tag:blogger.com,1999:blog-67648140307593192872024-03-15T22:11:51.592-03:00Movimento anti-padronização dos ônibus do BrasilLeonardo Ivohttp://www.blogger.com/profile/05219392018257922161noreply@blogger.comBlogger205125tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-1963631732655857362023-11-10T22:47:00.002-03:002023-11-15T09:30:58.772-03:00CASA VERDE NÃO TEM ÔNIBUS NOS FINS DE SEMANA E FERIADOS PARA O PARQUE IBIRAPUERA <div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLgdyi2EJHk3yH0mqZ01Ud8RvLhOLi8qWogTSpJ1mHUYUcvoraJCfB76z3uaR8ZOSL27LpnWBR4-NRD_4o2jqS3_M2yHZtJsaQwd_8SJPUXz2dOGRxA0JKQhJDNannCwNklzNeMAS6P39rnE-SvXx2s_b27oCvq8vRJfqpSrme5ruiAnXjpQ8yCKFqw4k/s1080/sao-paulo-parque-do-ibirapuera-visto-do-cruzamento-da-av-brigadeiro-luiz-antonio-com-av-brasil_google-maps.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="684" data-original-width="1080" height="254" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLgdyi2EJHk3yH0mqZ01Ud8RvLhOLi8qWogTSpJ1mHUYUcvoraJCfB76z3uaR8ZOSL27LpnWBR4-NRD_4o2jqS3_M2yHZtJsaQwd_8SJPUXz2dOGRxA0JKQhJDNannCwNklzNeMAS6P39rnE-SvXx2s_b27oCvq8vRJfqpSrme5ruiAnXjpQ8yCKFqw4k/w400-h254/sao-paulo-parque-do-ibirapuera-visto-do-cruzamento-da-av-brigadeiro-luiz-antonio-com-av-brasil_google-maps.jpg" width="400" /></a></div><i>PARQUE DO IBIRAPUERA, NO CRUZAMENTO ENTRE A AV. BRIGADEIRO LUIZ ANTÔNIO E A AV. BRASIL. É UM DOS PRINCIPAIS PARQUES DA CAPITAL PAULISTA.</i><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Os moradores da Casa Verde são, na prática, proibidos de curtir a própria cidade de São Paulo. Não que o acesso seja impossibilitado, mas ele é bastante dificultado por uma baldeação que até economiza na passagem, pagando uma tarifa para dois ônibus, mas trás desconforto para os passageiros.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Além do absurdo da 917M-10 Morro Grande / Metrô Ana Rosa não retornar pela Rua Reims, dificultando a volta para casa dos moradores do Jardim Laranjeiras depois de um passeio na Avenida Paulista, a mais famosa avenida do Brasil - o que complica mais quando os passageiros são gestantes, idosos e portadores de limitações físicas e o desembarque ocorre em dias de temporal - , outro drama complica o lazer e entretenimento de quem vive na Casa Verde.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Até existe uma linha que atende ao acesso ao Parque Ibirapuera, uma das principais áreas de lazer da capital paulista, a 967A-10 Imirim / Pinheiros. A linha passa no cruzamento da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio com a Avenida Brasil, onde há o acesso para o parque, mas justamente nos fins de semana e feriados, quando há mais necessidade e disponibilidade para ir ao Parque Ibirapuera, a linha não circula.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Para ir ao Parque do Ibirapuera por ônibus, nos fins de semana e feriados, os moradores da Casa Verde precisam ter o desconforto de uma baldeação que só tem como vantagem o pagamento de uma passagem em dois ônibus, geralmente pegando o 175P-10 Metrô Santana / Metrô Ana Rosa até a Avenida Paulista, na esquina com a Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, e daí pegar qualquer outro ônibus que chegue ao referido cruzamento.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Os moradores da Casa Verde estão ilhados. Para o conjunto da região, parece que, para as autoridades, seus moradores só querem ir para a Barra Funda e o Vale do Anhangabaú. Difícil ser paulistano morando na Casa Verde.</div>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-77001513467183851152023-09-30T08:00:00.001-03:002023-10-01T00:10:30.259-03:00EXPLICANDO O DRAMA DO ITINERARIO DA 917M, EM SÃO PAULO<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZSmh48jPODBbOtmjVXnSw9c7_Dfej9ISbGyeyjJ0dqlwI31VygMg8AZB2dGJtPn3_BxGuStLb1Oqx-2nfhPqeR0VGFne67bkcKhAdv4EvQCKmeOx5b2KTaFZOTjxaYvyHf2_jaQ13byL6IPXpV6skd2FSS9PhrHcYHxVi1YOWps__LouufRdUikhGB-I/s4000/sao-paulo-onibus-da-linha917m-descendo-a-via-de-acesso-para-a-marginal-do-tiete_foto-alexandre-figueiredo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3000" data-original-width="4000" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZSmh48jPODBbOtmjVXnSw9c7_Dfej9ISbGyeyjJ0dqlwI31VygMg8AZB2dGJtPn3_BxGuStLb1Oqx-2nfhPqeR0VGFne67bkcKhAdv4EvQCKmeOx5b2KTaFZOTjxaYvyHf2_jaQ13byL6IPXpV6skd2FSS9PhrHcYHxVi1YOWps__LouufRdUikhGB-I/w400-h300/sao-paulo-onibus-da-linha917m-descendo-a-via-de-acesso-para-a-marginal-do-tiete_foto-alexandre-figueiredo.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A foto foi tirada numa manhã ensolarada. Mas não podemos acreditar na suposta comodidade de andar 11 minutos da rampa de descida para a Marginal do Tietê, saltando do ônibus da linha 917M, do Metrô Ana Rosa para Morro Grande, para o Jardim Laranjeiras.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Há transtornos terríveis, para quem curte uma tarde ou mesmo uma noite na Avenida Paulista e, morando em logradouros do Jardim Laranjeiras (bairro integrante da região da Casa Verde), como a Av. Ordem e Progresso, a Rua Reims, a Rua Professora Ida Kolb, a Av. Casa Verde e a Rua Dom Afonso Mousinho, não tem um ônibus que lhes faça desembarcar na proximidade.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Lembremos que nem todo mundo na Casa Verde é atleta como foi o esportista olímpico Adhemar Ferreira da Silva (1927-2001), famoso morador do local. E haja paciência ter que andar à noite ou na madrugada, da rampa de descida para a Marginal do Tietê para a volta para casa no Jardim Laranjeiras. O atual percurso da 917M-10 (e sua variante 917M-31) trazem esse desconforto, que pode ser mais trágico do que se pode pensar.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">O ponto não tem abrigo e fica debaixo de árvores. Condutoras de eletricidade, as árvores oferecem perigo a quem permanecer no local durante uma trovoada, intempérie comum nos períodos de primavera, verão e começo de outono na capital paulista. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Imagine a pessoa, diante de um temporal, com ruas alagadas, saltar no local e, morando, por exemplo, na Rua Reims, ter que encarar ruas alagadas e um sério risco de morrer eletrocutada por um raio, no deslocamento de "onze minutos" tranquilamente registrado no Moovitapp e na página da SPTrans, uns onze minutos que aumentam para mais de uma hora, dependendo do caso.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Sem o risco das chuvas, pode haver também o risco de assaltos, e isso é preocupante diante de rumores de que a região da Casa Verde pode virar a nova cracolândia, com o anúncio de um albergue para pessoas em situação de rua na Rua Dr. César Castiglioni. Incidentes como os que ocorrem na Santa Cecília, República e Campos Elíseos podem ocorrer na Casa Verde e Jardim Laranjeiras, sobretudo quando o caminho da rampa para a Marginal até as ruas do Jardim Laranjeiras está vazio e escuro durante a noite.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">E o que dizer de idosos, gestantes e deficientes físicos que moram no Jardim Laranjeiras e não podem usufruir da avenida mais famosa do Brasil? Essas pessoas se sentem desconfortáveis, mesmo quando recorrem à baldeação na Av. Ordem e Progresso - provavelmente pegando as linhas 9300-10, do Terminal Parque Dom Pedro II para o Terminal Casa Verde, e 9500-10, da Praça do Correio ao Terminal Cachoeirinha (via Limão) - , correm o risco de pegar lotados e o esforço de saltar num ônibus e entrar em outro é mais cansativo. E isso quando os ônibus da baldeação não demoram a chegar.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">É tudo um grande desconforto, coisa que as autoridades do transporte público não entendem, porque elas não têm a vivência necessária do setor, sua "experiência" com transporte público é voltada aos gráficos e a simulações de trajetos que nem conseguem entender direito. Para quem acha que Bilhete Único é igual a ingresso de parque de diversões, esses problemas acima citados não lhes sensibilizam.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Nossa proposta é que a 917M-10, diária, voltasse pelo seguinte percurso: Ponte do Limão / Av. Ordem e Progresso / Praça Delegado Amoroso Neto / Rua Reims / Rua Domingos Torres / Av. Engenheiro Caetano Álvares (sentido Estadão) / Marginal do Tietê / Av. Prof. Celestino Bourrol. Esse percurso, em trânsito tranquilo, não demora a ser percorrido, a perda de tempo é muito pequena.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Para quem quer manter o atual percurso, geralmente pessoas que trabalham ou estudam nos dias úteis, a 917M-31 poderia voltar descendo a Ponte do Limão direto para a Marginal do Tietê, necessidade que inexiste nos fins de semana e feriados, nos quais a linha 917M-10, circulando nesses dias, não traria problema algum quando assumir o percurso proposto. Com essas duas propostas, os passageiros da 917M sairão ganhando.</div> <br /><p></p>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-46194008840417075432023-09-22T21:03:00.001-03:002023-09-22T21:03:24.402-03:00FIM DA RIO MINHO REPETE ERRO QUE DERRUBOU ANTIGO GRUPO RIO ITA<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuSJdx9wQK3bVawRZN3nxLlNEds2hjw8u4zWZnWMnDOvOcyISnI8Ba2ckQvSnAPGj7lGRXJFdccrJHArdKuRX3Sj1PHkcb8XW6bVp3dN_6N31BQkubi1CEgAJtNFg7ICSWPcOxwpjQEzjpsKXqC_DP3joAt1l4uxkiWG1c4zjOG0GeriSmzX4yg6xtB0Q/s1280/expresso-rio-de-janeiro-ex-rio-minho-marcopolo-torino-2014_foto-tm-fotografia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="738" data-original-width="1280" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuSJdx9wQK3bVawRZN3nxLlNEds2hjw8u4zWZnWMnDOvOcyISnI8Ba2ckQvSnAPGj7lGRXJFdccrJHArdKuRX3Sj1PHkcb8XW6bVp3dN_6N31BQkubi1CEgAJtNFg7ICSWPcOxwpjQEzjpsKXqC_DP3joAt1l4uxkiWG1c4zjOG0GeriSmzX4yg6xtB0Q/w400-h231/expresso-rio-de-janeiro-ex-rio-minho-marcopolo-torino-2014_foto-tm-fotografia.jpg" width="400" /></a></div> </div><div style="text-align: left;">Foi uma rajada de metralhadora nas rodas do atual Grupo Mauá Rio Ita, o fim da Transturismo Rio Minho, icônica empresa surgida em 1961, com sua frota circulando com o adesivo da Expresso Rio de Janeiro, devido à fusão para diminuir o patrimônio do gigantesco grupo empresarial.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Tornando-se um erro estratégico grosseiro, a medida lembra a fusão entre a Auto Ônibus Fagundes e a Viação Santa Izabel, um dos fatores do inchamento do antigo Grupo Rio Ita, que acabou sofrendo uma crise econômica grave que resultou na aquisição do Grupo Mauá.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">O inchamento influía, entre outros fatores, na falta de manutenção da frota gigantesca e no sucateamento da frota, que teria que ser renovada em grande quantidade, dando uma sobrecarga na administração das poucas empresas do antigo grupo, que já havia ceifado outra empresa icônica, a Viação Cabussu. A dificuldade da Auto Ônibus Fagundes em operar suas mais diversas linhas, inclusive rodoviárias, é bastante sintomático.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">O fim da Rio Minho causa calafrios, antecipando o que o Grupo Guanabara fará em âmbito nacional, ceifando empresas icônicas como Útil e Real Expresso. O risco do mata-mata de empresas de ônibus pode sucatear o transporte, nas mãos de uns poucos grupos empresariais, cada vez mais concentrados num acervo gigantesco de linhas, que, na sobrecarga administrativa, podem decair no serviço, com ônibus que, inicialmente novos, se sucateiem rapidamente em pouco tempo.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq0y73qXiC4gMh_nRSIb1ZfUYG-czhPJp0q1JS1atcWXwlvRdT7sW9P3F_OBslGW0wUOGrrPcs2OmTrMRcCVpbAogoh_eOonwbktQxgQKQ3tkym-yWxCD55yzBypDvqfhpvikmTosXc1EAaVMmlyz14BTOAI4SJaVs05UXRhMVJeZx_Gi-1ayaY_qF0vc/s751/expreso-tangua-e-transportes-icarai-marcopolo-torino-2014_fotos-junior-almeida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="751" data-original-width="638" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq0y73qXiC4gMh_nRSIb1ZfUYG-czhPJp0q1JS1atcWXwlvRdT7sW9P3F_OBslGW0wUOGrrPcs2OmTrMRcCVpbAogoh_eOonwbktQxgQKQ3tkym-yWxCD55yzBypDvqfhpvikmTosXc1EAaVMmlyz14BTOAI4SJaVs05UXRhMVJeZx_Gi-1ayaY_qF0vc/w340-h400/expreso-tangua-e-transportes-icarai-marcopolo-torino-2014_fotos-junior-almeida.jpg" width="340" /></a></div><i>POR IRONIA, O GRUPO MAUÁ RIO ITA FAZ A EXPRESSO TANGUÁ ATUAR COMO "EMPRESA FANTASMA", QUASE COMO ALTER-EGO DA TRANSPORTES ICARAÍ, E ISSO SEM PODER EXIBIR SUAS IDENTIDADES VISUAIS PRÓPRIAS.</i><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">SE É PARA DIMINUIR EMPRESAS, AS GONÇALENSES TRARIAM MENOS DOR</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">O que parece uma galhofa é que o mesmo grupo empresarial mantém a Expresso Tanguá, empresa que já perdeu linhas municipais de São Gonçalo, celebrando 40 anos da empresa, embora em São Gonçalo os ônibus municipais sejam hoje proibidos de mostrar suas respectivas identidades visuais.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Com a fusão dos grupos empresariais da Mauá e Rio Ita, a Expresso Tanguá hoje atua mais como uma "empresa fantasma", genérica da Transportes Icaraí, contando apenas com a diferença do CNPJ. Na prática, as duas empresas atuam como uma, embora não haja comunhão de linhas operadas por ambas.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Se a ideia era enxugar o grupo empresarial, talvez fosse menos doloroso extinguir a Tanguá, a Alcântara Auto Ônibus e a Asa Branca, além de desativar a frota gonçalense da Viação Mauá. Além de significar maior redução do patrimônio do grupo empresarial, ceifando três empresas em vez de uma, seu impacto na memória busóloga seria menor. Teria sido muito melhor uma Transportes Icaraí monopolizando linhas gonçalenses do que a Expresso Rio de Janeiro "inchada" de linhas rodoviárias.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">O fim da Rio Minho é uma amostra de como o Rio de Janeiro não entende de logística. Para uma Niterói indiferente à necessidade urgente de criar uma rodovia ligando Rio do Ouro e Várzea das Moças através de um terreno situado entre os entornos da RJ-100 e RJ-108, demole um prédio (Rio Decor, antiga Maveroy) que daria num excelente <i>shopping center</i>, e que acha as inúteis parquiletes (<i>parklets</i>) o supra-sumo do lazer dos jovens moderninhos, extinguir empresa icônica parece natural. Por isso, o Rio de Janeiro se encolhe como Estado-referência para o Brasil.</div>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-13619438834284407892023-09-03T08:00:00.069-03:002023-09-03T08:00:00.130-03:00CASO 917M MOSTRA QUE AUTORIDADES NÃO ANDAM DE ÔNIBUS<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2zdPHwZjYWzShsnmNqHVBrhrhXZxd0pBJNVWUjTmgMML00mBrNQKUMK_IG5T5agu1rw6Q0k_wFMasuWVKd3_GjN0tfKT7HlzVOzpnHTo0Yls1-XFCdCUng_dqKu3ARB_LtWCKgd3u8lu9RGHFKS-qrUROyZF2WdWBS7HKY5ngWebvVPJK_pvHp9EhfMI/s547/viacao-santa-brigida-linha-917m-10-no-acesso-para-marginal-do-tiete-em-sao-paulo_foto-google-maps.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="362" data-original-width="547" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2zdPHwZjYWzShsnmNqHVBrhrhXZxd0pBJNVWUjTmgMML00mBrNQKUMK_IG5T5agu1rw6Q0k_wFMasuWVKd3_GjN0tfKT7HlzVOzpnHTo0Yls1-XFCdCUng_dqKu3ARB_LtWCKgd3u8lu9RGHFKS-qrUROyZF2WdWBS7HKY5ngWebvVPJK_pvHp9EhfMI/w400-h265/viacao-santa-brigida-linha-917m-10-no-acesso-para-marginal-do-tiete-em-sao-paulo_foto-google-maps.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Pobre do morador do Jardim Laranjeiras, no entorno da Praça Delegado Amoroso Neto e Rua Reims, que precisa se divertir na maior avenida da cidade de São Paulo, a Avenida Paulista. O retorno para casa se torna um grande suplício, algo que as autoridades do transporte público de São Paulo desconhecem completamente, porque nenhuma delas tem o hábito de utilizar regularmente o sistema de ônibus.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A linha 917M-10 Morro Grande / Metrô Ana Rosa, só serve como opção de ida, pois, na volta, a linha, assim como sua variante 917M-31, ao passar pelo Viaduto do Limão, no entorno da Av. Ordem e Progresso, desce a rampa de acesso para a Av. Otaviano Alves de Lima, na Marginal do Rio Tietê. Quem quiser ir para o Jardim Laranjeiras, tem que saltar e andar a pé.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Conforme dados publicados pelo Moovitapp, aplicativo de transporte público na Internet, a caminhada da descida dessa rampa de acesso para o Jardim Laranjeiras leva 11 minutos. Mas isso é teoria e os piores transtornos não aparecem nos gráficos das autoridades nem nas páginas digitais da Internet.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">No momento de edição deste texto, São Paulo vive um temporal. Trovoadas e chuva intensa acontecem. Se o passageiro, na volta pelo ônibus da 917M, ter que descer na rampa de acesso para a Marginal do Tietê, não levará os prometidos onze minutos de caminhada para a Rua Reims. Terá que esperar uma hora, bastante encolhido, pois o ponto é cercado de árvores, condutoras de eletricidade.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Imagine então se os passageiros são idosos, gestantes ou portadores de alguma deficiência física. Se em condições meteorológicas amenas eles já têm problemas e não possuem condições para andar apenas 11 minutos. Suas limitações aumentam o tempo do deslocamento, incômodo para qualquer um.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Não existem outras opções. A baldeação pode garantir a gratuidade do segundo ônibus, mas não o conforto. Em tese, as linhas que permitem o deslocamento, com o desembarque no lado Barra Funda da Avenida Ordem e Progresso para um ponto sob precária proteção de abrigos, são a 2014-10 Jardim Pery Alto / Metrô Barra Funda, 9300-10 Terminal Casa Verde / Terminal Dom Pedro II, 9500-10 Terminal Cachoeirinha / Praça do Correio e 9784-10 Jardim dos Francos / Metrô Barra Funda. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Dificilmente os passageiros do 917M embarcarão em cada uma dessas linhas com o mesmo conforto, sobretudo as linhas 2014-10, de micro-ônibus, e 9784-10, que rodam quase sempre superlotadas. E os pernoitões N205-11 Terminal Cachoeirinha / Terminal Pinheiros e N206-11 Metrô Santana / Metrô Vila Madalena, não atendem a Avenida Paulista.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">É vergonhoso que as autoridades não se sensibilizam com este problema. Principalmente, em relação à Casa Verde, uma região encarada como se fosse um "quintal" do Limão, da Barra Funda e de Santana, uma área sem acesso para o metrô, com terrenos altos, sendo locais como parte do Peruche e a Vila Baruel verdadeiras colinas, o que traz dificuldade para os moradores em curtir a cidade de São Paulo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Em outras palavras, o morador da região da Casa Verde não tem direito à cidade. A seus moradores, considerando toda a região e as linhas de ônibus regulares para todos os dias, só existe chance para ir para a Barra Funda, Santana e Vale do Anhangabaú, muito pouco para perceber a dinâmica da cidade.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Devemos lembrar que Bilhete Único não é brinquedo nem ingresso de parque de diversões. Nem sempre a baldeação ajuda e, para quem é idoso, gestante, portador de limitações físicas e quem tem que subir as ladeiras cansativas de Baruel e Peruche, sobretudo em altas horas da noite, só ter a gratuidade no segundo ônibus é bastante cansativo e desconfortável. Portanto, não compensa o incômodo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">No caso da 917M, propomos que a linha 917M-10, em vez de descer a rampa de acesso, seguisse pela Avenida Ordem e Progresso em direção à Rua Reims, ir para a Avenida Engenheiro Caetano Álvares no sentido Estadão e, daí, curvar a Marginal do Tietê e entrar na Avenida Professor Celestino Bourrol.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Para não desagradar quem está acostumado com a descida rápida, propomos que a 917M-31 mantenha a descida na rampa de acesso para a Marginal do Tietê, como ocorre atualmente, havendo reforço de frota para atender a demanda já acostumada com este trajeto de volta. </div><p></p>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-45018329918864180552023-07-19T22:08:00.000-03:002023-07-19T22:08:05.453-03:00NO JARDIM LARANJEIRAS, SE PODE IR PARA A AV. PAULISTA, MAS VOLTAR NÃO PODE<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv2ZcICz0CeYiymKqxfJqgIOZqBMTiDkNiA4mccdApiHpqVwRkgs_zoh1Irwsjh6kNyy4c8P_XtNSj2rJlb-8NziHiy5_GEMBH11N5ogmNfBaVXvvzfiCgcxLhOQMOka5oEIqazDlHxfbJThniw_-uUYNuKkQIpxrvLOHOmWYItJdv7ozSFptfjLh6rUU/s1600/viacao-santa-brigida-917m-morro-grande-metro-ana-rosa-detalhe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="390" data-original-width="1600" height="98" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv2ZcICz0CeYiymKqxfJqgIOZqBMTiDkNiA4mccdApiHpqVwRkgs_zoh1Irwsjh6kNyy4c8P_XtNSj2rJlb-8NziHiy5_GEMBH11N5ogmNfBaVXvvzfiCgcxLhOQMOka5oEIqazDlHxfbJThniw_-uUYNuKkQIpxrvLOHOmWYItJdv7ozSFptfjLh6rUU/w400-h98/viacao-santa-brigida-917m-morro-grande-metro-ana-rosa-detalhe.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">O precário serviço de ônibus para a região da Casa Verde não permite a seus moradores o direito à cidade. O uso do Bilhete Único não pode ser abusivo, mesmo quando há um abatimento relativo de uma passagem ao se pegar dois ônibus com menor diferença de tempo de embarque no segundo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Linhas importantes, como 8538-10 Freguesia do Ó / Praça do Correio (que propomos prolongar para a Praça Ramos de Azevedo) e 967A Imirim / Pinheiros, não circulam nos fins de semana e feriados, e tudo o que regularmente os moradores da região da Casa Verde têm para frequentar, na cidade de São Paulo, se limita à Praça do Correio (inclui Vale do Anhangabaú) e Barra Funda, só para mencionar os arredores do Centro da cidade.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">No lado da Av. Casa Verde, mais acima, próximo a Peruche e Vila Baruel, é permitido ir e vir para quem quer curtir uns momentos na Avenida Paulista, o logradouro mundialmente mais famoso da capital paulista. Mas para quem vive nos arredores do Jardim Laranjeiras, esse benefício não existe, pois dá até para ir, mas para voltar fica bem mais difícil.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A linha 917M comete o erro de, na volta, descer direto a rampa de acesso para a Marginal do Rio Tietê para entrar na Av. Prof. Celestino Bourrol, no Limão. E não se fala só da linha 917M-10, mas sua variante, 917M-31. