Uma praga que se espalha feito pereba e que se torna um gigantesco câncer no transporte brasileiro é a padronização visual dos ônibus, onde a frota de cada cidade é obrigada a usar uma farda, como se fosse "empregada" da prefeitura, contrariando a sua natureza de concessão. Ribeirão Preto (foto), em São Paulo, foi a mais recente contaminada por esta doença que coloca os ônibus com uma "cara " só".
Confirmadamente não há nenhuma vantagem em uniformizar frotas. A única suposta "vantagem" é de servir de propaganda para as prefeituras que fazem a concessão. Para escrachar, só faltava colocar o rosto do prefeito nas pinturas dos ônibus de cada município. Fora isso, a lógica e o bom senso consideram inútil e até nocivo o hábito de uniformizar frotas de ônibus. Coisa que o radialista e estudioso dos transportes Adamo Bazani não se cansa de avisar e que também foi alertado pelo maior estudioso da mobilidade urbana do Rio, Fernando Macdowell.
O que deveria ser uma concessão, acaba se caracterizando como uma encampação, já que a prefeitura, dona apenas das linhas, mete o nariz onde não é sua responsabilidade e toma a frota como se fosse sua, impondo uma pintura uniformizada que mais confunde do que ajuda, além de favorecer corrupção e a má qualidade dos serviços. Nem adianta prefeitos posarem de "durões" dizendo que "vão fiscalizar rigorosamente" o transporte. A identificação das empresas faz parte da qualidade dos serviço de transporte e as irregularidades e problemas favorecidos pela não identificação são inevitáveis.
Os defensores argumentam que "organiza mais", mas esse argumanto carece do detalhe técnico e lógico típico de quem tem o discernimento desenvolvido. Soa como um "porque sim" comumente dito por crianças para justificar suas teimosias. Organizado? A prática mostra o contrário.
O sistema de Curitiba, tido como o "melhor" do país ditou os moldes. Surgido no auge da ditadura militar, é um sistema arbitrário, autoritário e equivocado, transformando cada prefeito em "Senhor da Guerra", impondo normas aleatórias e causando ainda mais confusão.
Segundo a lei, cada empresa deve arcar com a operação. Isso incluí a liberdade de decidir o que deve ser feito com a frota. A única exigência que as prefeituras devem fazer em relação à frota é com o tipo de ônibus a rodar em cada linha, já que isso está relacionado com a operação das linhas, que pertencem a prefeitura. Mas a pintura é algo que nada tem a ver com as linhas, sendo de responsabilidade das empresas.
Não sei até quando isso vai durar. Há anos, a minha terra natal, Florianópolis, eliminou a padronização. São Paulo ameaça eliminar. O Rio de Janeiro mostra pioras crescentes em seu sistema e já desistiu de padronizar a frota intermunicipal. Curitiba piora cada vez mais, mergulhada num mar de dívidas, mas pagando a imprensa para esconder os problemas que todos os dias aparecem cada vez mais.
A copa foi a razão de ser desse modismo. Vamos ver depois de acabar o grande evento hipnotizador social para que possamos avaliar os estragos dessa mania irresponsável e ilegal.
Confirmadamente não há nenhuma vantagem em uniformizar frotas. A única suposta "vantagem" é de servir de propaganda para as prefeituras que fazem a concessão. Para escrachar, só faltava colocar o rosto do prefeito nas pinturas dos ônibus de cada município. Fora isso, a lógica e o bom senso consideram inútil e até nocivo o hábito de uniformizar frotas de ônibus. Coisa que o radialista e estudioso dos transportes Adamo Bazani não se cansa de avisar e que também foi alertado pelo maior estudioso da mobilidade urbana do Rio, Fernando Macdowell.
O que deveria ser uma concessão, acaba se caracterizando como uma encampação, já que a prefeitura, dona apenas das linhas, mete o nariz onde não é sua responsabilidade e toma a frota como se fosse sua, impondo uma pintura uniformizada que mais confunde do que ajuda, além de favorecer corrupção e a má qualidade dos serviços. Nem adianta prefeitos posarem de "durões" dizendo que "vão fiscalizar rigorosamente" o transporte. A identificação das empresas faz parte da qualidade dos serviço de transporte e as irregularidades e problemas favorecidos pela não identificação são inevitáveis.
Os defensores argumentam que "organiza mais", mas esse argumanto carece do detalhe técnico e lógico típico de quem tem o discernimento desenvolvido. Soa como um "porque sim" comumente dito por crianças para justificar suas teimosias. Organizado? A prática mostra o contrário.
O sistema de Curitiba, tido como o "melhor" do país ditou os moldes. Surgido no auge da ditadura militar, é um sistema arbitrário, autoritário e equivocado, transformando cada prefeito em "Senhor da Guerra", impondo normas aleatórias e causando ainda mais confusão.
Segundo a lei, cada empresa deve arcar com a operação. Isso incluí a liberdade de decidir o que deve ser feito com a frota. A única exigência que as prefeituras devem fazer em relação à frota é com o tipo de ônibus a rodar em cada linha, já que isso está relacionado com a operação das linhas, que pertencem a prefeitura. Mas a pintura é algo que nada tem a ver com as linhas, sendo de responsabilidade das empresas.
Não sei até quando isso vai durar. Há anos, a minha terra natal, Florianópolis, eliminou a padronização. São Paulo ameaça eliminar. O Rio de Janeiro mostra pioras crescentes em seu sistema e já desistiu de padronizar a frota intermunicipal. Curitiba piora cada vez mais, mergulhada num mar de dívidas, mas pagando a imprensa para esconder os problemas que todos os dias aparecem cada vez mais.
A copa foi a razão de ser desse modismo. Vamos ver depois de acabar o grande evento hipnotizador social para que possamos avaliar os estragos dessa mania irresponsável e ilegal.
Comentário perfeito.
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