PRATICAMENTE, SÓ O VLT FOI REALMENTE BEM SUCEDIDO NO TRANSPORTE CARIOCA.
A grande imprensa, ao contabilizar os êxitos das Olimpíadas Rio 2016 - hoje estamos nas vésperas das Paraolimpíadas, disse que o transporte público foi bem sucedido no evento. Fora o VLT e, em parte, os trens e metrôs, o sistema não foi esse sucesso todo.
Dizer que não foi um desastre não é o mesmo que dizer que foi um sucesso. Uma coisa é dizer que não houve grandes problemas, mas outra coisa completamente diferente é dizer que algo foi bem sucedido, teve êxito, saiu melhor do que esperava.
Se observarmos o sistema de ônibus, por exemplo, a coisa até piorou. Ônibus superlotados, com uma superlotação que só reduziu um pouco porque a Prefeitura do Rio de Janeiro voltou atrás quanto ao fim da ligação direta Zona Norte-Zona Sul, depois que até entidades de direitos humanos viam nisso uma discriminação contra a população dos subúrbios.
A pintura padronizada, véu para acobertar a corrupção político-empresarial, permite que as frotas sejam sucateadas, já que os passageiros, tão confusos, não poderão identificar qual a empresa que presta um mau serviço. Sem poder mostrar a identidade visual - que representa mais responsabilidades para a empresa operadora - , as empresas se desleixam e descumprem obrigações de prestação de serviço.
Hoje mesmo, se viu passar pela Av. Pres. Vargas, na altura da Cidade Nova, um carro da antes conceituada Real Auto Ônibus, carro C41420, totalmente sucateado e sujo, sacolejando como se fosse um caminhão de entulho, um carro que costuma servir regiões como a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes.
Observou-se muitos ônibus assim. Na Rio 2016, os ônibus do Centro só estavam mais limpos, mas tinham lataria amassada e sacolejavam quando em movimento. Apenas alguns ônibus rigorosamente mais novos - até quatro meses de uso - estavam em bom estado. Os BRTs (articulados) seguiam a mesma qualidade irregular dos ônibus convencionais e rodavam quase sempre lotados.
Os metrôs e trens apresentaram os problemas de sempre, principalmente a superlotação destes últimos e a lotação dos primeiros que trazia desconforto para quem ficava em pé. Somente os veículos leves sobre trilhos, os VLTs, tiveram melhor sorte, e foram uma elogiada novidade no transporte público da Rio 2016.
A situação aparentemente sem problemas envolveu apenas os serviços de transporte coletivo do Centro e da Zona Sul. Na Zona Norte e na Zona Oeste, mesmo não havendo registro de transtornos sérios, os problemas se relacionaram ao tempo de espera e à lotação dos ônibus, mesmo BRTs, complicando a vida dos passageiros, principalmente turistas.
Na avaliação geral, o desempenho foi de regular para menos. Os defeitos do sistema de ônibus adotado em 2010 permaneceram e só não se agravaram porque as principais linhas da ligação Norte-Sul foram mantidas ou, quando muito, tiveram percurso reduzido, mas ainda em bairros da Zona Sul. Mas isso não quer dizer que esse sistema de ônibus foi um sucesso. Na verdade, revelou um retumbante fracasso, pelo conjunto da obra.
A grande imprensa, ao contabilizar os êxitos das Olimpíadas Rio 2016 - hoje estamos nas vésperas das Paraolimpíadas, disse que o transporte público foi bem sucedido no evento. Fora o VLT e, em parte, os trens e metrôs, o sistema não foi esse sucesso todo.
Dizer que não foi um desastre não é o mesmo que dizer que foi um sucesso. Uma coisa é dizer que não houve grandes problemas, mas outra coisa completamente diferente é dizer que algo foi bem sucedido, teve êxito, saiu melhor do que esperava.
Se observarmos o sistema de ônibus, por exemplo, a coisa até piorou. Ônibus superlotados, com uma superlotação que só reduziu um pouco porque a Prefeitura do Rio de Janeiro voltou atrás quanto ao fim da ligação direta Zona Norte-Zona Sul, depois que até entidades de direitos humanos viam nisso uma discriminação contra a população dos subúrbios.
A pintura padronizada, véu para acobertar a corrupção político-empresarial, permite que as frotas sejam sucateadas, já que os passageiros, tão confusos, não poderão identificar qual a empresa que presta um mau serviço. Sem poder mostrar a identidade visual - que representa mais responsabilidades para a empresa operadora - , as empresas se desleixam e descumprem obrigações de prestação de serviço.
Hoje mesmo, se viu passar pela Av. Pres. Vargas, na altura da Cidade Nova, um carro da antes conceituada Real Auto Ônibus, carro C41420, totalmente sucateado e sujo, sacolejando como se fosse um caminhão de entulho, um carro que costuma servir regiões como a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes.
Observou-se muitos ônibus assim. Na Rio 2016, os ônibus do Centro só estavam mais limpos, mas tinham lataria amassada e sacolejavam quando em movimento. Apenas alguns ônibus rigorosamente mais novos - até quatro meses de uso - estavam em bom estado. Os BRTs (articulados) seguiam a mesma qualidade irregular dos ônibus convencionais e rodavam quase sempre lotados.
Os metrôs e trens apresentaram os problemas de sempre, principalmente a superlotação destes últimos e a lotação dos primeiros que trazia desconforto para quem ficava em pé. Somente os veículos leves sobre trilhos, os VLTs, tiveram melhor sorte, e foram uma elogiada novidade no transporte público da Rio 2016.
A situação aparentemente sem problemas envolveu apenas os serviços de transporte coletivo do Centro e da Zona Sul. Na Zona Norte e na Zona Oeste, mesmo não havendo registro de transtornos sérios, os problemas se relacionaram ao tempo de espera e à lotação dos ônibus, mesmo BRTs, complicando a vida dos passageiros, principalmente turistas.
Na avaliação geral, o desempenho foi de regular para menos. Os defeitos do sistema de ônibus adotado em 2010 permaneceram e só não se agravaram porque as principais linhas da ligação Norte-Sul foram mantidas ou, quando muito, tiveram percurso reduzido, mas ainda em bairros da Zona Sul. Mas isso não quer dizer que esse sistema de ônibus foi um sucesso. Na verdade, revelou um retumbante fracasso, pelo conjunto da obra.
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