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Nenhuma delas têm a generosidade de, na Av. Ordem e Progresso, percorrer um caminho, que não é muito demorado, entre a Praça Delegado Amoroso Neto e a Rua Reims e a Av. Engenheiro Caetano Álvares, sentido Estadão, que dura uns cinco minutos, em tráfego quase sempre tranquilo. Essa manobra não prejudica quem quer ir da Av. Ordem e Progresso para o começo da Av. Prof. Celestino Bourrol, também no entorno do Estadão.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Propomos, para quem não quer esperar o percurso, que a linha 975M-10 Brasilândia / Metrô Ana Rosa mantivesse o percurso de volta, da Av. Ordem e Progresso direto para a rampa de descida para a Marginal do Tietê e entrar direto na Av. Prof. Celestino Bourrol, como opção. Ou seja, com o prolongamento da 917M e a manutenção do percurso de volta da 975M, todos sairiam ganhando.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Mas como isso não acontece, quem está na Avenida Paulista e mora no Jardim Laranjeiras tem muitos problemas para voltar, à noite, depois de um período de diversão. Ou, no caso do trabalho, após uma jornadas nos dias úteis.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Diferente do pessoal da Vila Baruel, Jardim Peruche e arredores, que têm regularmente a linha 175P-10 Metrô Santana / Metrô Ana Rosa, os moradores de Jardim Laranjeiras precisam pegar mais de um ônibus, sofrendo desconforto de viajar em pé no segundo ônibus, ou ter o incômodo de, desembarcando na rampa próxima da Marginal do Tietê, fazer uma boa caminhada pela Av. Ordem e Progresso, Praça Delegado Amoroso Neto e arredores.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Se pegar a linha 175P-10, o morador do Jardim Laranjeiras terá que saltar na Av. Baruel, altura da padaria Nova Baruel, ou, antes, na Rua Saguairu, próximo à esquina da Rua Dr. César Castiglione. Em ambos os casos, a caminhada não é pouca e, no fim de noite, há sempre um risco de assalto, por mínimo que possa parecer.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A baldeação, por mais que não afete os créditos do Bilhete Único, requer o esforço de desembarcar de um ônibus e embarcar em outro, ainda que sejam ônibus de piso baixo, que exigem menos esforço nos pés. Mas, para quem é mais idoso, é sempre um sinal de desconforto, pois eles já andam com dificuldade para saltar de um ônibus e entrar em outro. E lembremos que, nos ônibus de piso baixo mais curtos, a porta traseira tem mais degraus.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">E que linhas possíveis de baldeação seriam para a demanda da linha 917M? Praticamente nenhuma, com exceção da 9500-10 Terminal Cachoeirinha / Praça do Correio, no percurso de volta, por ter uma demanda menos intensa. A linha 9784-10 Jardim dos Francos / Metrô Barra Funda atende à Rua Reims, mas sua demanda e tão grande que os ônibus possuem grande lotação a maior parte do tempo. Mesmo à noite, com menor demanda, a chance de viajar sentado é pequena.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Pedimos que você, leitor, divulgue este texto e peça para a SPTrans prolongar o percurso, pelo menos, da 917M-10 para atender a demanda da Rua Laranjeiras, sobretudo no entorno da Rua Reims. Aí, pelo menos, também se pode sugerir que apenas a 917M-31 siga direto para a rampa de descida para a Marginal do Tietê. Esta é mais uma sugestão para fazer com que todos saiam ganhando.</div><p></p>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-51263206592342229162023-07-10T08:00:00.142-03:002023-07-10T08:00:00.135-03:00CONCENTRAÇÃO DE GRUPOS EMPRESARIAIS AMEAÇA EMPRESAS HISTÓRICAS<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_IL-OSmufC-7v3uRf1V3CWKWQvl_v9MRRTeo_Hxyh9FqXdaUYQiMx453oqvmNCG16dJJBz6aXQfcSYVF-PYdV2aTs23iJ0xGDBia4i1m5gbQlAaQHYtWrmRHAZqOg0WC59VHUoyCdjsdezNBGStzWXgHKI6gzCaEuTcZfaQmXQwQ3jIQVP47uyHMr2Yw/s998/rio-minho-e-util-empresas-de-onibus-ameacadas_fotos-alexandre-figueiredo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="998" data-original-width="792" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_IL-OSmufC-7v3uRf1V3CWKWQvl_v9MRRTeo_Hxyh9FqXdaUYQiMx453oqvmNCG16dJJBz6aXQfcSYVF-PYdV2aTs23iJ0xGDBia4i1m5gbQlAaQHYtWrmRHAZqOg0WC59VHUoyCdjsdezNBGStzWXgHKI6gzCaEuTcZfaQmXQwQ3jIQVP47uyHMr2Yw/w318-h400/rio-minho-e-util-empresas-de-onibus-ameacadas_fotos-alexandre-figueiredo.jpg" width="318" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Rio Minho, (Auto Ônibus) Alcântara. Útil, Sampaio, Federal, Real Expresso, Brisa. São icônicas empresas de ônibus, queridas por muitos busólogos, que têm suas mortes anunciadas por conta de projetos de concentração de mercado de grupos empresariais, aumentando o poder dos empresários independente dessas extinções afetarem ou não as qualidades dos serviços.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A futura extinção das empresas Rio Minho e Alcântara é um efeito da fusão dos grupos empresariais da Viação Mauá e da Turismo Rio Ita, de São Gonçalo, que fez com que o grupo exercesse um forte monopólio empresarial no sistema de ônibus de São Gonçalo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Em caráter interestadual, o que se nota é o crescimento vertiginoso da Expresso Guanabara, que é uma empresa forte há tempos no sistema de ônibus da Região Nordeste, com presença forte também em Estados do Centro-Oeste e parte do Norte do Brasil. Com uma presença modesta em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, o Grupo Guanabara, ao ceifar suas subsidiárias, se firmará como um dos grandes oligopólios de transporte rodoviário em todo o Brasil, atuando do Ceará ao Rio Grande do Sul. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">O Grupo Guanabara recebeu até um jingle, "Pega o Guanabara e Vem", um sucesso da música brega-popularesca no estilo "piseiro", cantada por Alanzim Coreano e o ídolo do gênero, Wesley Safadão. A música é muito divulgada em perfis busólogos nas redes sociais.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">As duas tristes novidades ocorrem, por ironia, após a celebração dos 70 anos de surgimento da Viação Itapemirim, empresa capixaba que foi extinta em 2022 e que, aparentemente, foi reativada como um "nome de fantasia" da empresa Susantur, de Santo André, no ABC paulista. Enquanto busólogos discutem se a Itapemirim foi extinta ou não ou se a Nova Itapemirim é <i>fake</i> ou honra a antiga história, marcas como Rio Minho e Útil, de memória afetiva tão intensa entre seus passageiros, podem vir a desaparecer sem chance de alguma retomada por algum outro grupo empresarial.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Aqui abrimos uns parênteses para uma comparação. A Viação Itapemirim, com toda a polêmica que a cerca, consegue fazer um trabalho exemplar e admirável de recuperação de ônibus usados e de gradual renovação das frotas, operando as antigas linhas da empresa capixaba sem ter mais o vínculo jurídico com a histórica empresa. Em termos jurídicos, a Itapemirim foi mesmo extinta em 2022, mas a Justiça permitiu que a Susantur, sob nova identidade jurídica, usasse a mesma marca para a Nova Itapemirim.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">No rádio, os ouvintes do Rio de Janeiro tiveram o exemplo da Rádio Cidade que, apesar de ter se originado como uma simpática e criativa FM de pop eclético que se destacou no Brasil, cometeu, em 1995, mesmo mantendo o nome e a identidade jurídica e operacional, em concentrar seu perfil no segmento rock, por decisão pessoal de um executivo de rádio detentor da marca "Cidade", provavelmente por um ressentimento de ver uma outra rádio, a extinta Fluminense FM, se projetar no gênero nos anos 1980, com uma competência que a Cidade nem de muito longe conseguiu reproduzir. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Sem ter um pessoal nem uma linguagem apropriadas para o gênero, e a emissora sucumbiu do dial FM, virando apenas uma <i>web radio</i>, depois que sua fase de "<i>flash rock</i>" de 2019-2021 misturasse clássicos do rock com as mesmas vinhetas alegres - uma delas é da voz de uma mulher sensual mencionando o nome da rádio - que, no passado, acompanhavam sucessos de nomes como Earth Wind & Fire, Bee Gees, Village People e Donna Summer. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Soava muito estranho ouvir nomes como Iron Maiden e Deep Purple intercalados pelas mesmas vinhetas e pelos locutores pop que falavam como se fossem animadores de gincanas adolescentes. Não tinha como dar certo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Essa comparação foge um pouco da proposta deste blogue de falar sobre transporte, mas ilustra o como o uso de uma mesma marca pode representar uma fuga de proposta ou de ação, entrando em conflito com a história de uma empresa ou instituição.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">E se temos uma Itapemirim com essa situação controversa - levando em conta que a Susantur utiliza a marca mediante acordo de arrendamento previsto para, no máximo, dois anos - , empresas como Rio Minho, Útil e Real Expresso, só para citar as mais queridas dos busólogos, podem virar meras lembranças do passado.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">O Grupo Mauá / Rio Ita avisou de sua intenção em substituir a Rio Minho pela Expresso Rio de Janeiro. A gonçalense Auto Ônibus Alcântara, que desde 2012 está proibida de utilizar sua identidade visual por conta da pintura padronizada imposta no sistema municipal, será absorvida pela Transportes Icaraí. A Rio Minho surgiu em 1961. Já a Auto Ônibus Alcântara, do contrário que muita gente inicialmente acreditou, tem uma personalidade jurídica diferente da antiga Expresso Alcântara, apesar do mesmo vínculo empresarial com a Mauá.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Já as empresas Útil (União Transporte Interestadual de Luxo), Real Expresso, Rápido Federal, Viação Sampaio e Brisa Ônibus desaparecerão para todas se transformarem na Expresso Guanabara, sediada em Fortaleza. A mudança já será facilitada pelo fato da numeração de frota ser unificada em todas as empresas envolvidas. Vários carros foram deslocados e uma empresa para outra sem alteração burocrática grande, como se vê no Busscar Vista Buss da Útil, carro 13108, que passou para a Real Expresso.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Sobre a frota fluminense, de fretamento, linhas estaduais e municipais cariocas, não há previsão sobre o destino da Útil (surgida em Petrópolis mas hoje sediada em Juiz de Fora, em Minas Gerais), se ela será absorvida pela empresa cearense ou se a Normandy, empresa do grupo que não foi anunciada no plano de cortes, passará a assumir tais serviços.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Com essas mudanças, o Estado do Rio de Janeiro será mais afetado na redução de empresas de ônibus rodoviários. Com as extinções da Sampaio e da Rio Minho, lembrando as antigas extinções de empresas como Valenciana e Salutaris (hoje juridicamente ainda existente, mas submetida à marca da capixaba Águia Branca), o sistema de ônibus fluminense acaba virando o foco das concentrações de grupos empresariais. E é irônico que marcas como "Expresso Guanabara" e "Expresso Rio de Janeiro", relacionadas à iconografia fluminense, prevaleçam neste contexto de expansão empresarial.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Mas resta torcer que a onda de concentrações de poder não se repita e que não percamos mais empresas icônicas de ônibus, até porque a concentração de poder e a expansão voraz de empresas de ônibus já contribuíram para a crise da Viação Itapemirim no passado.</div><p></p>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-59922316754978407382023-05-21T23:03:00.000-03:002023-05-21T23:03:28.478-03:00SÃO PAULO: CASA VERDE, QUE FAZ 110 ANOS, DIFICULTA "DIREITO À CIDADE"<p style="text-align: left;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinkTKVlNlJdXjUpNTdwqjpy_oSaL6JmvaNk9zogu36FsR6GRap4ZaUtlY1ec9gvN0JyqSasznkj8V_jsLBO6LuTmGPBltk6a8rrPrZNFa_iSODTxN1IkEb-vFoEkSZSCYW0OdHqRgPldJt8RQOxizd9S83a8WS-fv66dyL6v9249KFjxNE7YIAczJT/s942/917m-10-morro-grande-metro-ana-rosa_967a-10-imirim-pinheiros.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="392" data-original-width="942" height="166" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinkTKVlNlJdXjUpNTdwqjpy_oSaL6JmvaNk9zogu36FsR6GRap4ZaUtlY1ec9gvN0JyqSasznkj8V_jsLBO6LuTmGPBltk6a8rrPrZNFa_iSODTxN1IkEb-vFoEkSZSCYW0OdHqRgPldJt8RQOxizd9S83a8WS-fv66dyL6v9249KFjxNE7YIAczJT/w400-h166/917m-10-morro-grande-metro-ana-rosa_967a-10-imirim-pinheiros.jpg" width="400" /></a></div><div> <i>917M-10 E 967A-10 - LINHAS COM SÉRIOS PROBLEMAS.<br /></i><br /></div><div>O bairro da Casa Verde, na Zona Norte de São Paulo, oficialmente não recebe esse tratamento. É um bairro pouco conhecido de quem mora fora da capital paulista, e, infelizmente, Casa Verde é tratada como se fosse um quintalzinho entre Santana, Limão e Barra Funda. Daí sua situação de bairro decadente, destoando da expansão urbana que ocorre em outras regiões da cidade de São Paulo.</div><div><br /></div><div>O sistema de transporte por ônibus na Casa Verde é terrível. Poucas linhas de ônibus alcançam a parte alta, intitulada Vila Baruel. Com um pouco mais de sorte, mais linhas de ônibus circulam pela parte mais baixa, Jardim Laranjeiras - situada entre a Av. Engenheiro Caetano Álvares e o entorno da Av. Ordem e Progresso - , só que somente na ida, pois na volta várias dessas linhas preferem descer o Viaduto do Limão diretamente para a Marginal do Tietê e de lá entrar na Av. Prof. Celestino Bourrol, no Limão.</div><div><br /></div><div>O "direito à cidade" inexiste para o morador da Casa Verde, que, na região central da capital paulista, só tem direito regular para frequentar poucos lugares. A região não tem estação de metrô - a linha 6, Laranja, optou por ligar a Barra Funda direto à Freguesia do Ó - e as linhas de ônibus com maior regularidade só servem poucos bairros: Barra Funda, Campos Eliseos e Vale do Anhangabaú.</div><div><br /></div><div>Quem vive na Vila Baruel ainda tem uma linha regular ligando todos os dias a área à Avenida Paulista, ida e volta. A missão é desempenhada pela linha de ônibus articulados 175P-10 Metrô Santana / Metrô Ana Rosa. Mas quem está no lado do Jardim Laranjeiras não possui esse privilégio.</div><div><br /></div><div>Na ida, moradores do Jardim Laranjeiras pode até, na ida, se dirigir à Avenida Paulista, através das linhas 917M-10 Morro Grande / Metrô Ana Rosa e 975M-10 Brasilândia / Ana Rosa. Mas, na volta, ocorre o incômodo dessas linhas, depois de passar pelo Viaduto do Limão, não servirem o Jardim Laranjeiras, pois pegam a Marginal direto e daí vão para o Limão. Saltar na Av. Prof. Celestino Bourrol e fazer uma boa caminhada, incluindo atravessar a Av. Engenheiro Caetano Álvares, é um desconforto, principalmente para quem vem cansado do trabalho.</div><div><br /></div><div>O ideal seria que, pelo menos, a 917M-10 pudesse, passando pelo Viaduto do Limão, seguisse a Av. Ordem e Progresso e a Rua Reims, e, daí, seguir para a Av. Engenheiro Caetano Álvares, sentido Estadão, contornar o trecho da Marginal do Tietê e entrar na Av. Prof. Celestino Bourrol, sem prejuízo da atual demanda, pois toda esta avenida do Limão continuará sendo atendida como antes. Apenas haverá uma pequena e insignificante perda de tempo ao passar pelo Jardim Laranjeiras. Quem quiser ir direto para o Limão, sem passar pelo Jardim Laranjeiras, poderia pegar a 975M-10.</div><div><br /></div><div>Mas há outro caso que é problemático na ida, embora na volta fosse menos cansativo. A linha 9701-10 Cemitério Cachoeirinha / Metrô Barra Funda, tem o grave erro de não atender, na ida, a mesma Rua Samaritá que percorre na volta. Na ida, a linha vai pelo Jardim Laranjeiras, entre as avenidas Casa Verde e Ordem e Progresso, obrigando a demanda da Rua Samaritá a andar alguns metros para o ponto em cada uma destas duas avenidas.</div><div><br /></div><div>O problema é que isso representa uma sobreposição de itinerário. Do Terminal Cachoeirinha, já existe a linha 9500-10 Terminal Cachoeirinha / Praça do Correio, que atende o trecho do Jardim Laranjeiras entre a Av. Casa Verde e a Av. Ordem e Progresso. Quanto à Barra Funda, já se tem a linha 9784-10 Jardim dos Francos / Barra Funda, que também serve o entorno da Nova Cachoeirinha. Não há necessidade da 9701-10 passar por essa área, mas há necessidade de percorrer a Rua Samaritá, na ida.</div><div><br /></div><div>Há diversas linhas que também poderiam ter uma mexida. A 8538-10 Freguesia do Ó / Praça do Correio, além de merecer um bom reforço de frota, diminuindo o tempo de espera de meia-hora para dez minutos, poderia ampliar o percurso para a Praça Ramos de Azevedo, atendendo a demanda da Praça do Correio pelo entorno do Largo do Paissandu. A linha também deveria funcionar nos fins de semana e feriados, já que a Freguesia do Ó terá em breve uma estação de metrô, pela linha 6.</div><div><br /></div><div>A linha 9301-10 Terminal Casa Verde / Praça do Correio tem como problema a sobreposição de percurso com a 9354-10 Terminal Cachoeirinha / Praça do Correio, em boa parte do trajeto: na ida, entre a Rua Jorge Brand e o fim de linha da Praça do Correio, e, na volta, entre a Praça do Correio e a Rua Dr. César Castiglioni e, depois, entre a Rua Urbano Duarte e a Rua Jorge Brand.</div><div><br /></div><div>Se propõe uma solução simples: para não prejudicar a demanda, a atual 9301-10 viraria 9301-21 e funcionaria apenas nos dias úteis, para a demanda que trabalha ou estuda no Centro de São Paulo. A nova 9301-10 se transformaria em Terminal Casa Verde, Terminal Pinheiros, e serviria a Av. Ipiranga, Praça da República, Rua Martins Fontes / Augusta / Colômbia (a longa rua muda de nome em certos trechos) e Av. Brigadeiro Faria Lima, daí para os acessos ao Terminal Pinheiros. Na volta, a linha percorreria o trajeto inverso, voltando pela Praça Ramos de Azevedo e, daí, para o Largo do Paissandu.</div><div><br /></div><div>Já a linha 967a-10 Imirim / Pinheiros peca por não operar nos fins de semana e feriados, prejudicando quem quer curtir o lazer no entorno de Pinheiros. A linha poderia funcionar nesses períodos, e se existe algum problema no trajeto, é só ampliar o percurso para o Terminal Cachoeirinha, sem prejuízo ao atual itinerário.</div><div><br /></div><div>Desta forma, não haverá prejuízo com as ampliações de percurso da 9301-10 e 967a-10, pois na Avenida Brigadeiro Faria Lima, uma das linhas atenderá a Rua Augusta e a outra, a Av. Brigadeiro Luiz Antônio, ruas bem distantes e, portanto, com demandas bem distintas.</div><div><br /></div><div>Outras sugestões para melhorar o transporte da Casa Verde <a href="https://antipadronizacaobus.blogspot.com/2022/11/em-sao-paulo-regiao-da-casa-verde-e-mal.html">são apresentadas aqui</a>.</div><p></p>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-51928042106255145892023-02-27T18:00:00.000-03:002023-02-27T23:04:40.250-03:00VÁRIOS PROBLEMAS ESTÚPIDOS DE TRANSPORTE E MOBILIDADE URBANA<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIuJuPepxPDZxLGybb5ekg6KmuH5MW9qJm0fGh2e61crLK81iJ6TW4zNDmnqV7REbHBHFKy7gVm05gs70PqDoO3ZLwBoBgYhfhaV0KrQdy1KJ_Pe6zeYztCCZqHsre-CudtUOCOHigT98FSQdVPTaj5HCQ085ei-8OcGXH8Yho2qZBiBzVh0B5z2ra/s900/niteroi-engarrafamento-na-rj-106-no-rio-do-ouro-sentido-tribobo_foto-rj-noticias.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="663" data-original-width="900" height="295" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIuJuPepxPDZxLGybb5ekg6KmuH5MW9qJm0fGh2e61crLK81iJ6TW4zNDmnqV7REbHBHFKy7gVm05gs70PqDoO3ZLwBoBgYhfhaV0KrQdy1KJ_Pe6zeYztCCZqHsre-CudtUOCOHigT98FSQdVPTaj5HCQ085ei-8OcGXH8Yho2qZBiBzVh0B5z2ra/w400-h295/niteroi-engarrafamento-na-rj-106-no-rio-do-ouro-sentido-tribobo_foto-rj-noticias.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i>ENQUANTO NINGUÉM CONSTRÓI NOVA RODOVIA ENTRE RIO DO OURO E VÁRZEA DAS MOÇAS, EM NITERÓI, A RODOVIA RJ-106 ACUMULA FUNÇÃO DE "AVENIDA DE BAIRRO", ATRAPALHANDO O TRÂNSITO DE QUEM QUER IR E VIR DA REGIÃO DOS LAGOS.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A mobilidade urbana, no Brasil, incluindo o transporte coletivo, conta com coisas problemáticas cuja persistência é tão absurda que, mais do que os próprios problemas, o que espanta é a acomodação e a falta de debates e ações contra os mesmos. São situações surreais e outras nem tanto, mas mesmo assim chamando atenção por serem problemas graves que, supostamente, incomodam poucos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Enumeramos algumas coisas aberrantes que, certamente, não dá para entender por que esses problemas não chegam sequer a ser discutidos ou debatidos, e que mesmo a imprensa independente que deveria agir pelo interesse dos cidadãos faz vista grossa a vários desses problemas.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">1) SÃO PAULO: BAIRRO DA CASA VERDE NÃO PERMITE "DIREITO À CIDADE"</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">O bairro da Casa Verde, na Zona Norte de São Paulo, é um dos mais problemáticos da capital paulista. Mesmo situado em relevo mais alto, boa parte do seu bairro ainda tem a reputação ingrata de ser tratada como um "quintalzinho" situado entre Santana, Limão / Freguesia do Ó e Barra Funda. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">O bairro não é servido por metrô nem por trem, e as poucas linhas de ônibus que circulam no local não permitem a seus moradores o "direito à cidade", ou seja, a facilidade de se dirigir a vários bairros da capital paulista. Os moradores da Casa Verde, com regularidade, só têm direito a se deslocar para poucos bairros, como o entorno da Avenida Paulista, a Barra Funda, o Santana e o Vale do Anhangabaú (via Praça do Correio).</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://antipadronizacaobus.blogspot.com/2022/11/em-sao-paulo-regiao-da-casa-verde-e-mal.html">Um texto detalha o assunto</a> e faz muitas propostas para diminuir o sofrimento dos passageiros, com diversas sugestões de novas linhas de ônibus.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">2) RIO DE JANEIRO: MADUREIRA E CASCADURA NÃO POSSUEM LINHA DE ÔNIBUS DESTINADA A COPACABANA</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A ligação Zona Norte-Zona Sul já chegou a ser um tabu e tentar ser cancelada no sistema de ônibus carioca, sob a desculpa da baldeação. Isso causou tanto problema que também se mencionou o drama do fim do "direito à cidade".</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Entre as várias aberrações do sistema de ônibus carioca - até agora, a linha 676 Méier / Penha, bastante funcional, não foi reativada - , temos o transtorno de não haver uma linha de ônibus ligando Madureira e Cascadura para Copacabana. Isso é um acinte porque são duas regiões marcadas pela forte cultura local e que poderiam muito bem ser ligadas por, pelo menos, uma linha de ônibus que passasse pelo Túnel Santa Bárbara.