EM RECIFE, AS EMPRESAS CIDADE ALTA (ACIMA), RODOTUR E ITAMARACÁ APRESENTAM A MESMA PINTURA. Apesar da relativa eficácia, o modelo de gerenciamento dos sistemas de ônibus das cidades, sobretudo capitais e regiões metropolitanas, anda caduco. O poder concentrado, embora supostamente impessoal, do secretário de Transportes e o risco de relações promíscuas de empresários de ônibus e políticos se agravarem, revela o quanto o modelo idealizado por Jaime Lerner nos anos 1970 perdeu o seu sentido. Em primeiro lugar, a simples pintura padronizada, que coloca diferentes empresas de ônibus com uma mesma pintura e, por outro lado, divide uma única empresa de ônibus em pinturas diferentes, pode ser grave porque pode simbolizar um processo no qual a prefeitura ou o governo estadual impõem sua identidade visual, enquanto os empresários de ônibus ficam com a máquina eleitoral e o programa de governo em suas mãos. Isso pode indicar uma partidarização do transporte público, sugerindo uma suposta austeri...