IMAGINE SE OS UNIFORMES DO FLAMENGO, FLUMINENSE, BOTAFOGO E VASCO FOSSEM EXATAMENTE IGUAIS?
Por Alexandre Figueiredo - Mingau de Aço
O blogue Expobesta, numa grande sacada, realizou um tópico satírico bastante didático, juntando o fato de que a padronização visual dos ônibus nas capitais brasileiras, inclusive o Rio de Janeiro, é um dos carros-chefes da mobilidade urbana feita - propositadamente - para fins turísticos durante os eventos esportivos de 2014 e 2016.
E, como 2014 é o ano do maior desses eventos, a Copa do Mundo Fifa Brasil 2014, nada como usar o futebol para entendermos as desvantagens da padronização visual dos ônibus cariocas. Transferindo a medida para os uniformes dos times esportivos, o texto, através do tom satírico, cita as argumentações "técnicas" que viabilizaram a hipotética medida.
Entre as "justificativas" apresentadas para a medida, estavam alegações como "disciplina" e "fim da corrupção", além de garantir que a confusão dos torcedores será "superada" com a divulgação das novas regras na imprensa.
Além disso, há o novo sistema de numeração das camisas dos jogadores, com o número respectivo acompanhado do código de registro do time em questão, que pode variar da sigla CRF (Clube de Regatas Flamengo) às primeiras letras das palavras de outros times, como BOT (Botafogo).
O texto não cita como será o padrão de uniforme dos goleiros, o que sugere também a omissão que as autoridades cariocas fazem se o serviço executivo será ou não com visual padronizado.
A paródia serve para esclarecer certas pessoas, deslumbradas com decisões tecnocráticas, sobre as confusões que as classes populares e os trabalhadores ocupados em mil afazeres frequentemente sofrem na hora de pegar ônibus, através da confusão que, durante um Fla X Flu, por exemplo, sofreria um torcedor vendo os dois times usando exatamente o mesmo uniforme.
Outro ponto da paródia é a insensibilidade que os tecnocratas diante desse risco de confusão, e o caráter patético de suas "soluções técnicas", como o simples destaque do número da camisa do jogador e do código de inscrição do respectivo time, que não são vistos de longe numa transmissão de TV.
O texto ainda parodia a questão do bilhete único e outros paliativos, através do "ingresso único", que o torcedor poderá comprar para assistir aos jogos do Campeonato Brasileiro durante todo um mês.
Sátira perfeita e tem ainda a frota interestadual que escapa do fardamento imposto pelos políticos brasileiros.
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