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">O mais risível disso tudo é que as autoridades não investem nessa ligação porque, supostamente, ela iria "sobrepor percursos" de outras linhas. É, mas essas mesmas autoridades são as que sobrecarregam as linhas para a Zona Sul com dezenas de variantes de trajetos tipo "Castelo X Leblon" e "Central X Zona Sul", com a mais escancarada sobreposição de percursos, enquanto o trajeto de Madureira e Cascadura para Copacabana é mais funcional e não oferece esse problema da sobreposição, sendo uma alternativa viável para os passageiros de ônibus se deslocarem sem apelar para a incômoda baldeação.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">3) NITERÓI: NA FALTA DE UMA RODOVIA PRÓPRIA, RIO DO OURO E VÁRZEA DAS MOÇAS USAM RODOVIA ESTADUAL RJ-106 COMO "AVENIDA DE BAIRRO"</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A novela da RJ-106 não aparece sequer nas páginas de imprensa independente de Niterói e quem se empenha em divulgar textos sobre o assunto a repercussão é nenhuma. Os moderadores só veem o linque e deixam para lá. Infelizmente a acomodação dos niteroienses mostra que os moradores da antiga capital fluminense não são lá muito informados sobre mobilidade urbana.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Sem ter uma rodovia própria, Rio do Ouro e Várzea das Moças usam a RJ-106 como "avenida de bairro". Terreno até existe para a nova rodovia, situado entre o fim da RJ-100 (Estrada Velha de Maricá), na altura de um ponto de ônibus improvisado no Rio do Ouro, e a Rua Jean Valenteau Mouliac, junto à RJ-108 (Estrada Ewerton Xavier). </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A situação tem o dado surreal de que as linhas que ligam Várzea das Moças ao centro de São Gonçalo têm que percorrer a RJ-106 no sentido Maricá, retornando próximo deste município, gastando sem necessidade um combustível. Deveria haver, para encurtar o trajeto e tornar o deslocamento menos demorado, mergulhões ligando os entornos de Ipiiba e Jóquei, no lado gonçalense, a Rio do Ouro e Várzea das Moças, no lado niteroiense.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">No entanto, o avanço da especulação imobiliária no Rio do Ouro e Várzea das Moças pode fazer o pesadelo dos motoristas que vão e vem da Região dos Lagos se agravar. Sem a nova rodovia, o crescimento da Região Oceânica de Niterói e a evolução da urbanização de municípios como Maricá e Saquarema podem transformar o tráfego da "avenida de bairro" num inferno. Este problema é um vergonhoso caso de prejuízo à mobilidade urbana dentro do perímetro de Niterói.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">4) FLORIANÓPOLIS TEM LINHA RODOVIÁRIA PARA O TRIÂNGULO MINEIRO, TODAVIA NÃO TEM LINHA DE ÔNIBUS PARA BELO HORIZONTE</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Outro problema surreal está nos ônibus rodoviários do Brasil. Há problemas diversos, como o fato do trajeto Salvador X Rio de Janeiro (via Campos) da Viação Águia Branca não fazer escala na Rodoviária de Niterói (o que não causaria muita perda de tempo). Mas o problema maior está na falta de uma linha direta ligando as cidades de Florianópolis, capital de Santa Catarina, e Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">O aspecto surreal se dá pelo fato de que a capital catarinense possui linhas para Goiânia - servida por duas empresas, Satélite Norte e Guanabara - , para Brasília (servida pela Guanabara) e até Triângulo Mineiro (Uberlândia), servida pela Princesa do Norte (associada à mineira Expresso União). São áreas consideradas até mais distantes do que Belo Horizonte, que só se comunica com Florianópolis, descontando o serviço aéreo, através de conexão de duas linhas de ônibus.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Ou seja, o passageiro que mora em Belo Horizonte pode até comprar de uma vez uma passagem de ônibus para Florianópolis, mas terá que fazer baldeação, pois o trajeto oferecido é Belo Horizonte X São Paulo e, da capital paulista (Terminal Rodoviário do Tietê) pegar uma outra linha de ônibus para a capital catarinense. E vice-versa. Isso requer uma perda de tempo na espera do segundo ônibus, além de um esforço à toa para retirar tanto a bagagem de mão que o passageiro leva consigo como a bagagem do porta-malas, neste caso esperando o funcionário pegar os papéis de identificação de cada bagagem.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A concessão de um trajeto direto entre Florianópolis (Terminal Rita Maria) e Belo Horizonte (Terminal Rodoviário Israel Pinheiro) é bastante funcional, tendo uma grande demanda potencial para as duas cidades. Possivelmente, o trajeto poderia ser operado não só por uma empresa, mas por pelo menos duas. Candidatas não faltariam: Catarinense, Gontijo, Nordeste, Eucatur, Pássaro Verde / Umuarama, Princesa do Norte e Cantelle seriam algumas das prováveis. Até se a Expresso Gardênia entrar no trajeto, seria mais fácil para ela sair da crise que está passando, apelando para a recuperação judicial.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">5) FIM DA 0413 IAPI /X BARRA E FALTA DE LIGAÇÃO DIRETA ENTRE STIEP E SETE PORTAS SÃO SÓ ALGUNS DOS PROBLEMAS DO SISTEMA DE ÔNIBUS DE SALVADOR</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Duas empresas-consórcios mastodônticas, OT Trans e Plataforma. Antes eram três, com a Salvador Norte, hoje desativada. Deveriam haver, pelo menos, quatro. O sistema de ônibus de Salvador é, quanto aos problemas, um sistema viciado, movido a clichês de "mobilidade urbana" que não condizem à boa evolução do entorno urbano da capital baiana, que em muitos aspectos imita São Paulo na urbanização e desenvolvimento de ruas e avenidas.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Isso porque os ônibus atuam com frota reduzida quanto à demanda, coisa que os novos ônibus do sistema BRT, muito curtos e sob risco de superlotação, não irão resolver. A organização de trajetos nas linhas era razoável, mas a extinção da funcional linha 0413 Iapi / Barra, forçando a baldeação dos trajetos Iapi x Lapa e Lapa x Barra ou Lapa x Ondina, causa desconforto sobretudo ao passageiro que viaja sentado no primeiro ônibus e é obrigado a viajar em pé no segundo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Outro problema é a falta de ligação direta entre Stiep e Sete Portas, parcialmente resolvida pela linha 1340 Estação Pirajá / Barra 1, no trajeto circular de ida, mas o deslocamento de Sete Portas para o Stiep é bastante demorado. Atualmente, há a baldeação do Stiep para a Estação Acesso Norte e daí para a linha 1143 Estação Acesso Norte / Barroquinha, mas a pessoa terá que esperar o embarque no terceiro veículo da linha se quiser continuar viajando sentado como no primeiro ônibus, pois o embarque imediato oferece o risco de viajar quase sempre em pé.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">6) EMPRESAS DE ÔNIBUS DE ARACAJU DEVERIAM, ENTRE OUTRAS COISAS, PERCEBER QUE O MODELO MARCOPOLO TORINO 2007 ESTÁ FORA DE PRODUÇÃO HÁ DEZ ANOS</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A frota velha de Aracaju é um problema sério para a cidade considerada uma das capitais mais tranquilas e agradáveis do Nordeste brasileiro. Para piorar, o sistema de ônibus da capital sergipana, apesar de razoavelmente organizado em linhas, desobedece as exigências da Lei Orgânica municipal, que determina que o transporte seja eficiente e com renovação de frota constante, além do conforto dos assentos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Em vez disso, o que se vê são ônibus velhos com idade de fabricação de até 15 anos. Uma malandragem de algumas empresas usa o artifício de que, como certos modelos de carrocerias foram produzidos até 2012 ou 2013, os exemplares mais antigos desses mesmos modelos não só continuam nas frotas, como chegam mesmo a ser adquiridos em pretensa renovação.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Há poucos anos, empresas sediadas em Recife e Fortaleza, que na prática tratam o sistema de ônibus de Aracaju como "depósito de lixo" de ônibus mais antigos, chegaram a despejar, como "carros semi-novos", exemplares da Marcopolo Torino 2007 produzidos em 2009 nas frotas de suas empresas filiadas na capital sergipana por volta de 2021.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A impressão que se tem é que os empresários de ônibus de Aracaju ignoram que o modelo Torino 2007 não é produzido desde 2013 e a capital sergipana tenta "lançar" o modelo como se ele fosse "novo" ou "em produção". </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Enquanto isso, a quantidade de veículos do já encerrado modelo CAIO Apache VIP IV, adquirido aos montes por várias empresas de ônibus em todo o Brasil, só conta com nove (?!) exemplares, sete da Capital e dois da Atalaia, descontando dois carros usados da CAIO Apache VIP II, produzidos em 2009 originalmente para a Viação Pendotiba, de Niterói, um da Capital e outro da Modelo, com a dianteira montada com o modelo VIP IV. Não está previsto quando Aracaju terá o novo modelo Apache VIP V.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Chama a atenção a falta de estratégia das empresas de ônibus de Aracaju, que poderiam acelerar a renovação de frotas adquirindo semi-novos da CAIO Apache VIP IV produzidos entre 2018 e 2021 junto a carros novos, vendendo os ônibus mais antigos e reduzindo a vida útil até de modelos relativamente recentes, como Marcopolo Torino 2014 e CAIO Apache VIP III.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Em vez disso, as empresas mantém as frotas envelhecidas, não bastasse também vários ônibus terem bancos desconfortáveis e desproporcionais para os passageiros, pois alguns bancos aparecem com tamanho pequeno e inclinação que comprometem a coluna do passageiro. A frota velha dos ônibus aracajuanos é uma reclamação constante e enérgica dos moradores da capital sergipana, mas até agora nenhuma providência foi tomada pelas autoridades.</div><p></p>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-91537411473844767952022-12-02T01:02:00.003-03:002022-12-02T01:02:38.826-03:00CONGESTIONAMENTOS "ENSINAM" NITERÓI A PENSAR EM NOVA ESTRADA PARA RIO DO OURO E VÁRZEA DAS MOÇAS<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPgytR0sJVKgLEp0bVhv3lvAi5ES7Qqt9RXF0LLcHcN7etDXYiCWTIeP0jm8xHbLyk-UEfSyQfiecIX6LRJg03KPQvASET_20vZiH7mzFbr86NaBeMt2xd5Pg58rWH9gsFVdw8EJf5cBSbEXS1nmfI2Tw7Y5mil02vyxSaqm3c7GD6bBv0Ne8tJngv/s984/niteroi-acidente-com-caminhao-na-av-do-contorno_foto-reproducao-tv-globo.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="554" data-original-width="984" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPgytR0sJVKgLEp0bVhv3lvAi5ES7Qqt9RXF0LLcHcN7etDXYiCWTIeP0jm8xHbLyk-UEfSyQfiecIX6LRJg03KPQvASET_20vZiH7mzFbr86NaBeMt2xd5Pg58rWH9gsFVdw8EJf5cBSbEXS1nmfI2Tw7Y5mil02vyxSaqm3c7GD6bBv0Ne8tJngv/w400-h225/niteroi-acidente-com-caminhao-na-av-do-contorno_foto-reproducao-tv-globo.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Anteontem, um acidente com um caminhão de garrafas grandes de água mineral, na Av. do Contorno, em Niterói, complicou o trânsito, causando lentidão diante da pista molhada e da faixa de tráfego bloqueada devido à queda do veículo. Dias atrás, um acidente com um navio abandonado que, à deriva, atingiu parte da Ponte Rio-Niterói, fez o trânsito das duas pistas ficar parado durante horas, complicando a ligação da cidade com o vizinho Rio de Janeiro.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">O que isso tem a ver com a Rodovia RJ-106, objeto de uma "silenciosa" polêmica? Muita coisa. Poucos percebem ou querem admitir, mas há uma situação surreal e complicada entre os bairros de Rio do Ouro e Várzea das Moças, que permanece uma novela interminável comparada ao antigo projeto da estrada Cafubá-Charitas, que levou 74 anos para sair do papel.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Rio do Ouro e Várzea das Moças não possuem avenida própria de ligação. A ligação dos dois bairros depende de um deslocamento, de alguma forma demorado, pelo trecho da Rodovia RJ-106, que é uma rodovia estadual e, no trecho niteroiense, atua como "avenida de bairro", acumulando de forma indevida suas atribuições.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Trata-se de um problema grave que ninguém vê. Coisa que mais parece filme de Luís Buñuel, por tamanho realismo. Isso porque a RJ-106 se destina a cidades distantes, na Região dos Lagos. Isso inclui cidades importantes, como Cabo Frio e Macaé, mas, apesar disso, nem as autoridades do Estado do Rio de Janeiro, nem o DER-RJ e nem as páginas de notícias sobre Niterói nas redes sociais, que prometem algo mais do que as pautas insossas da imprensa convencional, conseguem contemplar o assunto.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Ainda se vai entender o motivo de tamanha e absurdamente estarrecedora indiferença. Afinal, a RJ-106 não pode se manter como uma "avenida de bairro", porque ela precisa ter uma atribuição prioritária de ser um acesso, o mais rápido possível, da região de Tribobó para a Região dos Lagos, incluindo áreas sem muitas opções viárias alternativas, como o entorno de Saquarema, Maricá e Sampaio Correia.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Com a função de "avenida de bairro", a RJ-106 sofre com a presença do tráfego dos dois bairros niteroienses. Além dessa situação obrigar o tráfego que vai para lugares distantes diminuir a velocidade, tendo alguma perda de tempo, há também riscos de acidentes graves, como no fato de um dos trechos da RJ-106, sentido Cabo Frio, no cruzamento com a RJ-100 (Estrada Velha de Maricá), em que os veículos das duas vias podem se bater ao trafegarem em alta velocidade.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Há também transtornos econômicos, como o fato de vários caminhões fornecedores de produtos vierem de regiões distantes no Brasil, e precisam de maior rapidez para fornecê-los em mercados localizados em locais como Saquarema e Araruama. Com a "avenida de bairro", a velocidade dos veículos é reduzida e há um atraso que, por menor que possa ser, gera algum prejuízo nos mercados locais.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">CRESCIMENTO DA REGIÃO OCEÂNICA EXIGE URGÊNCIA PARA A NOVA VIA</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Há um terreno entre Rio do Ouro e Várzea das Moças que poderia servir não só para a nova estrada, avenida ou rodovia, como pode também incluir a construção de um novo terminal, a acolher linhas destinadas aos dois bairros, e a expansão do corredor de ônibus da via expressa dos ônibus da Linha Oceânica.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Esse terreno permanece ocioso ou com algumas casas, e tanto a Prefeitura de Niterói quanto o Governo do Estado do Rio de Janeiro podem indenizar os proprietários para liberar o terreno para a nova pista. Mas a expansão desordenada que envolve a especulação imobiliária ameaça transformar o terreno num paredão de prédios e complicar ainda mais o tráfego da RJ-106, com automóveis indo e vindo das garagens dos condomínios.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">A expansão da Região Oceânica, que irá mudar a paisagem dos bairros de Itaipu, Engenho do Mato e Piratininga - com o surgimento de um novo bairro, Boa Vista, no entorno da Estrada Frei Orlando e do Itaipu Multicenter - , pode também pressionar a necessidade de criação de uma avenida ou rodovia ligando Rio do Ouro e Várzea das Moças. A medida é de máxima urgência.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Afinal, o crescimento imobiliário pode refletir no tráfego e no aumento da demanda de localidades como São Gonçalo e Itaboraí para as praias oceânicas de Niterói. Isso irá agravar ainda mais o trânsito, se nada for feito. Será inútil investir em duplicação da RJ-106, porque os problemas da "avenida de bairro" serão mantidos e, talvez, piorados.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">As ações a serem feitas envolvem o aproveitamento do terreno ocioso, com desapropriação de residências mediante indenização justa aos proprietários, para a nova rodovia, que pode até ser privatizada e administrada por uma concessionária privada. Além disso, na RJ-106 deveriam ser construídos mergulhões para que o trânsito nas vias vizinhas ou transversais pudesse ser feito sem causar problemas de tráfego, permitindo assim a rapidez do tráfego na rodovia estadual.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">O que não pode mais haver é essa indiferença do niteroiense médio, que precisa entender a mobilidade urbana além de medidas óbvias como recapeamento de asfaltos (definida sob nomes pomposos de "macrodrenagem" e "palotragem") e construção de ciclovias, medidas necessárias mas não únicas. Manter a condição da RJ-106 como "avenida de bairro" entre Rio do Ouro e Várzea das Moças pode causar sérios danos ao tráfego, num prazo de cinco anos.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Os dois incidentes não ocorreram na RJ-106, mas dão uma ideia ao niteroiense indiferente de como existem transtornos no tráfego. A vivência dos engarrafamentos no Centro niteroiense, sobretudo nas vias de acesso à Ponte Rio-Niterói, já é bem conhecida dos moradores de Niterói, mas é necessário acabar com a mentira de que o trânsito da RJ-106 no trecho niteroiense é "sempre tranquilo". Imagens do Google Maps não mostram a realidade viva do cotidiano.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Alguns vídeos abaixo explicam a necessidade de construir uma nova via entre Rio do Ouro e Várzea das Moças. Para que a superação do descaso não repita a vergonhosa demora de sete décadas em reconhecer a necessidade da estrada Cafubá-Charitas, é necessário não só ver os vídeos a seguir, mas também divulgá-los para um número maior de pessoas, principalmente através da imprensa, como os jornais O Fluminense, O Dia e O São Gonçalo, ou em canais das redes sociais, como Niterói Alerta, Radar Niterói e RJ Notícias. </div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">O que não pode é ficar indiferente ao problema da "avenida de bairro" da RJ-106, que trará sérias complicações ao trânsito no futuro. Vamos aos vídeos, reiterando que eles precisam ser amplamente divulgados:</div><div style="text-align: left;"><br /></div><p></p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Vi-GYUwvCLE" title="YouTube video player" width="560"></iframe><div><br /></div><div><div><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/t0MCFxP0ELA" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div><div><br /></div><div><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/OtUBNJJnOSM" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div><div><br /></div><div><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/tl8nds68h_0" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div><div><br /></div><div><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/asxc7girh_Y" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div><div><br /></div><div><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/YfzwO0GVA9I" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div></div>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-50853410517747670662022-11-20T02:10:00.004-03:002022-11-24T00:03:36.070-03:00EM SÃO PAULO, REGIÃO DA CASA VERDE É MAL SERVIDA DE ÔNIBUS<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtToLUmrDJrl6WOMJYZljeae29FENuyRLSSO9bsTRnp4BJt2GhE0PemfYz1BVSySCNgx36t99kn6SpoSPtytNWc7oaJofluvve1NATX5CzP5UKzJLcmyiBnef-gIIuHU3w4hD105jA62WJPZ1w-eqrbEPJj1exixZliMwHgzM5oycfAJEWU3eA_Ekg/s4000/sao-paulo-ladeira-da-rua-reliquia-na-casa-verde_foto-alexandre-figueiredo.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3000" data-original-width="4000" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtToLUmrDJrl6WOMJYZljeae29FENuyRLSSO9bsTRnp4BJt2GhE0PemfYz1BVSySCNgx36t99kn6SpoSPtytNWc7oaJofluvve1NATX5CzP5UKzJLcmyiBnef-gIIuHU3w4hD105jA62WJPZ1w-eqrbEPJj1exixZliMwHgzM5oycfAJEWU3eA_Ekg/w400-h300/sao-paulo-ladeira-da-rua-reliquia-na-casa-verde_foto-alexandre-figueiredo.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i>É PRECISO FÔLEGO DE ALPINISTA PARA PERCORRER ESSA PARTE DA RUA RELÍQUIA, DESPROVIDA DE LINHA REGULAR DE ÔNIBUS.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Em São Paulo, a região da Casa Verde tem uma considerável área, mas é tratada como se fosse um quintalzinho cercado dos bairros de Santana, Barra Funda e Limão. É um bairro que está longe do dinamismo que torna a capital paulista famosa no Brasil e no mundo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Precisando reforçar o comércio e as moradias, a região da Casa Verde tem um sistema de ônibus muito mal planejado, com linhas importantes que não circulam nos fins de semana e feriados e linhas com falhas nos seus itinerários, além da falta de linhas de ônibus ligando áreas como Tucuruvi e Lapa.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Já é um sofrimento o fato da região não ser atendida por metrô, depois que as autoridades desistiram de criar uma estação na Casa Verde. A precariedade do bairro é tal que vários moradores estão saindo do bairro, cujo entorno prioriza mais as oficinas de consertos de carros e empresas de fornecimentos de peças, sem no entanto haver um comércio diversificado como se observa em bairros como Lapa e Penha.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Nem mesmo um terreno enorme situado na Av. Ordem e Progresso traz esperança. O terreno, que era de uma garagem da Viação Pássaro Marron, está parado. Um grupo de moradores quer criar somente um parque, mas o ideal é que se construa no lugar um <i>shopping center</i> com área verde, tendência de uma arquitetura sustentável. Hoje edifícios e estabelecimentos comerciais podem ser construídos com áreas verdes, combinando oferta de serviços e moradia com sustentabilidade ambiental.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Opções comerciais existem, mas é necessário uma longa peregrinação, pois alguns estabelecimentos se situam no bairro vizinho do Limão, outros na proximidade da Av. Braz Leme, principal acesso ao Santana, e outros no entorno da Av. Engenheiro Caetano Álvares. Quem quiser passar um dia fazendo compras tem que ter muita paciência não só para andar muito, mas subir e descer ladeiras íngremes, terminando o dia com um forte cansaço.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Quanto aos ônibus, praticamente somente quatro linhas regulares e constantes atendem a região, incluindo a parte próxima ao bairro Vila Baruel: 148P-10 Pedra Branca / Metrô Barra Funda, 175P-10 Metrô Santana / Metrô Ana Rosa, 9301-10 Terminal Casa Verde / Praça do Correio e 9354-10 Terminal Cachoeirinha / Praça do Correio.