Um modelo de transporte que se fundamenta pela tirania do horário dos ônibus numa cidade congestionada, na dupla função do motorista-cobrador, na pintura padronizada nos ônibus, nos veículos superlotados devido à redução de frotas em circulação e no esquartejamento de itinerários visando forçar o Bilhete Único tem mais um motivo que comprova o esgotamento e o declínio irrecuperável deste sistema implantado por Eduardo Paes em 2010. Mais preocupado em manter um sistema de ônibus tecnocrático, com as caraterísticas acima, preferindo o sensacionalismo do que a funcionalidade e o interesse público, esse sistema, que tanto usa e abusa do verbete "mobilidade urbana", pode representar um processo judicial contra a própria Prefeitura do Rio de Janeiro. Isso porque, no acidente que, poucos dias atrás, atropelou e matou uma jovem ciclista, Júlia Rezende, de apenas 19 anos, no bairro de Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, sua morte foi facilitada ainda pelo desnível do asfalto,...