O "PATRIOTA BUS", DA REDE DE LOJAS HAVAN, DE LUCIANO HANG, COM A PINTURA DA CAMPANHA DE JAIR BOLSONARO PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.
O reacionarismo de muitos busólogos, em especial os do Rio de Janeiro - envolvidos em agressões e ofensas pesadas nas redes sociais, que incluiu até mesmo uma página de "comentários críticos" já denunciada ao SaferNet - , já indicava o comportamento padrão dos violentos bolsonaristas, e o apoio a Jair Bolsonaro já era defendido antes do bolsonarismo virar uma moda nacional.
A defesa, com raras exceções, da pintura padronizada dos ônibus - aplicação da lógica do fardamento militar - , remete muito a essa visão reacionária, difundida a partir da iniciativa do tecnocrata Jaime Lerner, então "prefeito biônico" (nomeado pela ditadura militar) de Curitiba, que, sob a desculpa de delimitar pinturas por bairros ou serviços, escondeu as empresas de ônibus através de uma pintura padrão.
Dependendo do caso, a pintura padronizada pode ser igual em diferentes empresas de ônibus, que é o que ocorre na maioria dos casos, mas pode ser diferente numa mesma empresa de ônibus, no caso desta operar em diferentes cidades, regiões de bairros ou tipos de ônibus.
O reacionarismo dos busólogos, principalmente no Rio de Janeiro, é reflexo do crescimento da busologia que ameaçava a supremacia de uma elite que passou a defender a pintura padronizada nos ônibus na esperança de ocupar postos políticos por intermédio de Eduardo Paes e seu então secretário de Transportes, Alexandre Sansão.
As agressões chegaram ao ponto de ir para o pessoal, como humilhar a condição de alguns busólogos serem solteiros, chamados pejorativamente de "virgens". Só que isso era um tiro no pé, porque a agressão, neste sentido, escondia o verdadeiro motivo: os busólogos que xingavam a solteirice de outros haviam falhado na conquista ou na transa sexual nas noitadas e queriam descontar nos outros a mancada pessoal.
E mesmo quando os busólogos que humilham a solteirice dos outros serem casados ou estarem namorando, suas companheiras não têm sangue de barata. Mulher nenhuma gosta de ver marido ou namorado humilhando homens solteiros e, quando sabe dessas agressões, a separação é certa, fazendo com que os valentões tenham o "privilégio" de serem alvo de suas próprias gozações.
As agressões incluíram xingações como "seu m****" que repetiam como se fosse um disco pulando. E os agressores, que inicialmente adotavam um vitimismo chantagista, querendo perguntar quem denunciou suas agressões, tiveram que ser repreendidos até pelos seus pares, depois que outros busólogos foram denunciar um valentão que elevou o tom das agressões e ofendia gratuitamente busólogos emergentes.
O golpe político de 2016, curiosamente, surgiu de um protesto contra aumento de tarifas de ônibus, feito por estudantes três anos antes. Inicialmente, as manifestações não tinham cunho ideológico, mas havia o silêncio generalizado sobre os ônibus padronizados, mesmo quando igualar diferentes empresas de ônibus sob uma mesma pintura confunde os passageiros comuns e favorece a corrupção político-empresarial no setor.
O modus operandi bolsonarista dos busólogos, aliás, faz ignorar ou esnobar a dificuldade que as pessoas comuns, cheias de tantos afazeres, têm em reconhecer as empresas sob uma mesma pintura ou sob a "sopa de letrinhas" dos códigos alfanuméricos. O mais violento dos busólogos agressores chegou a dizer, nas redes sociais, em relação a um ônibus padronizado da Auto Viação Jabour, com arrogância tipicamente bolsomínion: "Até cego sabe que empresa é essa".
O grande problema é que esses busólogos arrogantes pensam que pegar ônibus é como ir a um parque de diversões. Como bolsonaristas por antecipação, eles defendiam causas anti-populares como estas:
1) REDUÇÃO DRÁSTICA DE ÔNIBUS EM CIRCULAÇÃO - A desculpa é fazer o transporte ficar mais rápido, o que é impossível, diante do grande tráfego de veículos nas cidades, que as pistas exclusivas não conseguem resolver totalmente. Os busólogos que defendem essa causa não sabem que uma das maiores revoltas dos cidadãos é a espera prolongada pelo ônibus desejado.