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Na prática, os moradores da Casa Verde só podem ir constantemente a poucos bairros de São Paulo: Barra Funda, entorno do Vale do Anhangabaú (junto à Praça do Correio), Av. Paulista e Metrô Santana. As demais linhas não atendem toda a demanda, pois em seus percursos, dependendo de onde se mora, certas linhas exigem uma caminhada para ir ou vir para o ponto onde passam os ônibus.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Esse é o caso de linhas como 971A-10 Jardim Primavera / Shopping D e 2014-10 Jardim Pery Alto / Barra Funda. As duas linhas só atendem a Vila Baruel, um dos montos mais altos da região da Casa Verde, com suas ladeiras cansativas, num dos percursos (9714-10, na ida para o Shopping D, e 2014-10, na volta para o Jardim Pery Alto), enquanto o percurso inverso as linhas param em lugares distantes, que exigem um lance de caminhada.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Há também casos de linhas com percurso repetido ou outras, mais funcionais, que não circulam nos fins de semana. As linhas 9301-10 e 9354-10 fazem sobreposição de itinerário entre a Rua Jorge Brand, na Vila Baruel, e a Praça do Correio, podendo uma delas, no caso a 9301-10, ampliar seu itinerário para o Terminal Pinheiros, via Av. Ipiranga e Rua Martins Fontes / Rua Augusta.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A linha 967A-10 Imirim / Pinheiros é bem funcional, atendendo a avenidas importantes como Brigadeiro Luís Antônio e Brigadeiro Faria Lima, mas é desativada nos fins de semana e feriados, o que é um erro. A desativação faz com que a relativamente rara 177H-10 Metrô Santana / Cidade Universitária, problemática por não atender a demanda da Casa Verde para o Terminal Pinheiros, se converta na 177H-21 Metrô Santana / Pinheiros, que em contrapartida exige espera demorada dos passageiros.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A linha 8538-10 Freguesia do Ó / Praça do Correio, é outra problemática, por vários motivos. Os ônibus têm intervalo de meia em meia hora, exigindo paciência na espera demorada. A linha é desativada nos fins de semana e feriados, o que é terrível, se agravando em breve quando a Freguesia do Ó inaugurar sua estação do Metrô, como parte da linha 6-Laranja, e não haver uma opção constante para quem morar na Casa Verde e optar por essa linha do metrô. Além disso, o percurso poderia ser ampliado da Praça do Correio para a Praça Ramos de Azevedo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Da parte de baixo, entre a Av. Ordem e Progresso, Praça Delegado Amoroso Neto e Rua Reims, há erros de percursos, como na ida da linha 9701-10 Terminal Cachoeirinha / Barra Funda que, em vez de percorrer a Rua Samaritá, pega a Av. Casa Verde, Praça Delegado Amoroso e Av. Ordem e Progresso, sobrepondo trajeto com outras linhas. Enquanto isso, a 917M-10 Morro Grande / Metrô Ana Rosa, em vez de retornar pela Rua Reims, desce o viaduto do Limão para ir, pela Marginal do Rio Tietê, direto ao bairro homônimo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">As linhas de micro-ônibus, 2014-10 Jardim Pery Alto / Barra Funda e 9717-10 Metrô Santana / Jardim Almanara, circulam quase sempre lotadas, e a frota não consegue suprir mesmo com dois carros saindo ao mesmo tempo, ou três nos horários de pico. E o entorno da Vila Baruel não possui linha de ônibus partindo do local, apesar de haver muitas ruas e ladeiras que exigem sacrifício na caminhada.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">O mais aberrante da situação é que a Rua Relíquia, no seu trecho mais cansativo, uma ladeira que vai da esquina com a Rua Reims até a Av. Casa Verde, não possui uma linha regular de ônibus. Nenhuma linha circula no local, com exceção do percurso para Santana da linha 9717-10 nas quartas e sábados, quando a Rua Reims, altura da Praça Benito Nicoletti, tem um trecho ocupado por uma feira livre, impedindo o trajeto da linha. Daí que o trecho da Rua Relíquia é um verdadeiro desafio para quem não tem um fôlego e uma habilidade de alpinista.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Deveria haver uma mudança nas linhas da Casa Verde, incluindo novas linhas, e aqui mostramos um roteiro de alteração de linhas existentes e a sugestão de novas, com possível código numérico com base nos critérios da SPTrans. Fica pendente a sugestão de uma linha que passe por toda a Rua Relíquia. Aqui vai a lista:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b>9301-10 TERMINAL CASA VERDE / TERMINAL PINHEIROS</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b>9301-21 TERMINAL CASA VERDE / PRAÇA DO CORREIO</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A atual linha 9301-10 seria renumerada como 9301-21 e circularia nos dias úteis, sendo desativada nos fins de semana e feriados. Junto a ela, a nova linha 9301-10 circularia rigorosamente todos os dias, com o percurso ampliado para:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">IDA: Depois da Av. Rio Branco, percorrer o Largo do Paissandu, Av. São João, Av. Ipiranga, Praça da República, Av. São Luís, Rua Martins Fontes, Rua Augusta, Rua Colômbia, Av. Europa, Rua Gumercindo Saraiva, Av. Brigadeiro Faria Lima, Rua dos Pinheiros, Rua Sumidouro, Rua Ferreira de Araújo, Terminal Pinheiros.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">VOLTA: Terminal Pinheiros, Rua Paes Leme, Av. Brigadeiro Faria Lima, Rua Gumercindo Saraiva, Av. Europa, Rua Colômbia, Rua Augusta, Rua Martins Fontes, Rua Caio Prado, Rua da Consolação, Rua Sete de Abril, Rua Coronel Xavier de Toledo, Praça Ramos de Azevedo, Rua Cons. Crispiniano, Rua Capitão Salomão, Praça do Correio, seguindo percurso restante da atual 9301-10.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b>8538-10 FREGUESIA DO Ó / PRAÇA RAMOS DE AZEVEDO</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Reforço de frota para espera estimada de dez em dez minutos entre um ônibus e outro. Linha circulando também nos fins de semana e feriados. Itinerário ampliado depois da Av. Rio Branco, na seguinte forma:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">IDA: Av. Rio Branco, Largo do Paissandu, Av. São João, Av. Ipiranga, Praça da República, Av. São Luís, Rua Coronel Xavier de Toledo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">VOLTA: Rua Coronel Xavier de Toledo, Praça Ramos de Azevedo, Rua Cons. Crispiniano, Rua Capitão Salomão, Praça do Correio, seguindo percurso restante da atual 8538-10.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b>917M-10 MORRO GRANDE / METRÔ ANA ROSA</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Como alternativa à parte baixa da Casa Verde, conhecida como Jardim Laranjeiras, a linha 917M-10 deveria, em vez de descer direto a Ponte do Limão para a Marginal do Tietê, deveria seguir o percurso: Av. Ordem e Progresso, Ponte do Limão, Av. Ordem e Progresso, Praça Delegado Amoroso Neto, Rua Reims, Rua Domingos Torres, Av. Engenheiro Caetano Álvares (sentido Estadão), Av. Olavo Fontoura (Marginal do Tietê), Av. Professor Celestino Bourrol, seguindo o restante como a atual 917M-10.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b>967A-10 IMIRIM / PINHEIROS</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Percurso inalterado, com a linha apenas circulando também nos fins de semana e feriados.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b>177H-10 METRÔ SANTANA / TERMINAL PINHEIROS</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b>177H-21 METRÔ SANTANA / CIDADE UNIVERSITÁRIA</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A nomenclatura seria invertida, com a mudança amplamente divulgada para os passageiros das linhas envolvidas. As duas linhas coexistiriam nos dias úteis, e nos fins de semana e feriados sobraria a linha com destino Terminal Pinheiros. Os percursos seriam inalterados, mas haveria reforço de frota, diminuindo de 15 para 10 minutos o tempo de espera estimado.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b>9701-10 TERMINAL CACHOEIRINHA / METRÔ BARRA FUNDA</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Em vez de, na Av. Engenheiro Caetano Álvares, entrar na Av. Casa Verde e passar pela Rua Dom Amaral Mousinho, Praça Delegado Amoroso Neto e o primeiro trecho da Av. Ordem e Progresso, a linha 9701-10 deveria entrar na Rua Samaritá, diretamente, e daí seguir seu percurso à Barra Funda. A demanda do Terminal Cachoeirinha já tem a 9500-10 para esse trecho da Casa Verde (denominado Jardim Laranjeiras), e esse trecho já tem linhas para a Barra Funda, como a 9784-10 Jardim dos Francos / Barra Funda, que é bem servida.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b>173P-10 TUCURUVI / LAPA</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Destinada a circular tanto nos dias úteis quanto nos fins de semana e feriados.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">IDA: Metrô Tucuruvi, Av. Tucuruvi, Av. Nova Cantareira, Praça Efro Guimarães, Av. Nova Cantareira, Rua Maestro João Gomes de Araújo, Av. Água Fria, Rua Perpétuo Júnior, Rua José Dibieux, Rua Benvinda Aparecida, Rua Ezequiel Freire, Rua Olavo Egídio, Rua Cruzeiro do Sul, Rua Alfredo Pujol, Av. Leão XXIII, Av. Casa Verde, Av. Baruel (da altura da Rua Galileia à altura da Rua Lucila), Av. Casa Verde (até a ladeira de descida), Rua Domingos Torres, Av. Engenheiro Caetano Álvares, Rua Mandaqui, Av. Prof. Celestino Bourrol, Av. Nossa Senhora do Ó, Rua Bartolomeu do Canto, Av. Inajar de Souza, Ponte da Freguesia do Ó, Av. Elmano Marchetti, Praça Jácomo Zanella, Ponte da Lapa, Praça Melvin Jones, Rua John Harrison, Rua Domingos Rodrigues, Rua Clemente Alvarez.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">VOLTA: Rua Clemente Alvarez, Rua Martim Tenório, Praça Melvin Jones, Ponte da Lapa, Praça Jácomo Zanella, Av. Elmano Marchetti, Ponte da Freguesia do Ó, Av. Inajar de Souza, Av. Nossa Senhora do Ó, Av. Prof. Celestino Bourrol, Av. Casa Verde (trechos do Limão, da esquina com Rua Reims e ladeira), Av. Baruel (da altura da Rua Lucila à altura da Rua Galileia), Av. Casa Verde, Av. Leão XXIII, Rua Alfredo Pujol, Rua Voluntários da Pátria, Rua Darzan, Rua Dr. Zuquim, Av. Nova Cantareira, Rua Domingos Calheiros, Parada Tomé de Lara, Av. Tucuruvi, Av. Álvaro Machado Pedrosa, Metrô Tucuruvi.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both;"><b>9302-10 TERMINAL CASA VERDE / IPIRANGA</b></div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">IDA: Terminal Casa Verde, Av. Engenheiro Caetano Álvares, Av. Casa Verde (Jardim Laranjeiras e ladeira), Rua Relíquia, Rua Horácio Vergueiro Rudge, Rua Zanzibar, Av. Braz Leme, Ponte da Casa Verde, Av. Rudge, Viaduto Engenheiro Orlando Murgel, Av. Rio Branco, Praça Princesa Isabel, Rua Helvétia, Rua Barão de Campinas, Alameda Nothmann, Rua das Palmeiras, Rua Sebastião Pereira, Largo do Arouche, Rua Vitória, Av. São João, Rua Pedro Américo, Praça da República, Av. São Luís, Viaduto Nove de Julho, Rua Maria Paula, Viaduto Dona Paulina, Rua Anita Garibaldi, Av. Rangel Pestana, Rua Frederico Alvarenga, Av. Prefeito Passos, Rua Teixeira Leite, Rua do Lavapés, Rua Independência, Av. Dom Pedro I, Rua Leais Paulistanos, Rua Costa Aguiar, Praça Nami Jafet, Av. do Estado, Rua Leais Paulistanos.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">VOLTA: Rua Leais Paulistanos, Rua Tabor, Av. Dom Pedro I, Rua Clímaco Barbosa, Largo do Cambuci, Rua Luís Gama, Rua Silveira da Mota, Rua Otto de Alencar, Praça Nina Rodrigues, Rua Junqueira Freire, Rua Barão de Iguape, Rua Conselheiro Furtado, Rua Anita Garibaldi, Rua Roberto Simonsen, Rua Floriano Peixoto, Praça da Sé, Rua Senador Feijó, Rua Cristóvão Colombo, Rua Riachuelo, Galeria Prestes Maia, Av. Prestes Maia, Av. Ipiranga, Rua da Consolação, Rua Rego Freitas, Av. Duque de Caxias, Praça Princesa Isabel, Av. Rio Branco, Viaduto Engenheiro Orlando Murgel, Av. Rudge, Ponte da Casa Verde, rampa de acesso, Av. Otaviano Alves de Lima, Rua Atílio Piffer, Rua Bernardino Fanganiello, Rua Relíquia, Av. Casa Verde (em direção à ladeira), Rua Domingos Torres, Av. Engenheiro Caetano Álvares, Terminal Casa Verde.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;"><b>9303-10 VILA BARUEL / SHOPPING CENTER NORTE</b></div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">(Linha de micro-ônibus)</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">IDA: Av. Baruel (próximo à Rua Lençóis), Praça Cruz da Esperança, Av. Baruel, Av. Casa Verde (em direção à ladeira), Rua Domingos Torres, Rua das Tangerinas, Av. Casa Verde, Rua Dom Amaral Mousinho, Praça Delegado Amoroso Neto, Rua Professora Ida Kolb, Rua Relíquia, Rua Saguairu, Rua Urbano Duarte, Rua Mangaratu, Rua Antônio Nascimento Moura, Av. Braz Leme, Praça Heróis da FEB, Rua Voluntários da Pátria, Rua Darzan, Av. Cruzeiro do Sul, Av. Zaki Narchi, Av. Otto Baumgart, Shopping Center Norte.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">VOLTA: Shopping Center Norte, Av. Otto Baumgart, Av. Zaki Narchi, Av. Cruzeiro do Sul (inclui retorno), Rua Duarte de Azevedo, Rua Voluntários da Pátria, Rua Dr. César, Av. Braz Leme, Rua Marambaia, Rua Bernardino Fanganiello, Rua Relíquia, Rua Professora Ida Kolb, Praça Delegado Amoroso Neto, Rua Reims, Av. Casa Verde (a partir da ladeira), Av. Baruel, Praça Cruz da Esperança, Av. Baruel, Rua Galileia, Av. Casa Verde, Av. Baruel (próximo à Rua Lençóis).</div></div><p></p>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-56181635870543611172022-07-19T23:02:00.001-03:002022-07-19T23:02:13.866-03:00VIAÇÃO ITAPEMIRIM A CAMINHO DA EXTINÇÃO<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJA7ba5nQ-yhP5utGAkIiBq-O7i2hEtFdLG2uF_Fbrsy3U-D-AJJQMYzFic5jtILe6XkLGEfQJLX_iShN8Nemg9j0OjZn6G0X8NtKjrfCCnlA-teJMvC7dsTtpbhPDLEs3nzct5y1zLFMWOIHRE6BQuQxyiFIArd433KoucOBguM-865M6ejKL_oAn/s1184/itapemirim-viacao-itapemirim-em-niteroi-09-dezembro-de-2021_foto-alexandre-figueiredo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="803" data-original-width="1184" height="271" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJA7ba5nQ-yhP5utGAkIiBq-O7i2hEtFdLG2uF_Fbrsy3U-D-AJJQMYzFic5jtILe6XkLGEfQJLX_iShN8Nemg9j0OjZn6G0X8NtKjrfCCnlA-teJMvC7dsTtpbhPDLEs3nzct5y1zLFMWOIHRE6BQuQxyiFIArd433KoucOBguM-865M6ejKL_oAn/w400-h271/itapemirim-viacao-itapemirim-em-niteroi-09-dezembro-de-2021_foto-alexandre-figueiredo.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Não colou a obsessão em fazer a Viação Itapemirim, cheia de irregularidades, virar "refém" de um prestígio histórico que não existe mais. Com dívida bilionária desde que seu braço aéreo, a Itapemirim Transportes Aéreos (ITA), foi cassada pela Justiça, a empresa de Cachoeiro de Itapemirim, que já teve tempos gloriosos, não conseguiu resistir usando a "história" como desculpa.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Depois que seu último ato foi uma armação jurídica na qual a Itapemirim, usando o nome "Kaissara", alugaria serviços da Util (União Transporte Interestadual de Luxo) para os trajetos de São Paulo para o Rio de Janeiro e para Curitiba, desta vez a administradora judicial do Grupo Itapemirim, a EXM Partners, entrou com pedido de falência da empresa capixaba, encerrando assim 69 anos de história.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">A Viação Itapemirim começou a ter problemas nos anos 1990, quando "inchou" seu patrimônio de linhas, dando início a uma crise que pareceria resolvida por volta de 2018, quando a administração de Sidney Piva e seus sócios Adilson Furlan e Karina Mendonça prometia revigorar a empresa, com uma renovação gradual de frota com ônibus alugados de empresas de fretamento, que ganhavam a identidade da Itapemirim, que voltava a destacar o seu logotipo em fonte Microgramma.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Tudo parecia ser uma tática inteligente, com uma frota de semi-novos de empresas de fretamento que estavam em excelente estado de conservação. Leilões de carros antigos eram divulgados em canais do YouTube e pareciam reforçar o plano de recuperação da empresa.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Houve até mesmo uma frota <i>"black"</i>, com a pintura preta e o logotipo e a linha pintada na "saia" em cor amarela. Esta pintura "escura" era uma repintura de menos custo dos ônibus da empresa de fretamento Industrial, de Piva, mas parecia ser um grande atrativo visual como um serviço diferenciado da Itapemirim, que chegou a ter o nome de "Dream Bus".</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Em seguida, veio a notícia de uma companhia aérea, a ITA, também com aviões semi-novos, mas que prometia ser um diferencial em transporte aéreo de passageiros. A ideia parecia boa, pois a empresa aérea iria alimentar a recuperação econômica da Itapemirim, injetando dinheiro para sanear as dívidas e obter lucro. Até que irregularidades começaram a ser denunciadas.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Piva e seus sócios desviaram dinheiro para obter bens pessoais. Funcionários da empresa aérea e de ônibus tinham salários atrasados. Passageiros eram tratados com descaso. Mais tarde, a Justiça apreendeu ônibus e aviões como pagamento de dívidas. Aos poucos, ônibus da Itapemirim tinham que ser vendidos para diversas empresas, da Roderotas a pequenas empresas de fretamento com nomes como "Papa-Léguas" e "Novos Rumos".</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Os fãs da Itapemirim acreditavam na recuperação da empresa. No entanto, a dívida bilionária trazia outra realidade, a de uma empresa agonizante que tentava resistir. As linhas eram gradualmente transferidas para outras empresas, como São Paulo x Floriano (Guanabara), São Paulo x Curitiba (Penha), São Paulo x Governador Valladares (Emtram), Rio de Janeiro x Cachoeiro de Itapemirim (União) e Vitória x Uberlândia (Águia Branca).</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">A presença da Itapemirim diminuiu aos poucos, mas a Justiça, desde janeiro, ordenou a suspensão dos serviços da empresa. Rumores de que um lobby na ANTT para blindar a Itapemirim surgiram. Houve busólogos evangélicos que falavam que "Jesus vai socorrer a Itapemirim". Apesar disso, a Itapemirim, que perdeu seu banco de investimentos por decisão da Justiça, não conseguiu resolver sua crise, que agravava completamente.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Em dias de muitos passageiros em rodoviárias, era ilustrativo ver guichês da Itapemirim e seu "alter-ego" Kaissara estarem vazios. A frota final da Itapemirim mostrava, em maioria, carros velhos com mais de 15 anos de fabricação, ao lado de alguns modelos Marcopolo G7 de 2011-2013 e uns poucos mais recentes. Mas esses carros foram apreendidos pela Justiça ou tiveram que ser vendidos para saldar parte das dívidas. Garagens da Itapemirim em várias partes do Brasil também foram fechadas.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">O último ato da Itapemirim "ressuscitar" nas costas do Grupo Guanabara, alugando a Util para operar as linhas da capixaba, embora tenha sido comemorado por alguns busólogos, era uma atitude irregular e suspeita, na qual a Util era usada como trampolim para a volta da empresa capixaba.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Mas agora, com a EXM Partners pedindo na Justiça a falência da Itapemirim, a empresa que já chegou a ter serviços como Tribus e Rodonave agora chega ao fim, depois de uma lenta decadência na qual a empresa insistia em sobreviver de maneira desonesta, "refém" de sua história e seu passado glorioso, que há muito deixaram de existir.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Restam agora aos busólogos continuarem postando o grande acervo de fotos da Itapemirim nos últimos anos que foram registradas e que ainda se tornarão um acervo inédito de uma empresa que oficialmente fechará suas portas nos seus 69 anos de existência, encerrados de maneira vergonhosa e triste.</div><p></p>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-20329379100001583302021-11-25T20:06:00.061-03:002021-11-25T22:42:08.614-03:00EMPRESAS DE ÔNIBUS DE ARACAJU REFORMAM ÔNIBUS, MAS DEMITEM FUNCIONÁRIOS<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiupbbplJWj62Syiwd4Jd8l6kFst4GXG9YLUNl_aInhqfTK_1pJJHAThLhkk9nPNYKSfrNnPPUka_ZuzffsSMPpRhrUR1-RpC8XQ_qJD7-MTUrmbwYNYKXmv77O0XsszWV5EC8e7X7vjaY/s1080/viacao-modelo-de-aracaju-marcopolo-torino-2007_foto-jose-helvecio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="788" data-original-width="1080" height="291" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiupbbplJWj62Syiwd4Jd8l6kFst4GXG9YLUNl_aInhqfTK_1pJJHAThLhkk9nPNYKSfrNnPPUka_ZuzffsSMPpRhrUR1-RpC8XQ_qJD7-MTUrmbwYNYKXmv77O0XsszWV5EC8e7X7vjaY/w400-h291/viacao-modelo-de-aracaju-marcopolo-torino-2007_foto-jose-helvecio.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i>EMPRESAS DE ARACAJU, PELO MENOS, DEVERIAM ACELERAR A VENDA DE ÔNIBUS VELHOS PARA AJUDAR A PAGAR SALÁRIOS ATRASADOS.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A novela do sistema de ônibus de Aracaju, extremamente deficitário com ônibus superlotados, velhos e que demoram a chegar, pois as linhas são servidas com poucos ônibus, continua. E continua também o drama de 250 rodoviários que foram demitidos, que não tiveram salários pagos e nem garantia de direitos trabalhistas.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">As demissões ocorreram por efeito da pandemia, e os protestos dos rodoviários, como motoristas, cobradores e funcionários da manutenção ocorreram hoje, em frente à Câmara Municipal de Aracaju, devido ao não atendimento das reivindicações dos demitidos. Há também ameaças de que os ônibus da capital sergipana adotem a dupla função do motorista-cobrador, causando mais demissões e ameaçando a segurança dos passageiros, devido à sobrecarga funcional dos motoristas.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Um comunicado do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (SETRANSP) afirmou que irá buscar soluções de aporte extra tarifário, redução ou isenção de impostos e subsídios. "Os maiores custos entre as despesas para prestação do serviço são a mão de obra e o combustível, e as empresas têm enfrentado entraves para arcar com esses custos que são básicos para o funcionamento do transporte. Principalmente, diante do aumento do valor desses custos, como o diesel cresceu somente este ano quase 60%".</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Por sua vez, membros da Câmara Municipal de Aracaju receberam os manifestantes, mas não foi divulgado um parecer da casa parlamentar a respeito do assunto. A crise do setor ocorre há mais de um mês e Aracaju chegou a sofrer uma paralização de dois dias do seu sistema de ônibus.