ATUALMENTE, OS ÔNIBUS CARIOCAS USAM "FARDA". NINGUÉM PERCEBEU A RELAÇÃO DISSO COM A DITADURA MILITAR?
Pintura padronizada que extingue as identidades visuais das empresas de ônibus em prol de um visual único, variado apenas em poucos detalhes conforme o consórcio ou tipo de serviço ou área de bairros, imposto por prefeituras ou secretarias estaduais de transporte.
Sobrecarga horária de motoristas, que são obrigados a acelerar demais para cumprir os horários das linhas de ônibus, dentro de uma cidade em que cada vez mais o tráfego se congestiona e praticamente se paralisa nos horários de pico.
Corredores expressos para ônibus de BRT que derrubam áreas ambientais, prejudicam o comércio popular e obrigam muitos moradores de comunidades populares a, sob precária indenização, morarem bem longe de onde viviam.
Estes aspectos, além de muito sensacionalismo na compra de ônibus - com ar condicionado, articulados ou com motores possantes - , sem verificar questões como funcionalidade, mostram um modelo de sistema de ônibus que, embora atraente para muita gente, possui raízes nada democráticas.
Quem responder que tais raízes remetem à ditadura militar e ao golpe instaurado em abril de 1964, acertou. Embora muitos acreditem que o modelo tecnocrático de sistema de ônibus e de mobilidade urbana, adotado em cidades como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza e, mais recentemente, no Rio de Janeiro, é "progressista", ele na verdade corresponde ao oposto disso.
A origem se deu em Curitiba, em 1974, através do prefeito de Curitiba, Jaime Lerner. A partir daí, empresas de ônibus deixaram de ter o direito (e o dever) de exibir suas identidades visuais para expor a imagem da prefeitura ou do governo estadual, enquanto autoridades lançavam ônibus "especializados" não por questão de funcionalidade, mas por puro sensacionalismo.
Jaime Lerner carrega a imagem de "urbanista progressista", mas não é mais do que um "filhote" da ditadura militar. Lerner foi político lançado pela ARENA (o partido que comandava a ditadura) e foi prefeito biônico (nomeado pelos generais) de Curitiba.
Lerner formou-se pela Universidade Federal do Paraná quando seu reitor era Flávio Suplicy de Lacerda, que depois foi nomeado pelo general Castelo Branco ministro da Educação. Flávio tornou-se conhecido por adotar medidas impopulares que causaram a revolta do movimento estudantil que se tornaram história.
O ex-reitor da UFPR, na condição de ministro da Educação do governo Castelo Branco, quis propor, entre outras coisas, a privatização do ensino superior público e a criação de uma entidade estudantil substituta da UNE e vinculada ao governo militar. Flávio também foi o ministro que estabeleceu acordos do MEC com a USAID, agência de investimentos do governo dos EUA.
Tal mestre, tal discípulo. Contrariando a imagem de "progressista", o Jaime Lerner que mostrava as avenidas dos sonhos em planilhas, maquetes e ilustrações era, fora do âmbito da "mobilidade", um privatista doentio, explorador das classes trabalhadoras, político corrupto e associado a medidas impopulares que degradaram o serviço público no Paraná.
Além disso, seu projeto de transporte coletivo causou mais prejuízos do que acertos, coisa que nem mesmo Carlos Lacerda, o abertamente reacionário jornalista e ex-governador da Guanabara. Lacerda havia criado um sistema de ônibus mais coerente e funcional do que Jaime Lerner, que ainda por cima foi recentemente condenado por improbidade administrativa.
Poucas pessoas entendem o porquê do projeto de Jaime Lerner ser tão antiquado. Mas os acidentes de ônibus, as pessoas pegando ônibus errados por conta da pintura padronizada, as populações protestando contra corredores exclusivos, tudo isso mostra o quanto o projeto tecnocrático só faz sentido mesmo em maquetes, desenhos e gráficos.
A realidade é muito mais cruel do que a fantasia lançada em computadores instalados em escritórios refrigerados.
Pintura padronizada que extingue as identidades visuais das empresas de ônibus em prol de um visual único, variado apenas em poucos detalhes conforme o consórcio ou tipo de serviço ou área de bairros, imposto por prefeituras ou secretarias estaduais de transporte.