2) DUPLA FUNÇÃO DE MOTORISTA-COBRADOR - Alguns busólogos agressivos fingiam questionar a dupla função do motorista-cobrador (que sobrecarrega o trabalho do motorista, já tendo que se concentrar no volante), mas foi só jogo de cena para agradar membros mais prestigiados.
3) FIM DA LIGAÇÃO ZONA NORTE-ZONA SUL DAS LINHAS CARIOCAS - Achando que Bilhete Único é brinquedo e pegar ônibus é como ir a parques de diversões, os busólogos mais reacionários, alternando entre desculpas "técnicas" - já trazidas pelos tecnocratas da Prefeitura do Rio de Janeiro - e ofensas gratuitas, defendiam a baldeação radical e abusiva dos ônibus municipais cariocas, ignorando que nem todo mundo vai da Zona Norte a Zona Sul para ir à praia.
O golpe político que tornou-se um efeito indireto de um protesto contra aumento das passagens chegou ao bolsonarismo que já era defendido, por antecipação, por uma elite de busólogos, mesmo antes de Jair Bolsonaro virar o "mito".
Mas, agora, com a crise atingindo o governo Bolsonaro, que perdeu uma boa parcela de aliados e ameaça ser tirado do poder - até agora, nada menos que sete pedidos de impeachment foram protocolados pela Câmara dos Deputados - , além de ter perdido o apoio da grande mídia, que agora faz campanha contra o presidente, como ficam os busólogos bolsonaristas?
A situação fica mais ou menos como os bolsomínions estão sofrendo. É uma fase em que os agressores já não conseguem controlar as consequências de seus atos, sofrendo o repúdio até dos próprios amigos e virando até mesmo "vidraça" por conta do exagero de suas agressões.
Isso diz muito ao "bus-sonarismo" ou "bolsologia" que tentavam prevalecer no hobby, mas que em breve será uma minoria de envergonhados, que ignoram o ditado popular que diz: "o feitiço um dia se voltará contra o feiticeiro".
O reacionarismo de muitos busólogos, em especial os do Rio de Janeiro - envolvidos em agressões e ofensas pesadas nas redes sociais, que incluiu até mesmo uma página de "comentários críticos" já denunciada ao SaferNet - , já indicava o comportamento padrão dos violentos bolsonaristas, e o apoio a Jair Bolsonaro já era defendido antes do bolsonarismo virar uma moda nacional.
A defesa, com raras exceções, da pintura padronizada dos ônibus - aplicação da lógica do fardamento militar - , remete muito a essa visão reacionária, difundida a partir da iniciativa do tecnocrata Jaime Lerner, então "prefeito biônico" (nomeado pela ditadura militar) de Curitiba, que, sob a desculpa de delimitar pinturas por bairros ou serviços, escondeu as empresas de ônibus através de uma pintura padrão.
Dependendo do caso, a pintura padronizada pode ser igual em diferentes empresas de ônibus, que é o que ocorre na maioria dos casos, mas pode ser diferente numa mesma empresa de ônibus, no caso desta operar em diferentes cidades, regiões de bairros ou tipos de ônibus.
O reacionarismo dos busólogos, principalmente no Rio de Janeiro, é reflexo do crescimento da busologia que ameaçava a supremacia de uma elite que passou a defender a pintura padronizada nos ônibus na esperança de ocupar postos políticos por intermédio de Eduardo Paes e seu então secretário de Transportes, Alexandre Sansão.
As agressões chegaram ao ponto de ir para o pessoal, como humilhar a condição de alguns busólogos serem solteiros, chamados pejorativamente de "virgens". Só que isso era um tiro no pé, porque a agressão, neste sentido, escondia o verdadeiro motivo: os busólogos que xingavam a solteirice de outros haviam falhado na conquista ou na transa sexual nas noitadas e queriam descontar nos outros a mancada pessoal.