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">ÔNIBUS REFORMADOS DEVERIAM SER VENDIDOS</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Há notícias de que carros velhos das empresas estão sendo reformados para parecerem novos, como vários do modelo Marcopolo Torino 2007, que não é fabricado há sete anos. Vários veículos desse modelo de carroceria são usados e o grupo Capital / Modelo, controlados pelo cearense Fretcar, recebeu ônibus de terceira mão da Torino 2007 em 2019, que foram fabricados em 2011.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">É até bem vindo reformar os carros e dá-los aspectos de novos, mas o grande problema é que os carros têm idade avançada de fabricação, o que podem fazê-los desvalorizar no mercado. Não dá para fingir que um carro de 2011 é "novo" por causa da reforma, como pretexto para manter fixo nas frotas das empresas, quando se é possível, para obter uma renda maior, vendê-los imediatamente quando eles ainda têm um valor significativo no mercado.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Um carro da Torino 2007 ou da CAIO Apache VIP II (fabricado entre 2007 e 2012) podem ainda ser vendidos com um preço de R$ 60.000 em média, o que ajudaria a minimizar a crise financeira das empresas. Sendo um veículo do lote fabricado em 2013, o preço de mercado pode chegar a R$ 120.000.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Infelizmente, parece existir uma tradição informal de que o sistema de ônibus de Aracaju, em termos de idade das frotas, tenha uma década de defasagem, o que causa mal-estar nos passageiros, que têm que enfrentar ônibus lotados, velhos e desconfortáveis, o que, para quem vai e vem do trabalho, contribui para o cansaço físico, comprometendo o rendimento no serviço.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Os ônibus demoram muito para vir, porque as linhas operam com frotas insuficientes. Muitos ônibus são curtos. A ênfase na aquisição dos modelos da Marcopolo, quando as concorrentes CAIO, Comil e Mascarello oferecem assentos mais confortáveis, pois nem mesmo os bancos estofados da Marcopolo são confortáveis, considerados baixos para quem, cansado do trabalho, quiser cochilar numa viagem de volta para casa. A Marcopolo também está sendo acusada de problemas técnicos em ônibus novos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Há também a falta de pulso firme da Prefeitura de Aracaju e sua Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito, que permite que ônibus circulem com bancos de plástico sem almofadas, o que faz com que mesmo sentando num assento a viagem de ônibus urbano seja dolorosa e cansativa. Permitir um desconforto desses é um descaso e é necessário mudar as mentalidades de autoridades e empresários de ônibus.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A venda de ônibus antigos, acelerando a renovação de frotas, poderia ajudar a minimizar os custos. O prolongamento da vida útil pode desvalorizar os veículos para vendas, só restando vendê-los para empresas de transporte rural ou para firmas de sucatas.</div><p></p>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-47096313810007165542021-10-22T08:00:00.068-03:002021-11-13T20:32:47.521-03:00ACELERAÇÃO NA VENDA DE ÔNIBUS VELHOS AJUDARIA A REDUZIR CRISE NAS EMPRESAS DE ARACAJU<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSOcaAdtBR5BDe1yHmOCs9a5kFbhxOCJSF_gsG2JAp8PU5hMCj14TYYtlLeWJmM2H0Iq95WZeTiRq-NLU920OO8-iJjsxys9s9BugaBXhynS00Vkiq8M74To485EWV_dnBbnOGv6k_Cos/s1504/progresso-e-tropical_onibus-marcopolo-2007_aracaju.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1504" data-original-width="1304" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSOcaAdtBR5BDe1yHmOCs9a5kFbhxOCJSF_gsG2JAp8PU5hMCj14TYYtlLeWJmM2H0Iq95WZeTiRq-NLU920OO8-iJjsxys9s9BugaBXhynS00Vkiq8M74To485EWV_dnBbnOGv6k_Cos/w346-h400/progresso-e-tropical_onibus-marcopolo-2007_aracaju.jpg" width="346" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i>CONSIDERADO VELHO E FORA DE FABRICAÇÃO HÁ SETE ANOS, O MODELO MARCOPOLO TORINO 2007 AINDA CIRCULA EM ARACAJU COMO SE FOSSE UM MODELO SEMI-NOVO.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Ainda estão pendentes os acordos entre os rodoviários do Grupo Progresso, que atua em parte das linhas de ônibus de Aracaju, Sergipe, e os donos das empresas associadas. Uma paralização ocorrida na semana passada complicou a vida dos passageiros, e teve como principal motivo reivindicar o pagamento de salários atrasados dos trabalhadores. As negociações continuaram, até a edição deste texto, mas os rodoviários já haviam voltado ao trabalho.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">As empresas de ônibus de Aracaju alegam que a fase da pandemia durante boa parte de 2020 e parte de 2021 trouxeram grave crise econômica, complicando ainda mais o transporte público na capital sergipana, que sofre com uma frota majoritariamente velha e uma renovação de frota que ocorre a passos de lesma. A última renovação de frota significativa ocorreu em 2020 e corre o risco de não acontecer este ano.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Em certos casos, há empresas que precisam renovar, pelo menos, 80% de sua frota de uma só vez, tamanha a idade útil de seus veículos. A capital sergipana vê ainda circularem carros de 2008 e 2009, sem previsão de que sejam vendidos a curto prazo. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Dois carros da CAIO Apache Vip II, fabricados em 2009, tiveram a dianteira alterada para CAIO Apache VIP IV, um da Capital e outro da Modelo, que originalmente eram da Viação Pendotiba, de Niterói que, por ironia, renova com rapidez a sua frota.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A empresa aracajuana Tropical havia devolvido seis dos novos carros Mascarello Gran Via 2014 adquiridos recentemente, devido à sua crise financeira. Em contrapartida, mantém carros antigos como o modelo Marcopolo Torino 2007, considerado velho e fora de fabricação há sete anos, mas é tratado pelas empresas de Aracaju como se fosse um modelo semi-novo, como se tivesse só três anos de lançamento. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A Progresso, líder do seu próprio grupo empresarial, está sem renovar frota há anos e decretou falência, entrando em processo de recuperação judicial para superar sua crise. A Capital e a Modelo, embora sejam consideradas com melhor frota, também mantém carros velhos da Torino 2007 que, em parte, foram repintados para parecerem "semi-novos".</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">SUPERPRODUÇÃO DA MARCOPOLO SUGERE QUE EMPRESAS DE SERGIPE PRIORIZEM COMPRA DE MODELOS DA CAIO, COMIL E MASCARELLO</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A necessidade de renovação das frotas dos ônibus de Aracaju é um imperativo que irá permitir que veículos com idade menos antiga, como sete e oito anos de fabricação, sejam vendidos valorizados, por estarem em bom estado de conservação e garantir um retorno financeiro maior ao serem postos à venda.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Admite-se a aquisição de ônibus semi-novos, como os veículos do modelo CAIO Apache VIP IV fabricados entre 2017 e 2019 apenas para acelerar a substituição dos carros que têm mais de 10 anos de fabricação, diante da dificuldade das empresas em comprar carros mais novos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1OBtkruntqRgBwbdJwlqwuyHWPBWnFmO59BhYa4EeEaJ7VtYeC1Ik9A3JqebXjetjDSsrcYN8i0Jf6fs9rejJJcUy14VSpEI9vDD0cOGDxVVUfi5HQVEFBPuJJbT9a92Wy3ALuelDQUA/s1888/assentos-urbanos-marcopolo-e-caio.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1888" data-original-width="1404" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1OBtkruntqRgBwbdJwlqwuyHWPBWnFmO59BhYa4EeEaJ7VtYeC1Ik9A3JqebXjetjDSsrcYN8i0Jf6fs9rejJJcUy14VSpEI9vDD0cOGDxVVUfi5HQVEFBPuJJbT9a92Wy3ALuelDQUA/w298-h400/assentos-urbanos-marcopolo-e-caio.jpg" width="298" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i>ASSENTOS URBANOS DA MARCOPOLO (NO ALTO) SÃO CONSIDERADOS DESCONFORTÁVEIS, DIANTE DOS BANCOS DA CONCORRENTE CAIO.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Recomenda-se às empresas de ônibus de Aracaju a ênfase na aquisição de ônibus da CAIO, em preferência à Marcopolo que, além de estar em superprodução devido à aquisição das fábricas Ciferal e Neobus e, com a crise, da mudança de sua fábrica de urbanos de Duque de Caxias (RJ) para uma menor, em São Mateus (ES), seus ônibus urbanos são os que têm assentos menos confortáveis.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Os bancos de plástico com almofadas dos urbanos da Marcopolo são duros e os bancos acolchoados, além de não serem anatômicos, não estão à altura da cabeça do passageiro que quiser encostar a cabeça, o que é um risco do trabalhador que pega ônibus contrair dores na coluna e no pescoço na volta de uma rotina diária e cansativa de trabalho.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A CAIO apresenta assentos mais confortáveis, mesmo os bancos de plástico com almofadas, que trazem um conforto comparável aos bancos acolchoados. Os acolchoados, hoje comuns no modelo CAIO Apache VIP II, são também confortáveis e à altura da cabeça do passageiro médio. A Mascarello e a Comil usam bancos acolchoados confortáveis, também.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A aceleração de vendas dos ônibus velhos em Aracaju é uma boa oportunidade de evitar a desvalorização final dos veículos, quando eles só servem para transporte rural ou sucata. Vendendo ônibus com idade relativamente nova, em torno de sete, oito anos de fabricação, eles saem mais valorizados e podem ser vendidos para empresas de ônibus do interior, rendendo assim uma grana que pode ajudar a sanear as finanças das empresas em crise.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Numa pesquisa nas páginas de vendas de ônibus na Internet, os preços médios de modelos como Marcopolo Torino 2007 e CAIO Apache VIP II, lançados no final dos anos 2000, está com preço em torno de R$ 58.000. Carros com lotes fabricados em 2012 e 2013 - no caso da CAIO, o efêmero modelo Apache VIP III - podem custar até R$ 100.000, embora na maioria das vezes seu preço se situe em torno de R$ 85.000, em média. Um modelo como Marcopolo Torino 2014, mesmo dos lotes mais antigos, pode custar até R$ 120.000.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Imagine se as empresas de ônibus de Aracaju aceleram as vendas de seus ônibus, se livrando até mesmo de carros fabricados em 2013 e 2014. Isso poderia representar um alívio, relativo mas proveitoso, nas finanças, podendo ajudar a pagar dívidas e atrasos de pagamento. Por outro lado, se os ônibus ficarem mais tempo nas frotas, o valor tende a despencar, em média, R$ 20.000 ao ano, o que vai significar uma grande perda de dinheiro, com a desvalorização dos ônibus, na medida em que se tornam velhos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A ideia, portanto, é acelerar, ainda este ano, a renovação de frota dos ônibus de Aracaju, de forma a aproveitar ônibus menos antigos enquanto eles estão com um valor de mercado bastante expressivo, atraindo assim mais dinheiro para que as empresas de ônibus possam pagar boa parte das dívidas e também contribuir para acertar o relógio no pagamento salarial dos rodoviários.</div><p></p>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-18466314032072495112021-10-01T22:19:00.000-03:002021-10-01T22:19:01.257-03:00FALTA DE VISÃO FAZ ÔNIBUS DE ARACAJU TEREM FROTAS MUITO VELHAS<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0iJQ1727eiRKKc7N4F5qyxf1XZ_UVTewNsVt1Ba8MO1oO10bfzmHB8WN2oKNh2oMzhn1diKfgtyfNm2nxxmyaLwK1z7ehyuZFRVp7rYlb46c8SSChUqEg-HVG29eGohogeHKbQ5-pQqM/s664/atalaia-caio-apache-vip-III-e-capital-marcopolo-torino-2014-ambos-aracaju_foto-alexandre-figueiredo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="664" data-original-width="640" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0iJQ1727eiRKKc7N4F5qyxf1XZ_UVTewNsVt1Ba8MO1oO10bfzmHB8WN2oKNh2oMzhn1diKfgtyfNm2nxxmyaLwK1z7ehyuZFRVp7rYlb46c8SSChUqEg-HVG29eGohogeHKbQ5-pQqM/w385-h400/atalaia-caio-apache-vip-III-e-capital-marcopolo-torino-2014-ambos-aracaju_foto-alexandre-figueiredo.jpg" width="385" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i>CAIO APACHE VIP III, DE 2013, E MARCOPOLO TORINO 2014, EM SEU PRIMEIRO LOTE, JÁ SÃO CONSIDERADOS ÔNIBUS VELHOS.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A falta de visão dos empresários de ônibus de Aracaju faz com que andar de ônibus na capital sergipana seja um grande suplício. Ônibus calorentos, que desafiam até mesmo a paciência dos motoristas, e que, ao ficarem superlotados, se transformam em verdadeiras saunas. A impressão que se tem é que os empresários de ônibus de Aracaju tratam o ônibus como se fosse um velho transporte de caminhão.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Além disso, o que chama a atenção é a frota dos ônibus, que é muito velha, e é precariamente renovada com apenas punhados de cerca de seis ou sete carros em média, por ano. Ainda circulam carros que ainda não contam com acesso EDF - portas especiais para acesso de deficientes físicos - e as idades dos veículos chegam a estar com mais de 15 anos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Nem mesmo a pandemia da Covid-19, que restringiu a circulação dos ônibus, estimulou uma aceleração das vendas dos carros velhos. Em vez disso, os carros velhos circulam como se fossem novos ou semi-novos e a falta de percepção dos empresários de ônibus faz eles deixarem o tempo passar e esquecerem que mesmo carros com oito anos de fabricação não podem ser considerados novos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Recentemente, as empresas Capital e Modelo compraram, juntas, um lote de apenas 15 carros da CAIO Apache VIP IV para serem divididos para as duas. Ou seja, sete para uma e oito para outra. Uma quantidade humilhante, quando se precisa renovar as frotas de tal forma que o modelo Marcopolo Torino 2007, que já não é fabricado há sete anos, deveria sair de circulação. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Além disso, a Capital e a Modelo possuem, cada uma, um carro da CAIO Apache VIP II, fabricado em 2010 e originalmente destinado à Viação Pendotiba, de Niterói - que, por ironia, acelera a renovação de sua frota na cidade fluminense - , cuja dianteira foi fantasiada de CAIO Apache VIP IV.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqres0bn8nG1o8caLybBReTLPoULB48KtJ7bYK4XeVEZBYL0RW3hBpHWScattQPDqD9BTxn6nTUXO13Xy-VAoSamv3vY6QZyEIpM6QbgHstKJfRLUCvRwib62MQde1srQyyxDu_eiC79U/s639/capital-transportes-aracaju-marcopolo-2007-usado-da-antiga-vitral-de-salvador_foto-jonathan-silva.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="437" data-original-width="639" height="274" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqres0bn8nG1o8caLybBReTLPoULB48KtJ7bYK4XeVEZBYL0RW3hBpHWScattQPDqD9BTxn6nTUXO13Xy-VAoSamv3vY6QZyEIpM6QbgHstKJfRLUCvRwib62MQde1srQyyxDu_eiC79U/w400-h274/capital-transportes-aracaju-marcopolo-2007-usado-da-antiga-vitral-de-salvador_foto-jonathan-silva.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i>MARCOPOLO TORINO 2007 DA CAPITAL, AQUI UM ÔNIBUS USADO ADQUIRIDO DA EXTINTA VITRAL TRANSPORTES, DE SALVADOR, É UM MODELO DE CARROCERIA QUE JÁ NÃO É FABRICADO HÁ SETE ANOS.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">No entanto, a falta de visão empresarial trata os modelos Marcopolo Torino 2007 e CAIO Apache VIP II e III, produzidos entre 2017 e 2014 (Marcopolo) e 2012 (CAIO), como se ainda fossem novos. E isso numa época em que a CAIO já lançou a quinta geração de Apache VIP, a geração V. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Isso complica ainda mais as renovações de frotas dos ônibus de Aracaju, e desvalorizam completamente os ônibus, que acabam se tornando vendáveis apenas para ferro-velho, concessionárias de ônibus e transporte rural. Por causa da sua própria teimosia, os empresários de ônibus de Aracaju perdem dinheiro, porque com frotas velhas, os ônibus antigos só são vendidos com preços mais baixos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">EMPRESAS DE ARACAJU PRECISAM RENOVAR ATÉ 80 % DAS FROTAS</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A necessidade de renovação das frotas de ônibus da Aracaju é imperativa. Para piorar, o lobby empresarial que atua na Câmara Municipal impede que seja aprovada a obrigatoriedade do ar condicionado nos ônibus urbanos, sob a desculpa de que encareceria o preço das tarifas, que já não é tão barata assim, no valor de R$ 4,00. Isso quando a cidade costuma ter, em outros setores, um custo de vida mais baixo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A constrangedora devolução de novos ônibus do modelo Mascarello Gran Via 2014, no lote de 2020, mostra a situação dramática das frotas aracajuanas, o que também impõe um preço caro aos empresários que não vendem seus carros velhos com agilidade e acabam também não tendo condições para comprar veículos novos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Com a idade muito longa para as frotas de ônibus, as empresas de Aracaju precisam vender, de uma só vez, até mesmo 80% de suas frotas, e comprar quantidades maiores de ônibus novos. Essa venda precisa ser agilizada, para que, ao menos, não se tenha que cobrar preços cada vez menores e receber baixo retorno financeiro para as caixas das empresas de ônibus.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">CAIO, COMIL E MASCARELLO DEVERIAM TER PRIORIDADE NA COMPRA DE NOVOS</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A prioridade da compra de ônibus novos em Aracaju deveria se voltar para as carrocerias CAIO, COMIL e Mascarello, já que a Marcopolo está sofrendo os efeitos de sua saturação de mercado. A montadora de ônibus gaúcha está sendo alvo de reclamações, sobretudo quando ônibus da Viação Água Branca enguiçaram e apresentaram goteiras no interior dos ônibus Marcopolo Paradiso DD da nova geração G8.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Desde que adquiriu a Ciferal e a Neobus, a Marcopolo aumentou demais a sua presença de mercado e, com isso, passou a trabalhar na superprodução de novos ônibus, tendo que produzir modelos com latarias mais simplificadas para baixar custos, como no caso da geração Torino de 2014 em diante, eventualmente apresentando problemas e não oferecendo o conforto desejado.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A título de comparação, o banco de plástico com almofadas, que é o usado por modelos urbanos simples, é mais confortável nos ônibus da CAIO do que nos da Marcopolo. No caso da CAIO, esse tipo de assento é tão confortável que parece o antigo acolchoado.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">O empresariado de ônibus de Aracaju deveria, portanto, agilizar e começar, ainda nesses últimos meses de 2021, agendar compras de novos carros o mais rápido possível e criar um ritmo mais ágil, evitando que os ônibus ultrapassem o limite tolerável de sete anos de vida útil. Já é hora deles fazerem seus pedidos à CAIO, COMIL e Mascarello para a aquisição de novos veículos, enquanto procura freguesia para os ônibus mais antigos a deixarem as frotas.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Se isso não acontecer, o sistema de ônibus de Aracaju entrará num grande colapso, com mais dificuldade para renovar suas frotas e tendo que vender os ônibus mais antigos para as oficinas de sucatas que restarão como demanda para comprar carros muito velhos.</div><p></p>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-13689151675746334722021-09-10T20:07:00.003-03:002021-09-11T00:08:40.840-03:00EMPRESAS DE ÔNIBUS DE SALVADOR PECAM POR SOBRECARGA DE LINHAS OPERADAS<p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGaPfwcydGJ3QiWpcbD2II4cFTB50RfSZnIky9wA_GGcDy5mt3z1-ueqnQrv7EbGH_OKVybLH-D4xuYXulsKPmHknRF8cQPlsXZXMH_rFPXcqV56SHgXND_8EDbeomnUpYj2kWgTbHnuc/s1080/onibus-integra-simulacao-consorcio-nazare_foto-rodrigo-vieira-adaptado-por-alexandre-figueiredo.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="763" data-original-width="1080" height="283" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGaPfwcydGJ3QiWpcbD2II4cFTB50RfSZnIky9wA_GGcDy5mt3z1-ueqnQrv7EbGH_OKVybLH-D4xuYXulsKPmHknRF8cQPlsXZXMH_rFPXcqV56SHgXND_8EDbeomnUpYj2kWgTbHnuc/w400-h283/onibus-integra-simulacao-consorcio-nazare_foto-rodrigo-vieira-adaptado-por-alexandre-figueiredo.jpg" width="400" /></a></p><div class="separator" style="clear: both;"><i>HIPOTÉTICA EMPRESA "CONSÓRCIO NAZARÉ", QUE DEVERIA ASSUMIR AS REGIÕES DE BROTAS, LIBERDADE, BARRA E CENTRO, SE PUDESSE SER A QUARTA EMPRESA DO SISTEMA INTEGRA, MPLANTADO EM 2014 EM SALVADOR.</i></div><div class="separator" style="clear: both;"><i><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both;">O fim da Salvador Norte, uma das empresas surgidas pelo sistema Integra, fez o sistema de ônibus de Salvador, que já é problemático há, pelo menos, trinta anos, se tornar pior ainda. Se o sistema de ônibus pecava até na língua porrtuguesa, com a sigla de um sindicato patronal, SETPS, ser ridiculamente pronunciada com "setépis", a situação tornou-se mais complicada quando o Integra passou a ter somente duas operadoras, Ótima (ou OT Trans) e Plataforma.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">Embora haja virtudes, como a boa logística de itinerários de linhas e o fato de que as antigas empresas operadoras terem sido extintas, convertidas nas novas empresas - diferente do que ocorre num sistema com padronização visual, em que diferentes empresas existem sob uma mesma identificação visual - , a coisa começou mal quando, em vez de pelo menos quatro empresas, surgiram apenas três.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">Originalmente, tivemos a Ótima, voltada para as regiões de Cabula, Cajazeiras, Pau da Lima e Castelo Branco, resultante da fusão de antigas empresas "independentes", como Transol, São Cristóvão, União (única do antigo grupo Joevanza a aderir à nova empresa), Modelo, Expresso Vitória e, inicialmente, Vitral (que depois saiu da Bahia)</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">Tivemos também a Plataforma, integrada por quase todo o grupo Joevanza (a titular Joevanza mais Boa Viagem, Praia Grande e Axé) e operando pelas regiões da Península Itapagipe, Pirajá / São Caetano e Subúrbio Ferroviário. E a Salvador Norte foi a mais sobrecarregada, por assumir o chamado "Miolo", que inclui desde as regiões de Aeroporto e Itapuã, passando por toda a orla marítima e cobrindo também as regiões de Brotas, Liberdade, Barra e Centro, operada pela fusão das "filhas" da antiga Vibemsa: BTU, Ondina, Central, Verdemar e Rio Vermelho.