ATÉ AGORA, OS ÔNIBUS PADRONIZADOS SÓ APARECERAM NOS NOTICIÁRIOS POLICIAIS.
A razão de ser da terrível pintura padronizada nos ônibus, imposta por um autoritário Eduardo Paes, se evaporou de vez. A decisão do prefeito do Rio de Janeiro em impor uma mesma pintura para diferentes empresas de ônibus até criou um modismo que contagiou cidades como Niterói, Nova Iguaçu, Recife, Florianópolis e Teresina e requentou os desgastados sistemas de ônibus de São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba.
No entanto, a medida está definitivamente desclassificada pelos cariocas e de nada adiantou a mídia enfiar os ônibus padronizados na paisagem carioca, como se observava em reportagens de lazer de O Globo e notícias sofre famosos passeando na orla carioca, porque o fracasso se tornou retumbante.
Mesmo com a "patrulha" de busólogos reacionários ou a complacência de manifestantes de grupos como o Movimento Passe Livre, a pintura padronizada nos ônibus comprovou ser uma medida impopular e maléfica para a população carioca, que desde 2010 passou a ver mais ônibus sucateados e mais corrupção no sistema de ônibus.
Não que isso não acontecesse com a diversidade visual tal como existia antes, mas naqueles tempos era mais fácil, através da identidade visual de cada empresa, identificar a empresa ruim, deficitária, com frota sucateada. Os casos da Oriental e Ocidental eram ilustrativos.
Ultimamente, as pessoas se desorientavam com esse confuso sistema de transporte que mais parece ter vindo das mentes maquiavélicas do deputado Eduardo Cunha. Passageiros tinham que redobrar a atenção para não embarcar no ônibus errado (uma Vila Real e uma Matias, por exemplo, ficaram visualmente idênticas), e ainda eram os últimos a saber de tantas mudanças.
Eram empresas trocando de nome. Sendo extintas e trocadas por outras. Linhas trocando de empresa. Empresas circulando em linhas de outras. Era algo para fundir a cuca dos cariocas, que ainda tinham que encarar motoristas sobrecarregados com a condução e cobrança de passagens, que muitas vezes provocaram acidentes com muitos feridos e até vários mortos.
Mas o pacote também oferecia sobremesas amargas como o desemprego em massa de cobradores, que o sindicato patronal Rio Ônibus tentava abafar silenciando a imprensa, e a redução de itinerários de linhas tradicionais para forçar a baldeação sob o pretexto do "sistema integrado" e banalizar o uso do Bilhete Único, como se ele fosse cartão de ingresso para um parque de diversões.
Os turistas saíram transtornados. Os jornalistas, confusos, não conseguindo identificar a empresa de ônibus correta quando noticiavam algum incidente. Mesmo os busólogos mais fanáticos pela pintura padronizada (jocosamente definidos como "beatas de logotipo de prefeitura") tiveram que admitir os defeitos da causa que defendiam. As autoridades, então, se calam de tanta vergonha.
Nem mesmo o festival de renovações de frotas - nos quais Acari parece Novacap, Real parece Braso Lisboa etc - conseguiu dar algum alento. Os ônibus praticamente sumiram das reportagens das Olimpíadas Rio 2016, quando, na imaginação de Eduardo Paes cerca de sete anos atrás, eles seriam a vitrine da mobilidade urbana carioca para a Copa de 2014 e o corrente evento olímpico.
Não deu. Agora o que se espera é, como na encampação dos ônibus que se encerrou em 1988, a Prefeitura do Rio de Janeiro devolver às empresas de ônibus o direito de exibir suas respectivas identidades visuais. Não vale mudar o leiaute da pintura padronizada e trocar o seis por meia dúzia. É hora de cada empresa de ônibus carioca mostrar sua cara própria. Só falta vontade política para isso.
A razão de ser da terrível pintura padronizada nos ônibus, imposta por um autoritário Eduardo Paes, se evaporou de vez. A decisão do prefeito do Rio de Janeiro em impor uma mesma pintura para diferentes empresas de ônibus até criou um modismo que contagiou cidades como Niterói, Nova Iguaçu, Recife, Florianópolis e Teresina e requentou os desgastados sistemas de ônibus de São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba.
No entanto, a medida está definitivamente desclassificada pelos cariocas e de nada adiantou a mídia enfiar os ônibus padronizados na paisagem carioca, como se observava em reportagens de lazer de O Globo e notícias sofre famosos passeando na orla carioca, porque o fracasso se tornou retumbante.
Mesmo com a "patrulha" de busólogos reacionários ou a complacência de manifestantes de grupos como o Movimento Passe Livre, a pintura padronizada nos ônibus comprovou ser uma medida impopular e maléfica para a população carioca, que desde 2010 passou a ver mais ônibus sucateados e mais corrupção no sistema de ônibus.
Não que isso não acontecesse com a diversidade visual tal como existia antes, mas naqueles tempos era mais fácil, através da identidade visual de cada empresa, identificar a empresa ruim, deficitária, com frota sucateada. Os casos da Oriental e Ocidental eram ilustrativos.
Ultimamente, as pessoas se desorientavam com esse confuso sistema de transporte que mais parece ter vindo das mentes maquiavélicas do deputado Eduardo Cunha. Passageiros tinham que redobrar a atenção para não embarcar no ônibus errado (uma Vila Real e uma Matias, por exemplo, ficaram visualmente idênticas), e ainda eram os últimos a saber de tantas mudanças.
Eram empresas trocando de nome. Sendo extintas e trocadas por outras. Linhas trocando de empresa. Empresas circulando em linhas de outras. Era algo para fundir a cuca dos cariocas, que ainda tinham que encarar motoristas sobrecarregados com a condução e cobrança de passagens, que muitas vezes provocaram acidentes com muitos feridos e até vários mortos.
Mas o pacote também oferecia sobremesas amargas como o desemprego em massa de cobradores, que o sindicato patronal Rio Ônibus tentava abafar silenciando a imprensa, e a redução de itinerários de linhas tradicionais para forçar a baldeação sob o pretexto do "sistema integrado" e banalizar o uso do Bilhete Único, como se ele fosse cartão de ingresso para um parque de diversões.
Os turistas saíram transtornados. Os jornalistas, confusos, não conseguindo identificar a empresa de ônibus correta quando noticiavam algum incidente. Mesmo os busólogos mais fanáticos pela pintura padronizada (jocosamente definidos como "beatas de logotipo de prefeitura") tiveram que admitir os defeitos da causa que defendiam. As autoridades, então, se calam de tanta vergonha.
Nem mesmo o festival de renovações de frotas - nos quais Acari parece Novacap, Real parece Braso Lisboa etc - conseguiu dar algum alento. Os ônibus praticamente sumiram das reportagens das Olimpíadas Rio 2016, quando, na imaginação de Eduardo Paes cerca de sete anos atrás, eles seriam a vitrine da mobilidade urbana carioca para a Copa de 2014 e o corrente evento olímpico.
Não deu. Agora o que se espera é, como na encampação dos ônibus que se encerrou em 1988, a Prefeitura do Rio de Janeiro devolver às empresas de ônibus o direito de exibir suas respectivas identidades visuais. Não vale mudar o leiaute da pintura padronizada e trocar o seis por meia dúzia. É hora de cada empresa de ônibus carioca mostrar sua cara própria. Só falta vontade política para isso.
Caso a próxima eleição para prefeito, o sucessor de Eduardo Paes (desde que não seja indicado por este) irá revogar essas pinturas padronizadas?
ResponderExcluirExiste um contrato de licitação a ser seguido e respeitado, não há como revogar, a não ser que revogue a licitação também.
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