E mesmo quando os busólogos que humilham a solteirice dos outros serem casados ou estarem namorando, suas companheiras não têm sangue de barata. Mulher nenhuma gosta de ver marido ou namorado humilhando homens solteiros e, quando sabe dessas agressões, a separação é certa, fazendo com que os valentões tenham o "privilégio" de serem alvo de suas próprias gozações.
As agressões incluíram xingações como "seu m****" que repetiam como se fosse um disco pulando. E os agressores, que inicialmente adotavam um vitimismo chantagista, querendo perguntar quem denunciou suas agressões, tiveram que ser repreendidos até pelos seus pares, depois que outros busólogos foram denunciar um valentão que elevou o tom das agressões e ofendia gratuitamente busólogos emergentes.
O golpe político de 2016, curiosamente, surgiu de um protesto contra aumento de tarifas de ônibus, feito por estudantes três anos antes. Inicialmente, as manifestações não tinham cunho ideológico, mas havia o silêncio generalizado sobre os ônibus padronizados, mesmo quando igualar diferentes empresas de ônibus sob uma mesma pintura confunde os passageiros comuns e favorece a corrupção político-empresarial no setor.
O modus operandi bolsonarista dos busólogos, aliás, faz ignorar ou esnobar a dificuldade que as pessoas comuns, cheias de tantos afazeres, têm em reconhecer as empresas sob uma mesma pintura ou sob a "sopa de letrinhas" dos códigos alfanuméricos. O mais violento dos busólogos agressores chegou a dizer, nas redes sociais, em relação a um ônibus padronizado da Auto Viação Jabour, com arrogância tipicamente bolsomínion: "Até cego sabe que empresa é essa".
O grande problema é que esses busólogos arrogantes pensam que pegar ônibus é como ir a um parque de diversões. Como bolsonaristas por antecipação, eles defendiam causas anti-populares como estas:
1) REDUÇÃO DRÁSTICA DE ÔNIBUS EM CIRCULAÇÃO - A desculpa é fazer o transporte ficar mais rápido, o que é impossível, diante do grande tráfego de veículos nas cidades, que as pistas exclusivas não conseguem resolver totalmente. Os busólogos que defendem essa causa não sabem que uma das maiores revoltas dos cidadãos é a espera prolongada pelo ônibus desejado.
2) DUPLA FUNÇÃO DE MOTORISTA-COBRADOR - Alguns busólogos agressivos fingiam questionar a dupla função do motorista-cobrador (que sobrecarrega o trabalho do motorista, já tendo que se concentrar no volante), mas foi só jogo de cena para agradar membros mais prestigiados.
3) FIM DA LIGAÇÃO ZONA NORTE-ZONA SUL DAS LINHAS CARIOCAS - Achando que Bilhete Único é brinquedo e pegar ônibus é como ir a parques de diversões, os busólogos mais reacionários, alternando entre desculpas "técnicas" - já trazidas pelos tecnocratas da Prefeitura do Rio de Janeiro - e ofensas gratuitas, defendiam a baldeação radical e abusiva dos ônibus municipais cariocas, ignorando que nem todo mundo vai da Zona Norte a Zona Sul para ir à praia.
O golpe político que tornou-se um efeito indireto de um protesto contra aumento das passagens chegou ao bolsonarismo que já era defendido, por antecipação, por uma elite de busólogos, mesmo antes de Jair Bolsonaro virar o "mito".
Mas, agora, com a crise atingindo o governo Bolsonaro, que perdeu uma boa parcela de aliados e ameaça ser tirado do poder - até agora, nada menos que sete pedidos de impeachment foram protocolados pela Câmara dos Deputados - , além de ter perdido o apoio da grande mídia, que agora faz campanha contra o presidente, como ficam os busólogos bolsonaristas?
A situação fica mais ou menos como os bolsomínions estão sofrendo. É uma fase em que os agressores já não conseguem controlar as consequências de seus atos, sofrendo o repúdio até dos próprios amigos e virando até mesmo "vidraça" por conta do exagero de suas agressões.
Isso diz muito ao "bus-sonarismo" ou "bolsologia" que tentavam prevalecer no hobby, mas que em breve será uma minoria de envergonhados, que ignoram o ditado popular que diz: "o feitiço um dia se voltará contra o feiticeiro".
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