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">A cor vermelha, que não tem relação com o Integra, correspondeu a uma empresa intermunicipal, a Bahia Transportes Urbanos, que acolheu a fusão das frotas intermunicipais da BTU, ODM (Ondina intermunicipal) e Via Nova (Rio Vermelho intermunicipal). A BTM serviria para absorver carros mais antigos da Salvador Norte. Recentemente, porém, a BTM foi adquirida pela Viação Sol de Abrantes (VSA) e está aos poucos repintando a frota para uma pintura inspirada pelo visual da nova proprietária.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">No sistema Integra, houve uma redistribuição de bairros, o fim das linhas em <i>pool</i> - aliviando os passageiros e reduzindo o risco de "pegas" que diferentes empresas faziam para disputar passageiros sob um mesmo percurso - e até as "frotas reguladoras", uma praga interminável no sistema de ônibus soteropolitano, pelo menos se voltavam à frota da mesma empresa do sistema Integra.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">O grande erro foi não ter dividido o "Miolo" em, pelo menos, duas empresas. Deveria ter havido a divisão da área operada, uma para o Aeroporto, Itapuã e boa parte da orla marítima até o Rio Vermelho e o entorno da Federação, e outra servindo as regiões de Barra, Centro, Brotas e Liberdade.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">Imaginamos, com base na pintura original do sistema Integra, que em suas diferentes empresas colocava, na lateral dianteira dos ônibus, quatro cores (verde, azul, amarela e cinza), um hipotético consórcio para a área de Barra, Centro, Brotas e Liberdade, com o nome de "Consórcio Nazaré", baseado num possível nome que o sistema Integra adotaria neste caso. A cor cinza, embora parecesse desagradável, toma como base as quatro cores enumeradas pelo <i>design</i> original do Integra.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">O ideal seria que houvessem mais empresas, mas se tivessem sido quatro teria sido razoável. A própria iniciativa de diferir as cores das placas de linhas, adotadas em 2007 pelo sistema de ônibus de Salvador, sinalizava isso, com a placa vermelha para Itapagipe, Subúrbio e Pirajá / São Caetano, a placa amarela para Barra, Centro, Brotas e Liberdade, a placa Verde para Cabula, Cajazeiras e Pau da Lima / Castelo Branco e a placa azul para Aeroporto, Itapuã, Orla e Federação.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">Com a sobrecarga, a Salvador Norte foi a que mais penou no sistema Integra, tendo dificuldade para gerir suas linhas. Foi também a que mais teve ônibus queimados e problemas para renovar suas frotas. Ela chegou a comprar ônibus usados, incluindo quatro da hoje extinta empresa carioca Auto Viação Bangu e vários outros de uma empresa de ônibus do Ceará.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">Mesmo assim, a crise se agravou com denúncias de administração deficitária e corrupção, e a Consórcio Salvador Norte - apelidada pelos busólogos baianos de CSN - sofreu intervenção da Prefeitura de Salvador e teve linhas transferidas para a Plataforma, Ótima e até mesmo para o sistema de micrões STEC, de transporte complementar.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">Recentemente, as empresas Plataforma e Ótima receberam novos carros refrigerados do modelo CAIO Apache VIP IV - solicitado meses antes do lançamento do modelo Apache VIP V - , que tendem a, em vez de repor os carros mais antigos, ter que se somar às frotas que compensarão a falta da Salvador Norte, na tentativa de reforçar o sistema de ônibus com a extinção da empresa de cor azul.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">Com o risco da Salvador Norte ser definitivamente extinta - surgem fortes rumores de que isso aconteça - , o sistema de ônibus da capital baiana ficará sobrecarregado com apenas duas empresas, o que fará com que o colapso que já derrubou antigas empresas como Ogunjá, Transur e outras se repita. E, com isso, alternando períodos de grande renovação de frotas com anos em que não se adquirem novos carros e deixam os existentes envelhecerem e se desgastarem. Triste sina para os passageiros soteropolitanos.</div>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-58850099809889302522021-05-27T19:23:00.123-03:002021-05-27T22:20:30.249-03:00"PAI" DOS ÔNIBUS PADRONIZADOS, JAIME LERNER MORRE AOS 83 ANOS<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggk9DjP9YpxraezAZ_hQP1aVBnG-7fV7_28ctNxcXQCGpV4zRDlO38zpjR2GZV3rS9paZTuti-VeBGTa8MJS6W9Reyy0hK60uK-6i8A0ayrnqR1952KeXgc3f2PGWHfSWkRtQikJYMBc4/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="550" data-original-width="970" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggk9DjP9YpxraezAZ_hQP1aVBnG-7fV7_28ctNxcXQCGpV4zRDlO38zpjR2GZV3rS9paZTuti-VeBGTa8MJS6W9Reyy0hK60uK-6i8A0ayrnqR1952KeXgc3f2PGWHfSWkRtQikJYMBc4/w400-h226/jaime-lerner_foto-albari-rosa-gazeta-do-povo.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Morreu na manhã de hoje, de problemas renais, o arquiteto e ex-prefeito de Curitiba, Jaime Lerner, com 83 anos de idade (84 anos incompletos). Conhecido por implantar um modelo até certo ponto arrojado de transporte coletivo, Lerner era uma espécie de Roberto Campos do urbanismo, no qual um saber técnico e aparentemente arrojado também incluía conceitos conservadores e anti-populares.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Assim como Roberto Campos, quando foi ministro do Planejamento do governo Castelo Branco, em 1964, implantou medidas de controle da inflação e de estímulo ao comércio e á industrialização, mas adotando, em contrapartida, medidas de desvalorização dos salários dos trabalhadores, Lerner também incluiu, mesmo nas virtudes de seu projeto de urbanismo e transportes, medidas que complicaram a vida dos passageiros de ônibus.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Ao lado de virtudes como a criação de ônibus articulados possantes (sejam articulados comuns ou BRTs - sigla para Bus Rapid Transit) corredores exclusivos para ônibus, criação de terminais de ônibus mais funcionais e adoção do Bilhete Único para a integração entre mais de um transporte, além de outras medidas de planejamento urbano da cidade de Curitiba, Lerner impôs medidas negativas como a pintura padronizada nos ônibus, a redução das frotas em circulação e a dupla função dos motoristas-cobradores.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">No caso da pintura padronizada, a mudança de critério de pinturas visando a divisão por consórcios ou por áreas ou tipos de ônibus fez com as empresas de ônibus operadoras se "esconderem" dos olhos do público, pouco importando os códigos alfanuméricos que, em tese, identificavam cada empresa. Uma empresa de ônibus ruim poderia ter a mesma pintura de uma empresa de ônibus boa e os passageiros tinham mais dificuldade de identificar qual a empresa que presta mau serviço.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A pintura padronizada favoreceu a corrupção das empresas de ônibus e a concentração de poder dos secretários de Transportes, que viraram dublês de empresários de ônibus, significou mais autoritarismo e menos fiscalização dos abusos das empresas de ônibus. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">E quem imaginava que o poder empresarial era neutralizado pelo poder público, que supostamente detinha o controle das empresas de ônibus com a padronização visual que vinculava o sistema à prefeitura ou governo estadual, se enganou completamente. Como se viu no Rio de Janeiro, os empresários acabavam exercendo seu poder promiscuamente junto ao Estado que "monitorava" os ônibus padronizados.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Outros aspectos, como a redução das frotas em circulação e a dupla função do motorista-cobrador irritavam profundamente o povo. No primeiro caso, as célebres queixas dos passageiros das demoras dos ônibus viraram uma rotina nas páginas dos jornais e nas matérias de rádio e TV. No segundo caso, a medida sobrecarregava o trabalho dos motoristas, aumentando o risco de acidentes de trânsito.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A lógica militar do sistema de ônibus, no qual, em cidades marcadas por engarrafamentos insolúveis, impunha um cumprimento de horário rígido aos motoristas, o que complicava ainda mais no caso da dupla função, pois não raro os motoristas, de tão pressionados, sofriam mal súbito em pleno volante, causando acidentes que geraram até mortes.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Não nos esqueçamos do vínculo de Jaime Lerner com a ditadura militar, tendo se filiado à ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e tendo sido prefeito biônico de Curitiba, ou seja, prefeito nomeado pelo governo militar. E a pintura padronizada nos ônibus de Curitiba se inspirou claramente nos ônibus militares, em sua forma monocromática, apenas variando com cores quase sempre mais alegres.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A retórica de "disciplina", tanto no que diz à repressão da identidade visual de cada empresa de ônibus - todas elas tinham que adotar a imagem determinada por prefeituras ou governos estaduais - , quanto no que se refere à rotina opressiva aos motoristas de ônibus, forçados a aumentar a velocidade para evitar atrasos nos horários, já que, em várias ruas, os congestionamentos são enormes, mostra esse aspecto negativo, o lado oculto de Lerner, que nos últimos anos tentava vender a imagem de "progressista", até encerrar a carreira como membro de uma base de apoio do governo Michel Temer.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Atualmente, devemos repensar o sistema de ônibus, porque boa parte do projeto de Lerner caducou. Hoje não faz mais sentido impor pintura padronizada nos ônibus, e o desgaste desta medida se acelera, mesmo quando há tentativas de "renovar" o <i>design</i> e mudar critérios. Em muitos casos, isso significa maior despesa e maior burocracia, que pressionam no aumento de custos do transporte, como mudar a pintura de um ônibus de uma empresa que deixa de operar em uma área para atuar em outra.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Outras medidas, como esperar autorização da prefeitura ou do governo estadual para renovação de frotas - que geralmente é feita tudo de uma vez, visando a propaganda política das secretarias de Transportes - faz com que as frotas acabem envelhecendo e os ônibus, com frota reduzida, circulassem superlotados, se desgastando com o peso e com a falta de manutenção, porque praticamente é toda a frota que circula para atender uma enorme demanda de passageiros.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Além disso, o uso do Bilhete Único não deve ser supervalorizado, como se fosse um ingresso de parque de diversões. É irritante para o trabalhador viajar em mais de um ônibus lotado, se deslocando de bairros em bairros, por causa dos trajetos curtos das linhas. Viajar sentado no primeiro ônibus e, depois, ter que viajar em pé no segundo e/ou no terceiro, é um desgaste que compromete o desempenho no trabalho, porque o passageiro já chega ao local do emprego cansado.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">São problemas assim que fazem com que o modelo de Jaime Lerner se torne, no conjunto da obra, caduco, embora os pontos positivos devam ser mantidos ou melhorados. No seu todo, porém, não há como considerar sua validade, porque aspectos como a pintura padronizada, a redução de frotas e trajetos e a dupla função do motorista-cobrador e a valorização exagerada do Bilhete Único trazem muitas desvantagens e problemas que irritam a população no seu processo diário de ir e vir.</div> <br /><p></p>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-47721912702229405672021-05-07T21:18:00.002-03:002021-05-07T22:50:55.513-03:00COM CLIMA AGRADÁVEL, ARACAJU TEM SISTEMA DE ÔNIBUS DECADENTE<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp9-61Uuycdig-wbWuYHH_hOWKPrE72mzG0-fctzWk6apExQH7NeTAzxr6Yqh5-4E5ICJ0kFr-hVxEUqseOr4Q5HrWu_fqJKRiJB7awqYODqDc-60ghX9cMWWT5ajFYb9Pz8MwzdVpucU/s1080/auto-viacao-paraiso-marcopolo-torino-2007_foto-jose-helvecio.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="719" data-original-width="1080" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp9-61Uuycdig-wbWuYHH_hOWKPrE72mzG0-fctzWk6apExQH7NeTAzxr6Yqh5-4E5ICJ0kFr-hVxEUqseOr4Q5HrWu_fqJKRiJB7awqYODqDc-60ghX9cMWWT5ajFYb9Pz8MwzdVpucU/w400-h266/auto-viacao-paraiso-marcopolo-torino-2007_foto-jose-helvecio.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Capital de Sergipe, Aracaju tem um clima considerado agradável, é uma das capitais brasileiras com menor número de fumantes, possui uma variedade de supermercados e um dos custos de vida mais baixos do Brasil, além de um cenário cultural razoável, pois, embora haja a supremacia de fenômenos popularescos, existe um cenário de MPB, rock e outros ritmos com nomes de notável expressão local.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Apesar disso, a capital sergipana é uma das piores em mobilidade urbana no Nordeste e o baixo custo de vida não se reflete no sistema de ônibus, com uma passagem considerada uma das mais caras da região. Além disso, a estrutura urbana ainda é precária, com várias ruas sem asfalto e transporte público deficitário e marcado pela constante superlotação em horários de pico.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Para complicar as coisas, a renovação de frota segue um ritmo bastante lento, o que faz com que se prolongue demais a idade útil dos veículos, causando desconforto e insegurança aos passageiros. E, para piorar, recentemente seis ônibus novos da Mascarello, recém-adquiridos de uma empresa, tiveram que ser devolvidos como pagamento de dívidas a um banco.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A situação causa mais indignação se percebermos que os ônibus urbanos mantém carros velhos sem muita chance de serem vendidos, a não ser quando é tarde demais, quando os veículos já estão desvalorizados no mercado e o que resta é vender para empresas revendedoras de ônibus usados ou, então, para particulares no interior do Estado. </div><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9SSnPQ6y-Qu5Y5lTrGvUJEwyzT_SfCnoDbYnWPFxn8kStBfcjD4kKLDWG8fWAIqUk9JKTDJE7adSV6dRolQkkEW0O5h6FhxKxI-6E85czh_MzwGXtiqBFf23J6R2iNoB4YNFtT50wq94/s1080/viacao-atalaia-caio-millennium-IV-articulado-com-motor-traseiro_foto-danilo-pessoa-ribeiro.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="687" data-original-width="1080" height="255" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9SSnPQ6y-Qu5Y5lTrGvUJEwyzT_SfCnoDbYnWPFxn8kStBfcjD4kKLDWG8fWAIqUk9JKTDJE7adSV6dRolQkkEW0O5h6FhxKxI-6E85czh_MzwGXtiqBFf23J6R2iNoB4YNFtT50wq94/w400-h255/viacao-atalaia-caio-millennium-IV-articulado-com-motor-traseiro_foto-danilo-pessoa-ribeiro.jpg" width="400" /></a></div><br />Outro dado a observar é que, mediante a promessa de aquisição de ônibus articulados, a única coisa que se realizou foi a aquisição de uma modesta frota da Viação Atalaia, para uma linha da Grande Aracaju. São carros com perfil avançado pela metade: articulados e com motor traseiro, mas não são piso alto nem possuem ar condicionado.<div><br /></div><div>Aliás, é esta questão que anda rendendo problemas na Câmara Municipal da capital sergipana. Está em curso uma proposta para instalação de equipamentos de ar condicionado nos ônibus da cidade, mas há vários anos ela não consegue ser aprovada.</div><div><br /></div><div>O Projeto de Lei nº 56, de 2015, de autoria do vereador Lucas Aribé (PSB), foi vetado mais de uma vez, seja pela votação parlamentar, seja por decisão do prefeito da cidade, Edvaldo Nogueira (hoje do PDT), que alegou que a proposta iria afetar as finanças das empresas de ônibus. No entanto, as queixas de quem apoia a medida chamam a atenção pelo fato de que os parlamentares que vetaram o PL circulam com automóveis com ar condicionado, pagos com dinheiro público.</div><div><br /></div><div>As empresas de ônibus ignoram que, se a renovação das suas frotas fosse mais ágil, reduzindo a idade útil dos ônibus para algo em torno de cinco anos, os ônibus seriam vendidos valorizados, com melhor preço, o que ajudaria a minimizar as dívidas que seus donos alegam possuir.</div><div><br /></div><div>"PADRONIZAR" NÃO RESOLVERÁ PROBLEMA</div><div><br /></div><div>Tendo a vantagem da diversidade visual, que faz com que cada empresa de ônibus possa ser identificada por um passageiro cheio de compromissos pessoais, Aracaju no entanto sofre o problema dos abusos dos empresários de ônibus, que demoram a renovar suas frotas e, quando o fazem, é por quantidade muito pequena e, no caso aqui relatado, os carros novos ainda são devolvidos, para pagamento de dívidas.</div><div><br /></div><div>O que se deve considerar é que o poder público deva agir com pulso firme para combater esses abusos. Mas isso não significa apelar para a pintura padronizada, que simboliza a imagem do poder público como controlador do sistema de ônibus, como meio de disciplinar o setor.</div><div><br /></div><div>No Rio de Janeiro, quando foi adotada a pintura padronizada, os abusos dos empresários de ônibus, em vez de serem combatidos, se agravaram. A figura do secretário de Transportes como um "super-homem", um dublê de administrador das empresas de ônibus, não é garantia de eficiência nem de funcionalidade do sistema. Em muitos casos, pode tanto ser um abuso de poder deste agente político quanto pode ser uma fachada para a promíscua corrupção entre políticos e empresários de ônibus.</div><div><br /></div><div>Não se pode também em falar em transparência no sistema de ônibus se as diferentes empresas operadoras se escondem num mesmo visual, até porque aqui a lógica é justamente evitar qualquer tipo de transparência, pois se a empresa A e a empresa B possuem a mesma pintura, haverá dificuldade de diferir uma da outra, e não é a "sopa de letrinhas" dos códigos alfa-numéricos dos consórcios que vai facilitar as coisas, sobretudo para pessoas que vivem de correria no dia a dia.</div><div><br /></div><div>A farra dos ônibus padronizados de Eduardo Paes entre 2010 e 2016 causou efeitos tão danosos que eles refletem até hoje, com a extinção sucessiva de várias empresas de ônibus - a mais recente foi a da Viação Acari - , por motivos que variam da corrupção político-empresarial ao rigor exagerado da secretaria de Transportes, com poder concentrado que nada garante na disciplina no setor.</div><div><br /></div><div>Além disso, medidas como a redução de percursos das linhas derrubou as finanças das empresas. Linhas rentáveis como 676 Méier / Penha (Via Madureira) tiveram percurso esquartejado. A substituição de longos trajetos pela baldeação por Bilhete Único causaram desconforto nos passageiros, porque viajar de ônibus não é como usar brinquedos em parque de diversões, ainda mais quando uma pessoa que viaja sentada no primeiro ônibus é obrigada a viajar em pé no segundo, devido à superlotação.</div><div><br /></div><div>O que se deve fazer, no caso de Aracaju, é um meio-termo. Se mantém a diversidade visual e os ônibus não subordinam sua imagem a prefeituras ou governos estaduais, o que evita abusos dos dois lados, seja de empresários de ônibus, seja de secretários de Transportes. Um secretário com pulso firme para pressionar as empresas de ônibus a agirem pelo interesse público, sem no entanto bancar o dublê de chefão do sistema.</div><div><br /></div><div>O que se precisa fazer não é tornar ônibus todos iguaizinhos exibindo logotipos de prefeituras ou governos estaduais, na ilusão de que isso trará ordem no sistema de ônibus. A ideia deverá ser ter uma secretaria de Transportes mais ágil, sem ser prepotente, mas com decisão suficiente para ordenar e punir abusos de empresas, e agir para que elas façam um serviço mais digno e adequado às necessidades de ir e vir dos passageiros.</div>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-69266404848374545352021-04-02T14:28:00.004-03:002021-04-02T14:32:39.337-03:00MODELO ATUAL DE GERENCIAMENTO DE SISTEMA DE ÔNIBUS ESTÁ CADUCO<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtuCXfovRNSea6gxs1NDCxoaFKWNAZaYcPcxwMsuQMEKnyYCxAjtKrhYrRUnFZzgKu1YOi0x5FSMrhfrdCZW0hbU7a1h-fu2xgTBkQU_-7dXnsT8-y1FISaTEJVDuVufyqhdG6E0LXNxc/s1134/recife-onibus-cidade-alta-rodotur-e-itamaraca.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1134" data-original-width="612" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtuCXfovRNSea6gxs1NDCxoaFKWNAZaYcPcxwMsuQMEKnyYCxAjtKrhYrRUnFZzgKu1YOi0x5FSMrhfrdCZW0hbU7a1h-fu2xgTBkQU_-7dXnsT8-y1FISaTEJVDuVufyqhdG6E0LXNxc/w216-h400/recife-onibus-cidade-alta-rodotur-e-itamaraca.jpg" width="216" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i>EM RECIFE, AS EMPRESAS CIDADE ALTA (ACIMA), RODOTUR E ITAMARACÁ APRESENTAM A MESMA PINTURA.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Apesar da relativa eficácia, o modelo de gerenciamento dos sistemas de ônibus das cidades, sobretudo capitais e regiões metropolitanas, anda caduco. O poder concentrado, embora supostamente impessoal, do secretário de Transportes e o risco de relações promíscuas de empresários de ônibus e políticos se agravarem, revela o quanto o modelo idealizado por Jaime Lerner nos anos 1970 perdeu o seu sentido.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Em primeiro lugar, a simples pintura padronizada, que coloca diferentes empresas de ônibus com uma mesma pintura e, por outro lado, divide uma única empresa de ônibus em pinturas diferentes, pode ser grave porque pode simbolizar um processo no qual a prefeitura ou o governo estadual impõem sua identidade visual, enquanto os empresários de ônibus ficam com a máquina eleitoral e o programa de governo em suas mãos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Isso pode indicar uma partidarização do transporte público, sugerindo uma suposta austeridade do poder público, que no entanto não traz benefícios reais para a população, que não tem tempo para ficar parada vendo se o ônibus vai pegar é da Empresa A e não da Empresa B.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Assim como, no atual governo Jair Bolsonaro, provou-se que sua eleição se deu através de uma confusão entre disciplina e austeridade com um militarismo fajuto - Jair tinha má fama dentro dos quartéis - , que se aproveitou de uma perspectiva pragmática para enganar e iludir muita gente que pediu o fim do petismo e levou para seus lares e para os hospitais a tragédia da Covid-19, o modelo tecnocrático de sistema de ônibus se valeu de uma suposta austeridade estatal.