ÔNIBUS DO LIMÃO ENFRENTANDO ENGARRAFAMENTOS NA MARGINAL DO TIETÊ DEPOIS DE DESCER A RAMPA DE ACESSO, EVITANDO O JARDIM LARANJEIRAS, EM PLENA TARDE DE SÁBADO, 31 DE MAIO DE 2025.
É um grande erro das autoridades do transporte coletivo de São Paulo de fazer com que as linhas que partem do bairro do Limão passem só na ida no Jardim Laranjeiras, parte da região da Casa Verde que fica próxima à Avenida Engenheiro Caetano Álvares.
A população do Jardim Laranjeiras, que inclui vários edifícios e alguns condomínios, num entorno que inclui a Praça Delegado Amoroso Neto, a Rua Reims e um trecho da Avenida Casa Verde, só consegue se deslocar por ida e volta através de duas linhas para o Centro, uma destinada à Praça do Correio, outra para o Terminal Parque Dom Pedro II, e duas linhas para a Barra Funda, por sinal constantemente superlotadas.
Isso é um suplício que as autoridades não conseguem entender, porque nenhuma autoridade usa para valer o transporte coletivo, e pensa que tudo está resolvido com a baldeação através da gratuidade do segundo ou do terceiro ônibus e, nos domingos, a tarifa zero em todos os ônibus municipais.
Afinal, esses benefícios não compensam o esforço do sobe-e-desce dos passageiros, incluindo gestantes, idosos e pessoas com deficiência, sem falar que o conforto do primeiro ônibus dificilmente continua no segundo.
Não raro a pessoa que, vindo da Avenida Paulista para voltar ao Jardim Laranjeiras, consegue um assento na linha 917M-10, ao saltar na Avenida Marquês de São Vicente para pegar o 9300-10, não ficará sentada num assento equivalente e, frequentemente, terá que viajar em pé.
Nem se os passageiros sentados cedessem o lugar a pessoas com necessidades especiais compensa. Nada compensa o grande erro de colocar os ônibus do Limão para passarem na ida no Jardim Laranjeiras mas não na volta, neste caso descendo a rampa de acesso direto à Marginal do Tietê.
Também não compensa o trajeto curto da descida da Avenida Ordem e Progresso direto para a Marginal e, depois, pegar a Avenida Professor Celestino Bourrol. Primeiro, porque são vias onde circulam muitos caminhões de transporte pesado, trazendo risco de acidentes. Segundo, porque a Marginal do Tietê conta com constantes engarrafamentos, o que traz um custo-benefício bastante negativo.
Nos fins de semana, o deslocamento da Avenida Ordem e Progresso para o Jardim Laranjeiras, depois entrando pela Avenida Engenheiro Caetano Álvares, sentido Estadão, para ir ao Limão, tem um tempo de demora menor do que o que fazem as linhas 175P-10 Metrô Santana / Metrô Ana Rosa e 208M-10 Metrô Santana / Terminal Pinheiros percorrendo o Terminal da Barra Funda.
A concepção desses trajetos é um vício das autoridades da SPTrans, que acham que uma linha de ônibus pode ter percurso diferente na ida e na volta, prejudicando os passageiros no direito de ir e vir. A população do Jardim Laranjeiras até pode ir para curtir o lazer na Avenida Paulista, mas, na hora de voltar para casa, terá que encarar um sobe-e-desce de ônibus e, no caso do segundo ônibus, o risco de pegar um veículo lotado é muito, muito grande.
Daí que não dá para manter um trajeto que só traz desvantagens. Ônibus que descem a Marginal e enfrentam congestionamentos e passageiros que moram no Jardim Laranjeiras têm dificuldade para voltar para casa de ônibus. Em todos os casos, quase todo mundo sai perdendo, de qualquer forma.
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