Sobrecarga horária de motoristas, que são obrigados a acelerar demais para cumprir os horários das linhas de ônibus, dentro de uma cidade em que cada vez mais o tráfego se congestiona e praticamente se paralisa nos horários de pico.
Corredores expressos para ônibus de BRT que derrubam áreas ambientais, prejudicam o comércio popular e obrigam muitos moradores de comunidades populares a, sob precária indenização, morarem bem longe de onde viviam.
Estes aspectos, além de muito sensacionalismo na compra de ônibus - com ar condicionado, articulados ou com motores possantes - , sem verificar questões como funcionalidade, mostram um modelo de sistema de ônibus que, embora atraente para muita gente, possui raízes nada democráticas.
Quem responder que tais raízes remetem à ditadura militar e ao golpe instaurado em abril de 1964, acertou. Embora muitos acreditem que o modelo tecnocrático de sistema de ônibus e de mobilidade urbana, adotado em cidades como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza e, mais recentemente, no Rio de Janeiro, é "progressista", ele na verdade corresponde ao oposto disso.
A origem se deu em Curitiba, em 1974, através do prefeito de Curitiba, Jaime Lerner. A partir daí, empresas de ônibus deixaram de ter o direito (e o dever) de exibir suas identidades visuais para expor a imagem da prefeitura ou do governo estadual, enquanto autoridades lançavam ônibus "especializados" não por questão de funcionalidade, mas por puro sensacionalismo.
Jaime Lerner carrega a imagem de "urbanista progressista", mas não é mais do que um "filhote" da ditadura militar. Lerner foi político lançado pela ARENA (o partido que comandava a ditadura) e foi prefeito biônico (nomeado pelos generais) de Curitiba.
Lerner formou-se pela Universidade Federal do Paraná quando seu reitor era Flávio Suplicy de Lacerda, que depois foi nomeado pelo general Castelo Branco ministro da Educação. Flávio tornou-se conhecido por adotar medidas impopulares que causaram a revolta do movimento estudantil que se tornaram história.
O ex-reitor da UFPR, na condição de ministro da Educação do governo Castelo Branco, quis propor, entre outras coisas, a privatização do ensino superior público e a criação de uma entidade estudantil substituta da UNE e vinculada ao governo militar. Flávio também foi o ministro que estabeleceu acordos do MEC com a USAID, agência de investimentos do governo dos EUA.
Tal mestre, tal discípulo. Contrariando a imagem de "progressista", o Jaime Lerner que mostrava as avenidas dos sonhos em planilhas, maquetes e ilustrações era, fora do âmbito da "mobilidade", um privatista doentio, explorador das classes trabalhadoras, político corrupto e associado a medidas impopulares que degradaram o serviço público no Paraná.
Além disso, seu projeto de transporte coletivo causou mais prejuízos do que acertos, coisa que nem mesmo Carlos Lacerda, o abertamente reacionário jornalista e ex-governador da Guanabara. Lacerda havia criado um sistema de ônibus mais coerente e funcional do que Jaime Lerner, que ainda por cima foi recentemente condenado por improbidade administrativa.
Poucas pessoas entendem o porquê do projeto de Jaime Lerner ser tão antiquado. Mas os acidentes de ônibus, as pessoas pegando ônibus errados por conta da pintura padronizada, as populações protestando contra corredores exclusivos, tudo isso mostra o quanto o projeto tecnocrático só faz sentido mesmo em maquetes, desenhos e gráficos.
A realidade é muito mais cruel do que a fantasia lançada em computadores instalados em escritórios refrigerados.
HAUHEAUHEAUHEAUHEAUHEUAHEUAHEUAHEUAHEUAHUEHAUEHAUHEAUHEAUHEA HAAAAAAAAAHAHAHAHAAAAH
ResponderExcluirTEM QUE RIR MESMO HAUHAUHAUAHUAHAUHAUHAUHAUHAUHAAUHAHAHAHAHAH
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEsse texto é muito mal feito, aprenda o que é mobilidade urbana antes de tudo. Aprenda mais sobre a funcionalidade das cores em Curitiba, e os resultados do BRT de lá. Depois escreva algo.
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