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A confusão que se tem do poder do secretário de Transportes, que na prática atua como um dublê de empresário de ônibus, mostra o quanto os critérios de poder fiscalizador se confundem com os de poder gerenciador. Sob a desculpa de fiscalizar e disciplinar o transporte coletivo, o secretário de Transportes amplia seus poderes no sistema de ônibus.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Mas isso também não sai de graça. Enquanto o secretário de Transportes, através de uma paraestatal, "brinca" de ser empresário de ônibus, os empresários de ônibus ficam com a máquina eleitoral, investindo dinheiro para a propaganda e vitória eleitoral de seus candidatos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Além disso, a visão "higienista" de impor uma mesma identidade visual para as empresas de ônibus, além de não ser vantajosa visualmente, também não é funcional. Não há vantagem técnica nem operacional alguma quando diferentes empresas de ônibus usam uma mesma pintura. A desculpa de que a identificação se dá na "sopa de letrinhas" que se tornam os códigos alfanuméricos dos consórcios simplesmente não se aplica na prática.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Não há caráter técnico algum o prefeito dizer que impôs a pintura padronizada para dar fim o que ele, na sua declaração meramente opinativa e cheia de juízo de valor, alega ser "poluição visual". E, na pintura padronizada, também não seria "poluição visual" um amontoado de logotipos que geralmente aparecem nos ônibus nesse caso?</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">CONCESSÕES (DE FACILITAÇÃO) PALIATIVAS</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Na ironia do termo "concessão" estar associado ao ato do poder público conceder linhas para a operação de empresas de ônibus particulares, e pelo fato de que essa concessão é parcial, porque o poder fica com o monopólio da identificação visual, o que se vê é que, com o desgaste do modelo de ônibus padronizados e de uma visão tecnocrática do setor, que remete à ditadura militar (Jaime Lerner foi prefeito biônico de Curitiba, no período ditatorial).</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Para tentar abafar esse desgaste, prefeituras e governos estaduais estão mudando o <i>design</i> das pinturas padronizadas, ou mudando alguns detalhes das licitações, acrescentando ou suprimindo consórcios, colocando logotipos de empresas operadores com relativo destaque etc. São apenas minimizações de dificuldades, que não resolvem em todo o problema.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Elas surgem por pressões da demanda de passageiros, que reclamam da dificuldade de identificação de uma empresa de ônibus por causa de uma pintura igual para todo mundo, só com algumas diferenças de detalhe de cor, correspondente à área de bairros ou cidades ou do tipo de ônibus a ser usado. Só que o poder público cede sem devolver às empresas de ônibus suas respectivas identidades visuais.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">São apenas atitudes paliativas, que não trazem soluções definitivas. Afinal, de que adianta colocar um logotipo de empresa de ônibus nas frotas padronizadas, como ocorre em São Gonçalo (RJ), ou dividir uma combinação de cores para cada empresa conforme o tipo de ônibus usado, articulados para a Empresa A, micrões para a Empresa B, convencionais para a Empresa C, ou permitir que a Empresa A só compre carrocerias Comil e CAIO e a Empresa B compre Marcopolo, e a C, Mascarello ou Maxibus?</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Isso pode diminuir o impacto da mesmice visual, quando, em Recife, o sujeito que pegar o ônibus da Cidade Alta pegue um ônibus mais curtinho da Marcopolo, o da Rodotur um ônibus mais alongado da mesma carroceria e o da Itamaracá, CAIO ou Comil, sob a mesma pintura de "blusa laranja". Ou, no caso de São Paulo, pegar um articulado da Metrópole Paulista, um convencional da Gatusa e um micrão da Transwolff sob a mesma pintura de fundo cinza e faixa roxa.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Só que isso não resolve e, combinando a pessoa estar à distância de um veículo e a correria do dia a dia, o risco de embarcar num ônibus errado é ainda grande. E ainda prevalece a medida de dividir uma mesma empresa de ônibus em diferentes cores, se ela explora regiões diferentes de bairros ou em tipos diferentes de veículos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">RECUPERAR IDENTIDADE VISUAL NÃO É ABUSO EMPRESARIAL</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Engana-se quem acha que, quando uma empresa de ônibus exibe sua própria identidade visual, ela está fazendo propaganda ou se pavoneando por conta da estética. A identidade visual pode ter vantagens estéticas, mas, além de simbolizar a imposição de responsabilidades por conta da imagem da empresa, ela facilita a identificação pelo passageiro comum, geralmente sobrecarregado de afazeres na vida.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Embora existam abusos empresariais tanto quando os ônibus estão padronizados quanto não estão, sabe-se que a pintura padronizada cria mais dificuldades de diferenciação. Por pouco o Rio de Janeiro não adotou a pintura padronizada nas linhas de ônibus metropolitanas, o que se tornaria uma grande catástrofe operacional.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Imaginem se a extinta Turismo Trans1000, no ápice de suas irregularidades, passa a ter a mesma pintura que a Viação Nossa Senhora da Penha, sendo ambas do mesmo município de Mesquita? Seria terrível, porque uma empresa que operava com frota sucateada e outra que renova com agilidade sua frota, simplesmente, teriam o mesmo visual. A Trans1000 foi extinta com dificuldades, e foi preciso haver a pressão das populações de Nova Iguaçu e Nilópolis para forçar o fim da empresa.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">As dificuldades seriam maiores sob o uniforme da pintura padronizada. Afinal, a confusão visual poderia favorecer armações. A Trans1000 poderia mudar de nome, comprar carros usados apenas para iludir os passageiros de que "faz alguma coisa" e as irregularidades continuarem ocorrendo. Poderia-se transferir as acusações para outras empresas, para a empresa que vendeu os ônibus usados para a Trans1000 e uma série de desculpas esfarrapadas que só colocam o problema debaixo do tapete.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">É necessário repensar o sistema de ônibus, porque a simples atitude de criar uma identidade visual determinada por autoridades políticas, em que logotipos de prefeituras e governos estaduais aparecem com mais destaque do que os das empresas operadoras, não trazem vantagens operacionais, contrariam os princípios de transparência - que é impensável quando diferentes empresas de ônibus são visualmente iguais - e não trazem vantagem alguma para o cotidiano dos passageiros.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Deveriam ser feitas alternativas, como devolver a diversidade visual das empresas operadoras, enquanto se colocam, discretamente, os nomes de consórcios ou o logotipo do poder público responsável, e o poder público deixar de atuar como dublê de empresário de ônibus enquanto o empresariado do setor intervém no jogo político afetando até mesmo serviços de Educação e Saúde, mesmo de forma indireta. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">O secretário de Transportes tem que ser um fiscal e não um tirano a controlar com mãos de ferro um sistema de ônibus, porque aumentar o poder não ajuda a combater abusos, por ser ele um abuso, em si. Além disso, a atuação do secretário de Transportes como dublê de empresário de ônibus só influi na partidarização do transporte público, que já causou vários malefícios que vão do retardamento das renovações de frotas (só permitidas quando servem de propaganda política) às negociatas com os empresários de ônibus através do desvio do dinheiro público.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Afinal, é quando o empresariado de ônibus, para compensar que suas companhias deixam de apresentar as identidades visuais respectivas em torno de um <i>design</i> imposto por secretários de Transporte municipais ou estaduais, passam a defender projetos políticos e candidatos dentro daquele esquema do "voto de cabresto" adaptado ao contexto da mobilidade urbana.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Ou seja, isso vai contra o cidadão, que, além de ter que redobrar as atenções para não embarcar no ônibus errado, tem que aturar as vitórias eleitorais de um mesmo grupo político sem compromisso algum com a sociedade, principalmente em questões como Saúde, Educação e Moradia, a serviço apenas de projetos mirabolantes, medidas espetaculosas e objetivos demagógicos, fora interesses particulares em jogo.</div><p></p>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-86301992530155627382020-10-21T20:51:00.003-03:002020-10-21T20:51:46.118-03:00EDUARDO PAES E SINDICATO DE EMPRESAS DE ÔNIBUS TÊM BENS BLOQUEADOS<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBfTSGRjhFOLTbdvAu7E-Y5CydBtofj1AaSDYtNqSZezaqbT3mhQfvv173jfCp_fXfLzoOETDIXm7gJwT-yZT9NWyxQUTLmVRm-bLDcMr74OvA75qPbyxdgIJrk8OjlHoLN36prQziNFw/s1280/eduardo-paes_foto-divulgacao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="853" data-original-width="1280" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBfTSGRjhFOLTbdvAu7E-Y5CydBtofj1AaSDYtNqSZezaqbT3mhQfvv173jfCp_fXfLzoOETDIXm7gJwT-yZT9NWyxQUTLmVRm-bLDcMr74OvA75qPbyxdgIJrk8OjlHoLN36prQziNFw/w400-h266/eduardo-paes_foto-divulgacao.jpg" width="400" /></a></div> <br /><p></p><p>A pintura padronizada nos ônibus municipais do Rio de Janeiro, que criou um modismo terrível que contaminou os sistemas de ônibus de cidades como Florianópolis, Recife, Niterói e Teresina e "requentou" as experiências decadentes de Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, serviu de "lona" para a corrupção político-empresarial, não bastasse o fato dos ônibus padronizados causarem confusão nos passageiros em sua jornada cotidiana.</p><p><br /></p><p>Pois a ficha caiu e Eduardo Paes, mesmo considerado favorito para voltar à Prefeitura do Rio de Janeiro, teve bens bloqueados, junto aos de empresários de ônibus, por envolvimento em possível esquema de corrupção armado justamente pelas licitações de 2010 e por outras operações ilícitas relacionadas.</p><p><br /></p><p>A decisão divulgada ontem pela 15ª Vara Cível do Rio de Janeiro determinou o bloqueio de bens, num total de R$ 240,3 milhões, do ex-prefeito, do Sindicato das Empresas de Ônibus (Rio Ônibus) e de outras empresas operadoras. A sentença partiu de uma ação judicial movida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que divulgou nota dizendo:</p><p><br /></p><p><i>"Foi decretada a indisponibilidade dos bens dos consórcios Intersul, Internorte, Transcarioca e Santa Cruz e das respectivas empresas líderes Real Auto Ônibus Ltda, Viação Nossa Senhora de Lourdes S/A, Viação Redentor Ltda e Expresso Pégaso Ltda, até o montante de R$ 511.734.606,00; e também do ex-prefeito do Rio, Eduardo da Costa Paes, do ex-secretário municipal de Transportes, Paulo Roberto Santos Figueiredo, e do Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Rio Ônibus), até o montante de R$ 240.340.982,32".</i></p><p><i><br /></i></p><p>Especula-se que, no caso de Paes retornar à Prefeitura do Rio de Janeiro, ele poderá não mexer com o projeto de sistema de ônibus planejado pelo falecido ex-secretário de Transportes da gestão Marcelo Crivella, Fernando MacDowell, que despadronizou o visual dos ônibus, devido aos escândalos vazados.</p><p><br /></p><p>Além disso, o anúncio, em São Paulo, do fim da EMTU (Empresa Municipal de Transportes Urbanos), responsável pela padronização visual dos ônibus intermunicipais paulistas, pode representar o fim dos "ônibus iguais", embora não haja indício formal a respeito.</p>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-50085036460697567212020-10-09T19:54:00.002-03:002020-10-09T19:54:40.923-03:00DESCULPA DA "POLUIÇÃO VISUAL" NÃO É ARGUMENTO TÉCNICO PARA PADRONIZAÇÃO<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrp-ryKeF6jM1MxPptLiOY4XBeYFniovvU2UHLOskAIse_wUsniQmKz8OK1SVT6VbHiBWW7lZai0Eyq1oVT8P11Vpgf5PDowAegQV9dVlr6R2sVTF-V4WvRxEZwDFyxpRjvR098BaHKuA/s860/emanuel-pinheiro-prefeito-de-cuiaba-e-um-dos-onibus-padronizados_foto-prefeitura-de-cuiaba.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="574" data-original-width="860" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrp-ryKeF6jM1MxPptLiOY4XBeYFniovvU2UHLOskAIse_wUsniQmKz8OK1SVT6VbHiBWW7lZai0Eyq1oVT8P11Vpgf5PDowAegQV9dVlr6R2sVTF-V4WvRxEZwDFyxpRjvR098BaHKuA/w400-h268/emanuel-pinheiro-prefeito-de-cuiaba-e-um-dos-onibus-padronizados_foto-prefeitura-de-cuiaba.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i>O PREFEITO DE CUIABÁ, EMANUEL PINHEIRO, INDO CONTRA O INTERESSE PÚBLICO AO PADRONIZAR EMPRESAS DE ÔNIBUS.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Engana-se que a alegação de que a diversidade visual das empresas de ônibus causam "poluição visual" numa cidade. E engana-se mais ainda quem engole essa desculpa como se fosse um parecer técnico, porque se trata apenas de uma mera opinião e um julgamento de valor dos mais cínicos, mas que as pessoas deixam passar como se fosse uma declaração objetiva e consistente.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Não é. Falar em "poluição visual" é apenas uma mera especulação opinativa, e aqui vemos o caso do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, do MDB, que, repetindo o comentário cínico do então prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, hoje favorito para voltar ao cargo, também lançou seu projeto de pintura padronizada nos ônibus.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A pintura padronizada nos ônibus simboliza uma série de mal entendidos. Engana-se que é apenas uma unificação de cores para, pelo menos, agrupamentos de empresas, para classificar o visual conforme a área de bairros ou o tipo de ônibus usado, ou, em certos casos, para regiões metropolitanas. Não se trata de botar apenas diferentes empresas para ter uma mesma pintura e ficar tudo como antes. Trata-se de uma intervenção política, sim.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Essa intervenção vai contra vários aspectos legais, sendo uma afronta ao interesse público, por mais que os governantes, demagogicamente, tentem dizer que o povo fica beneficiado, o que é uma grande mentira. Houve governantes que, de maneira cínica, falavam em "facilitar a identificação da empresa de ônibus" através de um código alfanumérico que mais confunde do que esclarece.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Uma das violações legislativas graves que a simples medida da pintura padronizada nos ônibus (que é apenas um aspecto de um modelo autoritário de transporte coletivo e mobilidade urbana, sob o qual a fachada de "BRTs" em pistas exclusivas esconde uma rotina de precarização do trabalho e gestão opressiva de secretários de transporte prepotentes) se refere ao Código de Defesa do Consumidor, Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que diz, no Artigo 39, inciso IV:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i><b>Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:</b></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i><b><br /></b></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i><b>IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;</b></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Neste caso, o prefeito ou o governante que impor, no seu pacote de "licitação" do transporte coletivo, a pintura padronizada se baseia na desinformação das pessoas, nas limitações de idosos, gestantes, deficientes físicos e doentes em geral, além de pobres e analfabetos e qualquer um que não esteja a par do sistema de ônibus, para impor uma medida supostamente "nova", desvantajosa para o cotidiano das pessoas.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A arrogância sem limites, de uma minoria de busólogos do Rio de Janeiro que se achava "dona da verdade" e cometeu, por muitos anos, agressões e difamações gratuitas contra quem pensava diferente da "busologia de gabinete" dos aspirantes a assessores de Alexandre Sansão, tentava ridicularizar quem procurava esclarecer as coisas, mas não agradava os interesses estratégicos da "busodiologia" carioca.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Mas a verdade é que eles estão errados, assim como as autoridades que impõem a pintura padronizada, pelos simples motivos:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">1) A pintura padronizada causa confusão por parte dos passageiros que, cheios de afazeres, ainda precisam aumentar o tempo de atenção para identificar o ônibus que realmente devem pegar;</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">2) Mesmo quando há um logotipo de empresa de ônibus, ele é mais um ponto obscuro visto de longe;</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">3) Colocar adesivos de empresa de ônibus na janela dianteira ou o nome da operadora no letreiro digital não resolvem, porque o adesivo se mistura a outros (há até mesmo adesivos religiosos) e o nome se alterna por outras informações como o código da linha e seu destino e o principal bairro de seu percurso.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Especialistas sérios afirmam que os passageiros levam tempo para identificar um ônibus que querem embarcar. Se há a pintura padronizada, ônibus diferentes têm um mesmo visual. Nem sempre o ângulo em que a pessoa se situa consegue ver o letreiro digital, e, à distância, um grupo de ônibus diferentes com a mesma pintura dá a pessoa sobrecarregada com seus compromissos particulares um déficit de atenção em potencial.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">PINTURA PADRONIZADA É QUE TRAZ POLUIÇÃO VISUAL</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">O que a prática mostra é que os ônibus com pintura padronizada é que representam a verdadeira poluição visual. Nesse ônibus são colocadas muitas informações que só confundem ainda mais os passageiros.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Afinal, nesses casos, há o nome da empresa, o nome do consórcio, o logotipo da cidade - na verdade, da sua respectiva prefeitura - o número muitas vezes alfa numérico (não é o caso de Cuiabá) e outros dados. Se o ônibus é piso baixo, isso se soma nas informações colocadas no ônibus. E se ele experimenta novo combustível, desses "mais ecológicos", também aparece no ônibus.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Há também uma poluição visual pelo avesso, não pela diversidade de pinturas e <i>designs</i>, mas pela unificação dos mesmos. A igualdade visual de diferentes empresas de ônibus causa um mal-estar, uma mesmice visual que polui a paisagem e não permite sequer unir o útil ao agradável, uma vez que prejudica até o turismo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Nas gestões de Eduardo Paes, os ônibus padronizados tentaram forçadamente se somar à paisagem carioca, mas a degradação do sistema de ônibus - cujo legado se reflete até hoje, com a extinção de várias empresas de ônibus e a sobrecarga das que continuam circulando, que herdam as linhas das outras - desmascarou a ilusão. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A queda de um ônibus da Paranapuan matando vários passageiros e um ônibus na Zona Sul atropelando e matando uma produtora da Rede Globo falaram muito mais na "imagem" dos ônibus padronizados do que sua forçada combinação com as paisagens turísticas cariocas, que a propaganda política tentava impor à hoje Cidade Calamitosa.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">E isso sem falar que os ônibus padronizados de Eduardo Paes tinham um ingrediente a mais de poluição visual: com o fundo cinza, os ônibus tinham aspectos de sujos, o que diz muito a esse esquema que nunca traz transparência para o transporte público e só serve para enganar e prejudicar a população.</div><p></p>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-18082890014982954252020-10-01T14:01:00.000-03:002020-10-01T14:01:01.644-03:00SOLTEIROFOBIA BUSÓLOGA REVELA GAFE DOS PRÓPRIOS AGRESSORES<p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgak1aDvGg9ntJ5YXmRVXLJ2kxedEMN5_ZZBRywHh1H1DpQsUb_9E9FiRU6Haza4j5lny72YjL0BJKp0WgktF1rBKQ2D828I1bvQ495oLid7idigyT0LRh_Zcz65yP7SE_fCBi7-xf9_MQ/s800/busologo-fazendo-bullying-e-cometendo-gafe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="508" data-original-width="800" height="254" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgak1aDvGg9ntJ5YXmRVXLJ2kxedEMN5_ZZBRywHh1H1DpQsUb_9E9FiRU6Haza4j5lny72YjL0BJKp0WgktF1rBKQ2D828I1bvQ495oLid7idigyT0LRh_Zcz65yP7SE_fCBi7-xf9_MQ/w400-h254/busologo-fazendo-bullying-e-cometendo-gafe.jpg" width="400" /></a><br /><br /></p><p>Um dos redutos pioneiros do "gabinete do ódio" e do "tribunal da Internet", o Rio de Janeiro tem um costume estranho. Internautas defendem com unhas e dentes qualquer roubada que se venda como pretensa novidade, e quem discordar dela é alvo de linchamento virtual, que em muitos casos pode gerar ameaça de agressão física.</p><p><br /></p><p>Isso se deve porque, desde que o Rio de Janeiro deixou de ser capital do país e decaiu com a fusão do antigo Estado do Rio de Janeiro (que tinha Niterói como capital) com o da Guanabara (somente a cidade do RJ), os cariocas passaram a ficar ressentidos, se tornaram narcisistas e, diante de tantos retrocessos, eles passaram a aceitá-los por dois motivos: atender a necessidades pragmáticas (dentro daquela desculpa "Não é aquela maravilha, mas é melhor do que nada") e pelo fato de que esses retrocessos são decididos por pessoas dotadas de prestígio e poder.</p><p><br /></p><p>No sistema de ônibus municipal do Rio de Janeiro, esse fenômeno se deu quando a pintura padronizada, a dupla função motorista-cobrador e o fim das linhas de ligação Zona Norte-Zona Sul, embora fossem medidas prejudiciais à população, foram aceitas por causa do poder político (Eduardo Paes), do prestígio tecnocrático (secretário de Transportes Alexandre Sansão) e o status dos dirigentes esportivos envolvidos com a Copa do Mundo (FIFA e CBF) e as Olimpíadas Rio 2016 (COI, COB).</p><p><br /></p><p>Na esperança de ganhar um espaço VIP nas arquibancadas e conhecer pessoalmente figuras como Pelé e Ronaldo Fenômeno, além de integrar o gabinete de Sansão, os busólogos passaram a apoiar a pintura padronizada nos ônibus, que virou pivô para lutas fratricidas que revelou a truculência de uma meia-dúzia de busólogos que se achavam donos do hobby e partiam até para ofensas pessoais contra busólogos emergentes.