Quando dissemos que a padronização de pinturas colocada nas frotas municipais e estaduais, muita gente chia, sobretudo os busólogos. Mas se irmos fundo, analisando detalhadamente o funcionamento de cada sistema, vamos chegar a conclusão que é realmente uma encampação, só que financiada pela iniciativa privada.
A padronização de pinturas tem como única finalidade (ÚNICA mesmo!) servir de propaganda das gestões dos sistemas. É uma maneira de prefeitos e governadores, junto com as suas secretarias de transportes, de dizer que quem oferece o serviço de transportes são eles e por isso, a eles é que a população terá que recorrer.
Com isso, os passageiros se transformam em reféns das secretarias de transportes, já que não sabem mais como recorrer diretamente às empresas operadoras, cujo direito de identidade é forçadamente refutado. Resta aos passageiros recorrerem apenas as secretarias de transportes, alheias ao funcionamento cotidiano das linhas que gerenciam.
Todo mundo sabe que somente passageiros e empresas conhecem o cotidiano das operações de ônibus. As secretarias de transportes deveriam se limitar a criar as linhas, escolher as suas características e fiscalizar superficialmente. Cabe aos passageiros a verdadeira fiscalização, que só pode ser feita com a sua utilização diária.
A pintura padronizada foi a pior ideia que os governantes tiveram. Além de não ter nenhuma serventia real, ,mais prejudicando do que ajudando os usuários, se limita a servir de propaganda irresponsável dos governos gerenciadores. Como se o nome de uma cidade escrito nos ônibus pudesse garantir a qualidade dos sistemas de transporte que pioram a cada dia, sem permitir que a população possa lutar diretamente por sua melhora.
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