan... O sistema de ônibus do Rio de Janeiro está completamente decadente, desde que um modelo marcado por procedimentos tecnocráticos antiquados e uma visão autoritária de gerenciamento de transporte foi imposto em 2010, visando a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Mas a ênfase exagerada nas irregularidades de algumas poucas empresas deixa uma pergunta no ar: será mesmo que elas estão sendo punidas porque são realmente irregulares ou porque se trata de uma caça às bruxas para permitir o crescimento de outros grupos empresariais? Fiscalização ou caça às bruxas? Afinal, se observarmos bem, todas as empresas de ônibus do Rio de Janeiro estão deficitárias. E a pintura padronizada nos ônibus tornou-se o véu desse troca-troca que os passageiros são sempre os últimos a saber, e que não está resolvendo o problema do transporte coletivo, o que faz com que pegar um ônibus na Cidade Maravilhosa seja aventura maior do que Montanha Russa. Ninguém sabe

EXIBIR LOGOTIPOS PEQUENOS NÃO RESOLVE PROBLEMAS NA PINTURA PADRONIZADA

As reclamações em torno de confusão e omissão das identidades das empresas de ônibus na pintura padronizada não são resolvidas com a simples exibição de logotipos de empresas nas latarias e janelas dos ônibus, assim como seus nomes nos letreiros digitais. A pouca informação das autoridades, que raciocinam o que chamam de "interesse público" através de simulações distantes da realidade através de programas de computador (Excel, Photoshop, Photopaint ou mesmo jogos como TheSims), não percebe que colocar logotipos de empresas de ônibus não diminui a confusão causada pela pintura padronizada. Os logotipos de empresas não raro se perdem ao lado de logotipos de consórcios e de órgãos municipais ou metropolitanos e, além disso, na correria do dia a dia, as pessoas, ocupadas nos seus afazeres, não vão ficar paradas para diferir uma empresa de outra. Se pararem, perderão o ônibus e poderão até se atrasar no trabalho. No caso dos letreiros digitais, a alternância de informaçõe

PENDOTIBA DEMORA PARA TRANSFERIR INTERMUNICIPAIS PARA FROTA MUNICIPAL

NO ALTO, UM ÔNIBUS INTERMUNICIPAL DA PENDOTIBA, NO CENTRO O SEU SUBSTITUTO E, ABAIXO, COMO O CARRO DO ALTO FICARÁ PINTADO. A pintura padronizada nos ônibus mostra uma de suas piores desvantagens. A Viação Pendotiba, que tinha maior rapidez de transferir carros da frota intermunicipal para a municipal, está demorando para transferir os carros do modelo CAIO Apache VIP II para as linhas locais de Niterói. Além dos ônibus terem que ser repintados com as cores do consórcio Transoceânico, aumentando os custos de mudança de visual - antes bastava apenas apagar os espaços dos números antigos e substitui-los pelos novos carros - , a burocracia torna-se um outro malefício. Afinal, não se trata apenas de mudar o registro do veículo dentro do controle da empresa operadora. Agora, esse ônibus precisa também ser registrado nos documentos do consórcio e também da Secretaria Municipal de Transportes de Niterói. Com isso além de representar um maior gasto de dinheiro, a pintura padronizada r

MORRE LUIZ PAULO CONDE, MENTOR DO MODELO CARIOCA DE SISTEMA DE ÔNIBUS HOJE VIGENTE

Morreu aos 81 anos, vítima de câncer na próstata, o arquiteto e ex-prefeito do Rio de Janeiro, Luiz Paulo Conde, que governou a cidade entre 1997 e 2000. Ele era ligado ao mesmo PMDB carioca de Eduardo Paes, Sérgio Cabral Filho, Luiz Fernando Pezão e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O PMDB carioca é marcado por sua vocação autoritária e inclinada a desprezar as leis, como se estivesse governando no Brasil da Era Geisel. E Luiz Paulo Conde foi um dos mentores do atual sistema de ônibus que faz o sofrimento e a infelicidade dos passageiros. Conde queria implantar no Rio de Janeiro o mesmo projeto que seu colega paranaense, o arquiteto Jaime Lerner, fez na ditadura militar. Consiste em adotar medidas tecnocráticas para o transporte coletivo, adotando uma lógica militaresca que envolve da pintura padronizada nas empresas de ônibus ao trabalho opressivo dos motoristas de ônibus, vários deles acumulando funções de cobrador. O projeto de Conde previa também a redu

MORRE HOMEM ATINGIDO POR RODA DE ÔNIBUS NO RJ

GARAGEM DA PARANAPUAN, NA ZONA NORTE DO RIO. Faleceu ontem, no hospital Quinta D'Or, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio de Janeiro, o comerciante Ananias Henriques, de 64 anos, que foi atingido por uma roda que se soltou de um ônibus da Transportes Paranapuan que percorria a Linha Amarela. Ananias sofreu lesões nos quadris, no pulmão e na cabeça, e estava em coma induzido até ontem, quando não resistiu aos ferimentos e faleceu. Ele era dono de uma farmácia. A empresa não se pronunciou sobre o acidente. A Paranapuan simboliza a crise que sofre o modelo de transporte coletivo implantado em 2010, com o poder concentrado da Secretaria Municipal de Transportes e a adoção de medidas consideradas prejudiciais à população, como a pintura padronizada para as empresas, a dupla função do motorista-cobrador e a mutilação de linhas sob o rótulo de "alimentadoras". O grupo político que decidiu por esse modelo é de Eduardo Paes, Sérgio Cabral Filho, Luiz Fernando Pe

MATEUS SOLANO FAZ PROTESTO CONTRA SISTEMA DE ÔNIBUS DO RJ

Uma mensagem publicada pelo ator Mateus Solano no seu perfil do Instagram expressa a indignação contra o sistema de ônibus do Rio de Janeiro, que havia piorado nos últimos anos. A mensagem, embora pareça previsível, sugere críticas ao modelo implantado em 2010 e atualmente vigente, que inclui pintura padronizada, mutilação de trajetos e dupla função de motorista-cobrador. "Hoje andei de ônibus, coisa que há tempos não fazia. Foi bom pra matar saudades. A qualidade do transporte público realmente não melhora, só o preço que aumenta", escreveu Solano, ilustrando a mensagem com uma selfie tirada no interior de um ônibus. Aparentemente, ele parece dizer que tudo está na mesma, mas o discurso do texto requer uma interpretação mais sutil: ele alegou "matar as saudades" de passear de ônibus, o que indica que ele achava o sistema razoável, apesar dos defeitos (bem menos do que os de 2010 para cá). Além disso, o contexto da mensagem de Mateus Solano é que, se o si