</p><p><br /></p><p>Uma dessas ofensas gratuitas, dessas brigas digitais - que envolveram invasão de busólogos reacionários a uma petição contra pintura padronizada em ônibus e um blogue de ofensas no qual um busólogo da Baixada Fluminense tinha pressa para ofender busólogos emergentes para, depois, partir para cima de portais como Ônibus Expresso, OCD Holding e Busologia SG/Meu Mover - , envolveu a solteirofobia, que é a depreciação preconceituosa contra pessoas solteiras.</p><p><br /></p><p>Busólogos que não eram casados eram xingados de "encalhados" e "virgens". Se houvesse um busólogo se divorciando, ele seria xingado pelos agressores de "corno". Tudo dentro do clima de intolerância violenta, na qual a xingação "seu m****" se tornou um clichê. E tais coisas foram feitas porque uma minoria de busólogos que defendia a pintura padronizada nos ônibus, os "padronizetes", queria forçar a unanimidade da medida, ofendendo e humilhando quem era contra.</p><p><br /></p><p>MULHER NÃO TEM SANGUE DE BARATA; SE ELA DESCOBRE QUE O MARIDO BUSÓLOGO AGRIDE OS OUTROS, ELA SE SEPARA MESMO</p><p><br /></p><p>Só que humilhar quem é solteiro pode revelar uma gafe que pode custar caro à reputação do próprio agressor. Assim como em todo linchamento virtual, no qual o grupo envolvido na agressão de alguém que discorda do ponto de vista do grupo sofre, com o tempo, agressões internas e o agressor líder passa, depois, a ser denunciado e investigado criminalmente, o agressor que usa a vida de solteiro do seu desafeto para fazer ofensas e difamações pode, na verdade, esconder um fracasso pessoal.</p><p><br /></p><p>Existem três hipóteses do agressor que ofende a solteirice dos outros:</p><p><br /></p><p>1) Se o agressor é casado ou tem relação estável com uma namorada, ele vive na sua zona de conforto da conquista há muito tempo realizada e consolidada, e se diverte ofendendo quem não conseguiu o mesmo sucesso. No entanto, seu casamento ou namoro é tão rotineiro que ele já nem tem mais prazer com tal relação, preferindo agredir quem é solitário do que amar a sua companheira;</p><p><br /></p><p>2) Se o agressor acabou de conquistar uma pretendente, ele até a levou para tomar umas bebidas e comer algum lanche, e decide transar com ela mas não consegue realizar direito o ato sexual, quando ocorre a popular "brochada", a agressão aos solteiros nos dias seguintes pode ser um efeito de uma frustração pessoal vergonhosa que o agressor tenta esconder e compensar;</p><p><br /></p><p>3) O próprio agressor também é um fracassado, e é considerado um "mala" pela mulherada, sendo também considerado feio, grosseiro e pouco atraente. Diante dessa frustração, o agressor estaria sofrendo inveja a quem também é solteiro mas consegue ser mais digno e mais criativo em seu trabalho do que ele.</p><p><br /></p><p>Ou seja, agredir os homens solteiros pode indicar não só um pavio curto por parte do agressor, mas também questões de "bilau pequeno". O agressor agride, com risadas e xingações, porque sofreu uma gafe no dia anterior e quer descontar tudo isso. Como ele conta com um "gado de apoio", que são os demais busólogos que lhe são companheiros de sessões de fotografia de ônibus, ele se ilude pensando que está com a moral alta, quando na verdade ele cometeu um sério vexame contra si mesmo.</p><p><br /></p><p>Em dado momento, o "feitiço" sempre se volta contra o "feiticeiro", é o que diz o ditado popular. O busólogo que agride os outros não pode mascarar sua truculência, bancando o bonzinho nas feiras de transporte e mobilidade urbana, e misturar vitimismo e ameaças perguntando "quem é que me denunciou na Internet?". Agredir os outros é coisa séria e chega um tempo em que um busólogo perde o controle de sua situação e acaba brigando com quem não quer e ficar com a moral bastante baixa.</p>Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-26323171228620564722020-03-25T18:19:00.003-03:002020-03-25T18:19:46.759-03:00MEDIDA EMERGENCIAL PARA ÔNIBUS CHOCA COM ANTIGA "OTIMIZAÇÃO"<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGwTkpFGHDxNkiQP95NopbXBlj1d5l8tugYHmwwMvfKxLrWJT0tGaNW9N6IDDbbXtns6QYMZgkXOlVRZPzp3e9Y7PPSOKQzjGjqyJnyBIJ_8O4x2KARtfl709Q6CYQj1KV-10UpnjMd88/s1600/transportes-barra-neobus-mega-plus-pintura-ainda-padronizada_foto-reproducao-tv-globo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="408" data-original-width="652" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGwTkpFGHDxNkiQP95NopbXBlj1d5l8tugYHmwwMvfKxLrWJT0tGaNW9N6IDDbbXtns6QYMZgkXOlVRZPzp3e9Y7PPSOKQzjGjqyJnyBIJ_8O4x2KARtfl709Q6CYQj1KV-10UpnjMd88/s400/transportes-barra-neobus-mega-plus-pintura-ainda-padronizada_foto-reproducao-tv-globo.jpg" width="400" /></a></div>
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A medida adotada pelo prefeito Marcello Crivella de não permitir que passageiros viajem em pé nos ônibus municipais do Rio de Janeiro é motivada pela pandemia do Covid-19, doença causada pelo coronavírus, cujos efeitos principais incluem febre alta, tosses intensas e problemas respiratórios, que podem causar a morte, como vem ocorrendo com milhares de pessoas no mundo inteiro, inclusive no Brasil.<br />
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A medida para restringir as lotações nos ônibus é uma medida emergencial, para reduzir o risco de transmissão de coronavírus num ambiente de muitos passageiros. Outra medida adotada é, quando há janelas móveis em ônibus com ar condicionado, elas são desprendidas, o ar é desligado e os ônibus circulam com janelas que podem ser abertas para entrar o ar natural.<br />
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O curioso é que a medida de limitar as lotações de ônibus se choca com os efeitos naturais que a antiga "otimização" dos trajetos de linhas municipais do Rio de Janeiro, adotado em 2015 e parcialmente desfeito a partir de 2016 - até agora, por exemplo, as linhas troncais não voltaram à antiga numeração e trajetos como a 275 Méier / Candelária não deram lugar aos antigos ramais para a Zona Sul (no caso, a antiga 475 Méier / Jardim de Alah) - , chegou a provocar.<br />
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Isso porque, com a proposta do fim da ligação Zona Norte - Zona Sul, haveria baldeação que iria sobrecarregar principalmente as linhas do Centro. A redução das frotas pela metade e a transferência de demanda de linhas da Zona Norte para as linhas da Zona Sul que partem da Central (que já estariam bastante lotadas ao saírem do referido terminal) iriam provocar a superlotação dos ônibus.<br />
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Imagine o que seria isso em tempos de coronavírus. Das duas, uma. Ou os ônibus ficariam superlotados, aumentando o risco de contaminação, ou as pessoas teriam que ficar nos pontos, também amontoadas e sob a mesma ameaça, esperando muito tempo por um ônibus que apareça "mais vazio", o que é impossível.<br />
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As pessoas acabariam levando muito tempo para embarcar num ônibus, mas seriam contaminadas com muito mais rapidez, e, sem poder ir para um hospital, isso se agravaria, levando à morte. A "otimização", se fosse implantada hoje, daria numa verdadeira carnificina.Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-50957748591744439502020-03-21T13:48:00.002-03:002020-03-21T13:48:11.823-03:00BOLSONARISTAS POR ANTECIPAÇÃO, BUSÓLOGOS TÊM QUE ATURAR DECADÊNCIA DO GOVERNO<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsQ_UaYo_Yf2lK3Mx3PqYPOa7ry02Mg0kF7C8fDGCaCANG6IXHRY6okwaxmAyjWf8ETV6Dkkh9UqG3of7TnMndZ1N_6s-lZ8VzXxLaZydn6kmiifHL5xT0r7e7NMx_F8oj7-HbKQaB3uk/s1600/onibus-da-havan-na-campanha-presidencial-de-jair-bolsonaro-em-2018.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="605" data-original-width="1080" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsQ_UaYo_Yf2lK3Mx3PqYPOa7ry02Mg0kF7C8fDGCaCANG6IXHRY6okwaxmAyjWf8ETV6Dkkh9UqG3of7TnMndZ1N_6s-lZ8VzXxLaZydn6kmiifHL5xT0r7e7NMx_F8oj7-HbKQaB3uk/s400/onibus-da-havan-na-campanha-presidencial-de-jair-bolsonaro-em-2018.jpg" width="400" /></a></div>
<i>O "PATRIOTA BUS", DA REDE DE LOJAS HAVAN, DE LUCIANO HANG, COM A PINTURA DA CAMPANHA DE JAIR BOLSONARO PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.</i><br />
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O reacionarismo de muitos busólogos, em especial os do Rio de Janeiro - envolvidos em agressões e ofensas pesadas nas redes sociais, que incluiu até mesmo uma página de "comentários críticos" já denunciada ao SaferNet - , já indicava o comportamento padrão dos violentos bolsonaristas, e o apoio a Jair Bolsonaro já era defendido antes do bolsonarismo virar uma moda nacional.<br />
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A defesa, com raras exceções, da pintura padronizada dos ônibus - aplicação da lógica do fardamento militar - , remete muito a essa visão reacionária, difundida a partir da iniciativa do tecnocrata Jaime Lerner, então "prefeito biônico" (nomeado pela ditadura militar) de Curitiba, que, sob a desculpa de delimitar pinturas por bairros ou serviços, escondeu as empresas de ônibus através de uma pintura padrão.<br />
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Dependendo do caso, a pintura padronizada pode ser igual em diferentes empresas de ônibus, que é o que ocorre na maioria dos casos, mas pode ser diferente numa mesma empresa de ônibus, no caso desta operar em diferentes cidades, regiões de bairros ou tipos de ônibus.<br />
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O reacionarismo dos busólogos, principalmente no Rio de Janeiro, é reflexo do crescimento da busologia que ameaçava a supremacia de uma elite que passou a defender a pintura padronizada nos ônibus na esperança de ocupar postos políticos por intermédio de Eduardo Paes e seu então secretário de Transportes, Alexandre Sansão.<br />
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As agressões chegaram ao ponto de ir para o pessoal, como humilhar a condição de alguns busólogos serem solteiros, chamados pejorativamente de "virgens". Só que isso era um tiro no pé, porque a agressão, neste sentido, escondia o verdadeiro motivo: os busólogos que xingavam a solteirice de outros haviam falhado na conquista ou na transa sexual nas noitadas e queriam descontar nos outros a mancada pessoal.<br />
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E mesmo quando os busólogos que humilham a solteirice dos outros serem casados ou estarem namorando, suas companheiras não têm sangue de barata. Mulher nenhuma gosta de ver marido ou namorado humilhando homens solteiros e, quando sabe dessas agressões, a separação é certa, fazendo com que os valentões tenham o "privilégio" de serem alvo de suas próprias gozações.<br />
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As agressões incluíram xingações como "seu m****" que repetiam como se fosse um disco pulando. E os agressores, que inicialmente adotavam um vitimismo chantagista, querendo perguntar quem denunciou suas agressões, tiveram que ser repreendidos até pelos seus pares, depois que outros busólogos foram denunciar um valentão que elevou o tom das agressões e ofendia gratuitamente busólogos emergentes.<br />
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O golpe político de 2016, curiosamente, surgiu de um protesto contra aumento de tarifas de ônibus, feito por estudantes três anos antes. Inicialmente, as manifestações não tinham cunho ideológico, mas havia o silêncio generalizado sobre os ônibus padronizados, mesmo quando igualar diferentes empresas de ônibus sob uma mesma pintura confunde os passageiros comuns e favorece a corrupção político-empresarial no setor.<br />
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O modus operandi bolsonarista dos busólogos, aliás, faz ignorar ou esnobar a dificuldade que as pessoas comuns, cheias de tantos afazeres, têm em reconhecer as empresas sob uma mesma pintura ou sob a "sopa de letrinhas" dos códigos alfanuméricos. O mais violento dos busólogos agressores chegou a dizer, nas redes sociais, em relação a um ônibus padronizado da Auto Viação Jabour, com arrogância tipicamente bolsomínion: "Até cego sabe que empresa é essa".<br />
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O grande problema é que esses busólogos arrogantes pensam que pegar ônibus é como ir a um parque de diversões. Como bolsonaristas por antecipação, eles defendiam causas anti-populares como estas:<br />
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1) REDUÇÃO DRÁSTICA DE ÔNIBUS EM CIRCULAÇÃO - A desculpa é fazer o transporte ficar mais rápido, o que é impossível, diante do grande tráfego de veículos nas cidades, que as pistas exclusivas não conseguem resolver totalmente. Os busólogos que defendem essa causa não sabem que uma das maiores revoltas dos cidadãos é a espera prolongada pelo ônibus desejado.<br />
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2) DUPLA FUNÇÃO DE MOTORISTA-COBRADOR - Alguns busólogos agressivos fingiam questionar a dupla função do motorista-cobrador (que sobrecarrega o trabalho do motorista, já tendo que se concentrar no volante), mas foi só jogo de cena para agradar membros mais prestigiados.<br />
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3) FIM DA LIGAÇÃO ZONA NORTE-ZONA SUL DAS LINHAS CARIOCAS - Achando que Bilhete Único é brinquedo e pegar ônibus é como ir a parques de diversões, os busólogos mais reacionários, alternando entre desculpas "técnicas" - já trazidas pelos tecnocratas da Prefeitura do Rio de Janeiro - e ofensas gratuitas, defendiam a baldeação radical e abusiva dos ônibus municipais cariocas, ignorando que nem todo mundo vai da Zona Norte a Zona Sul para ir à praia.<br />
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O golpe político que tornou-se um efeito indireto de um protesto contra aumento das passagens chegou ao bolsonarismo que já era defendido, por antecipação, por uma elite de busólogos, mesmo antes de Jair Bolsonaro virar o "mito".<br />
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Mas, agora, com a crise atingindo o governo Bolsonaro, que perdeu uma boa parcela de aliados e ameaça ser tirado do poder - até agora, nada menos que sete pedidos de <i>impeachment</i> foram protocolados pela Câmara dos Deputados - , além de ter perdido o apoio da grande mídia, que agora faz campanha contra o presidente, como ficam os busólogos bolsonaristas?<br />
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A situação fica mais ou menos como os bolsomínions estão sofrendo. É uma fase em que os agressores já não conseguem controlar as consequências de seus atos, sofrendo o repúdio até dos próprios amigos e virando até mesmo "vidraça" por conta do exagero de suas agressões.<br />
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Isso diz muito ao "bus-sonarismo" ou "bolsologia" que tentavam prevalecer no hobby, mas que em breve será uma minoria de envergonhados, que ignoram o ditado popular que diz: "o feitiço um dia se voltará contra o feiticeiro".Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-66412434791730390802020-01-27T09:59:00.003-03:002020-01-27T09:59:27.788-03:00CARLOS ROBERTO OSÓRIO ADMITE QUE EMPRESAS DE ÔNIBUS FIZERAM DOAÇÃO DE CAMPANHA<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWfpX6mnpjxIZw6lLdu8qgpVhZgtdNDGGSZm9snnX3z0IJTyV8G8MfcHzjEH5HdIGUzynW-JvJ7FVaniwT8Tec9inTxL5TC7EBi9yYpRW5APKAAGgdjnPNsXQasXntQd1kU9t-EeHl3nY/s1600/carlos-roberto-osorio-ex-secretario-de-transportes-de-eduardo-paes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="429" data-original-width="715" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWfpX6mnpjxIZw6lLdu8qgpVhZgtdNDGGSZm9snnX3z0IJTyV8G8MfcHzjEH5HdIGUzynW-JvJ7FVaniwT8Tec9inTxL5TC7EBi9yYpRW5APKAAGgdjnPNsXQasXntQd1kU9t-EeHl3nY/s400/carlos-roberto-osorio-ex-secretario-de-transportes-de-eduardo-paes.jpg" width="400" /></a></div>
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O ex-secretário municipal de Transportes do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, Carlos Roberto Osório, em debate realizado com moradores na Ilha do Governador, admitiu que os empresários de ônibus fizeram doações de campanhas para políticos.<br />
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Ao lado do ambientalista Sérgio Ricardo, que descreveu tal denúncia, Osório balançou a cabeça de forma convicta e admitiu dizendo "É verdade". Osório também admitiu que as empresas encomendaram um estudo tendencioso para justificar o aumento das passagens.<br />
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Osório era secretário quando os ônibus executivos adotaram padronização visual. A pintura adotada era de fundo azul escuro com a palavra "Executivo", que confundia ainda mais os passageiros do que os ônibus urbanos, porque nem a diferença de consórcios era identificada. A pessoa podia pegar um ônibus para o Engenho de Dentro pensando ir para Santa Cruz e, assim, perder tempo e dinheiro.<br />
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A pintura padronizada cada vez mais se comprova ser um pano de fundo para a corrupção político-empresarial, na medida em que dificulta às pessoas a identificação visual de uma empresa de ônibus. Com essa dificuldade, os passageiros, além de ter que dobrar a atenção para evitar embarcar no ônibus errado, também têm dificuldade para identificar a empresa que presta mau serviço à população.<br />
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Osório tenta livrar-se da culpa e afirma que hoje só tem ele como doador de campanha, através de um fundo de R$ 75 mil. Atualmente ele está no PSDB, enquanto Eduardo Paes está no DEM. Ambos são pré-candidatos à sucessão de Marcelo Crivella na Prefeitura do Rio de Janeiro.Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6764814030759319287.post-53774640410314114872020-01-07T11:21:00.001-03:002020-01-07T11:21:25.084-03:00MOVIMENTO PASSE LIVRE DEVERIA LUTAR CONTRA PADRONIZAÇÃO VISUAL<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLcaIj0AkGxr20m_HnIFUEbxIg7r909gr_ZyKdPBvgZQhCtdDuKd-jaUZmfyA-BJBKRMh7rxZ1iTxpEbGTON2PpM9Pyl6MPdoFraIHcYqtrqlZuPrE27uy9Z4KDnOh-PM1wvKqHeMdXH4/s1600/movimento-passe-livre-protesta-contra-tarifas-de-onibus-em-sp_foto-daniel-teixeira-agencia-estado.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="621" data-original-width="932" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLcaIj0AkGxr20m_HnIFUEbxIg7r909gr_ZyKdPBvgZQhCtdDuKd-jaUZmfyA-BJBKRMh7rxZ1iTxpEbGTON2PpM9Pyl6MPdoFraIHcYqtrqlZuPrE27uy9Z4KDnOh-PM1wvKqHeMdXH4/s400/movimento-passe-livre-protesta-contra-tarifas-de-onibus-em-sp_foto-daniel-teixeira-agencia-estado.jpg" width="400" /></a></div>
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Os recentes protestos contra o aumento das tarifas de ônibus de São Paulo, organizado pelo Movimento Passe Livre, tirou o grupo do limbo, depois que os acontecimentos derivados do golpe político de 2016, ou mesmo precedentes como as jornadas de Junho de 2013, fizeram o grupo ser confundido com o Movimento Brasil Livre, surgido há sete anos.</div>
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O MPL reassumiu uma pauta progressista e continua se manifestando, desta vez contra o reajuste no valor de R$ 4,30 para R$ 4,40. O grupo reivindica transporte gratuito para estudantes e também luta para que seja investigada a corrupção político-empresarial envolvendo sistemas de ônibus.</div>
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A atuação é louvável, mas o Movimento Passe Livre comete um gravíssimo erro de não lutar contra a pintura padronizada nos ônibus, tida como uma "verdade absoluta" para o setor. Entendida como um suposto meio de disciplinar os sistemas de ônibus, através de uma lógica moralista e militar vinda do período ditatorial, a pintura padronizada nos ônibus causa dor de cabeça para os passageiros na hora de pegar um ônibus para ir ao trabalho.</div>
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Passageiro de ônibus não é turista para ficar pegando ônibus errado a todo momento e gastar Bilhete Único como se estivesse na Disney. Há pessoas ocupadas com o que fazer no trabalho, gente estudando para concursos públicos e provas escolares, gente cheia de compromissos pessoais, gente com muitas contas a pagar, e elas ainda são obrigadas a diferenciar um ônibus de outro, porque todos têm pintura igualzinha.</div>
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A ocultação da identidade visual de cada empresa de ônibus, além de aumentar drasticamente os custos das passagens - na Grande Belo Horizonte, isso reflete na hora de uma empresa transferir ônibus semi-novos de uma cidade para outra ou de uma zona para outra na capital mineira - , principalmente se considerarmos a burocracia política para liberar um ônibus novo, ela permite a corrupção político-empresarial que beneficia os envolvidos e precariza o serviço.</div>
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Cidades como Florianópolis, São Paulo, Curitiba e Brasília contam com casos de corrupção que se agravaram sob a lona dos ônibus visualmente padronizados. Os escândalos só não vêm a público porque seus empresários acabam "negociando" com a grande imprensa para, ao menos, minimizar a situação, só noticiando matérias "mornas" para fingir imparcialidade, escondendo casos mais graves.</div>
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O transporte se mediocriza sob o aparato dos ônibus padronizados e as renovações de frota se retardam, porque precisam da burocracia que inclui autorização das secretarias de transportes, que viraram dublês de gestoras de empresas de ônibus - sob a máscara política dos "consórcios" - , para renovação de frotas. Enquanto isso, irregularidades podem ser permitidas, como deixar que a documentação fosse vencida, em certos casos.</div>
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O que o Movimento Passe Livre deve fazer é encampar a luta contra os "ônibus iguaizinhos" e pedir que cada empresa de ônibus tenha sua própria identidade visual, porque é somente isso que deixará o transporte coletivo mais transparente. Liberar a diversidade de pinturas, com cada empresa de ônibus exibindo seu respectivo visual, não acaba com a corrupção no setor, mas permitirá ao passageiro comum a facilidade de identificar a empresa deficitária, em qualquer aspecto.</div>
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Portanto, esperamos que o MPL passe a lutar contra a pintura padronizada nos ônibus, em suas próximas manifestações. Isso é de máxima urgência, porque envolve o interesse público.</div>
<br />Alexandre Figueiredohttp://www.blogger.com/profile/11650558049073406235noreply@blogger.com0